Só a Justiça e a polícia podem botar ordem na campanha eleitoral

Infelizmente, pelo comportamento irresponsável e desprovido de empatia dos candidatos a prefeito, em Maceió e no interior, a campanha virou mesmo caso de polícia.

Isso se a Justiça Eleitoral tomar para si a responsabilidade de obrigar os postulantes a cargos eletivos a respeitar os cidadãos mais vulneráveis, moradores da periferia – onde eles vão buscar imagens para o guia eleitoral.

Sabe-se lá o que os candidatos deixam para trás (mas é possível imaginar).

Alguns juízes, principalmente no interior do estado têm demonstrado preocupação com a saúde pública e adotado medidas duras, mas necessárias.

Para que sejam cumpridas, entretanto, é preciso eles tenham a obediência das polícias, o que nem sempre acontece.

O caminho da judicialização da atividade política nunca foi o desejável, mas no atual cenário não aparece nada que possa barrar a inconsequência e a irresponsabilidade de quem deveria dar bom exemplo.

O problema no Brasil não é a falta de leis – temos até leis demais. O problema é a sua aplicação e a fiscalização.

No caso das campanhas eleitorais o papel de fiscal deveria ser da população. Se essa turma que não se comporta como adulto responsável fosse rejeitada por onde passa, não insistiria em espalhar o mal do momento entre os mais vulneráveis.