Eleição para presidente do Brasil virou disputa de mitos e mártires

Lula virou um mito. Mesmo preso, conseguiu liderar as pesquisas eleitorais enquanto foi apresentado como candidato a presidente da República.

Não é mais, mas por esses tempos fechou a porta para qualquer outra liderança do seu campo político na disputa presidencial – ninguém passava (e quem vai passar?).

Bolsonaro é chamado de mito pelos seus seguidores. Agora é quem lidera as pesquisas eleitorais e, praticamente, garantiu uma vaga no segundo turno das eleições para presidente.

Lula quase foi transformado em mártir pelos seus seguidores, que ainda não admitem vê-lo fora da disputa pelo Palácio do Planalto, deixando em situação vexatória o vice, Fernando Haddad.

Bolsonaro se tornou um mártir para os que o seguem, vítima da estupidez e do fanatismo, obra desses tempos tão iracundos  e malucos vividos por aqui.

Felizmente, escapou, e o Brasil poderá decidir se quer ou não tê-lo como presidente.

Resta saber quando nós, brasileiros, deixaremos de precisar de mitos e de mártires para construirmos um país justo, democrático e tolerante – principalmente para aqueles que mais precisam de ajuda.