O esporte será pauta na disputa pelo Governo do Estado? – Blog do Marlon
Estamos a anos luz de tudo que acontece fora do país
Não era previsão, era percepção

A cada pleito me pergunto se o esporte será pauta dos candidatos majoritários. Confesso não ver o esporte entrar na discussão, mesmo em um momento em que o país respira, realiza e ainda se prepara para grandes eventos.

Mas o esporte não é somente grandes eventos, grandes ídolos, dinheiro em abundância, marketing agressivo, o esporte também é formação.

Formação esta que pode ser citada em várias situações desde a educacional até a construção do caráter de um pessoa. O esporte é também uma ferramenta de inclusão e até mesmo funciona como defesa do tráfico, da violência e da maioria dos males que cercam a humanidade.

Através do esporte podemos melhorar a qualidade de vida, podemos transformar o caráter das pessoas, podemos ofertar esperança a pessoas que tem poucas chances na sociedade.

Mas para falar em esporte não é necessário apenas um discurso montado por estrategistas, por especialistas no segmento, por um texto de marqueteiro político, o esporte precisa de ações concretas que integrem poder público, iniciativa privada, técnicos, atletas e tantos outros atores que estão envolvidos no processo.

Mas acima de tudo, o esporte precisa de um resgate que o Estado de Alagoas parece ter esquecido nas mesas e na burocracia de técnicos que não entendem sobre o impacto das suas decisões.

É necessário que haja um comprometimento de todos os candidatos com o resgate de uma secretaria de esporte no organograma do novo governo. Esta ferramenta que todos os estados possuem, abre o canal de dialogo entre o Governo Federal e o Governo Estadual, canal direto com o Ministério do Esporte. Tivemos agora um ministro alagoano e não aproveitamos nada. Temos a vergonha de sermos o único estado do Brasil a não ter uma pista oficial de atletismo. Temos Marta, uma das melhores jogadoras do mundo e não temos um time no Campeonato Brasileiro, patrocinado pelo Ministério do Esporte – que repito, tem um ministro alagoano.

Os técnicos juntam a educação com o esporte e definitivamente não funciona. Os entraves burocráticos, a grandeza da educação engolem o esporte. Alguém acredita que com crianças sem merenda no interior do Estado, escolas precisando de reformas, alunos sem transporte para se deslocaram a escolas nos mais distantes pontos deste Estado, um gestor terá a preocupação com o esporte? A resposta não é necessária ser dada. Ela é respondida por si só.

Dentro da cobrança aos que postulam o cargo executivo, também vamos olhar para o nosso “umbigo”. Precisamos de gestores mais compromissados, um segmento mais politizado e mais ações que mostrem a força do esporte.

Continuarei aguardando que os candidatos assumam compromissos e concretizem com ações que possam alavancar este segmento tão importante para nossa juventude.

  • HSilva

    Hoje os esportes coletivos precisam de ginásios com espaços livres de obstáculos para evitar acidentes durante os jogos, também precisam de placar eletrônicao, sistema de som para apresentação e divulgação no local do evento, ponto de internet, ponto de telefone, que não tenham goteiras, piso, vestiário em condições de uso, etc. Pergunto, onde fica esse ginásio do Estado de Alagoas? E os dois do Município de Maceió, apresentam essas condições? Não estou falando sobre política para o esporte.

  • eduardo Canuto

    Perfeito seu comentário. A classe política entendo o nosso esporte como um segmento atendido com simples doações de ternos, troféus, uniformes e bolas. Puro assistencialismo.
    No entanto, fui procurado por um candidato ( Editado devido a legislação eleitoral) para elaboração de um plano de governo do esporte amador. Feito e entregue, foi feito uma reunião com o segmento, o mesmo se comprometeu e recriar a pasta específica.

  • Tiago Pereira da Silva (Tiaguinho)

    Marlon, muito bom realmente seu comentário, infelizmente grande parte da mídia só destinam atenção ao esporte de rendimento, por envolver muito dinheiro, e mostram jogadores com salários astronômicos, mansões, carrões, não podemos esquecer da sua importância é verdade, mas temos que lembrar que para se tornar um atleta de sucesso vários fatores estão envolvidos; pré disposição genética, estímulos ao longo da vida, treinamento específico, uma boa dose de sorte também, sendo assim, uma pequena parcela consegue atingir esse nível, mas a grande maioria não, e por conhecimento, digo a você que grande parte dessa maioria fica sem saber oque fazer, por isso acredito no esporte que leve em consideração um eventual talento, tem que levar, mas que contribua acima de tudo p a formação do caráter, de um cidadão crítico, autônomo, que cuide da sua saúde, que saiba viver em coletividade, e isso só faz meu amigão, como você falou com políticas sérias e comprometidas em melhorar a vida do nosso povo e não na política como meio de vida e saciamento de ego. valeu, continuarei lhe acompanhado, abraços!

  • Carlos Alberto Lima

    Caro Marlon,
    Parabéns pelo comentário . As entidades esportivas do estado sempre cobraram uma política de esporte, tanto a nível municipal como estadual. Temos que lembrar tudo começa na escola, e pasmem os senhores em Alagoas as aulas de educação física são ministradas teoricamente.
    Um abraço
    Carlos Lima/federação de Basketball de Alagoas

  • Dário Magalhães

    Parabéns Marlon, Pura verdade…