Classificou. Isso foi importante
Amadense surpreendeu: travou saida pelas laterais do CRB e dominou inicio do jogo – Ilustração: Marlon Araújo-Tatical Pad
O CRB venceu a Amadense e está na próxima fase da Copa do Brasil. A vitória por 1 a 0 com um belo gol marcado por Dudu coloca o time regatiano com a expectativa de encarar o Grêmio na 2ª fase da Copa do Brasil.
No entanto, o futebol apresentado pelo CRB voltou a deixar o torcedor com um pé atrás em relação a equipe. O time não começou bem e foi surpreendido pela Amadense. Depois acertou-se no jogo e passou a dominar as ações, mas apresenta o mesmo problema: volume, domínio, chances e ineficiência nas finalizações.
Esta situação torna o jogo perigoso e com um risco enorme do adversário encaixar uma situação e largar na frente, vencer o jogo e até mesmo causar uma eliminação. O time passa por um processo de construção, com Barroso tentando implementar intensidade, mas sem os jogadores responderem da maneira que ele deseja.
Alguns por que não possuem esta característica e outros pois ainda sentem a transição de trabalho e possuem limitação no aspecto físico para conseguir a intensidade que o treinador imagina.
Durante o jogo, o atacante Zé Carlos foi duro com dois meninos do CRB. O volante Kenedy, 21 e o atacante Maxwell,19, receberam do experiente atacante um dura, sendo que Kenedy foi inclusive intimidado com Zé Carlos saindo do ataque e se deslocando até o meio campo para cobrar do garoto. Zé Carlos é experiente e consagrado e precisa ter outro tipo de postura com os garotos pois ainda estão em formação.
O Jogo Tático
Volantes do CRB passaram a ligar o jogo em Fernando . Zé Carlos ficava longe da área e CRB não possuía compactação ofensiva.
O CRB foi surpreendido por um adversário que veio precisando da vitória. A equipe do Amadense foi para cima no 4-2 -3-1 e empurrou o CRB para seu campo , pois os atletas Igor e Neto Frasão não deixavam os laterais alvirrubros apoiarem e participarem do jogo ofensivo .
O CRB escapava nas arrancadas do atacante João Henrique. O CRB tinha uma deficiência ” compactação ofensiva “. Fernando e Zé carlos saindo muito da área e o veloz Joáo Henrique , não recebia o apoio dos laterais ,nem dos volantes., pois, esses jogavam em linha , e assim o CRB ficava bastante espaçado no setor de transição , quando acertou em campo, após o mal início, criou no mínimo três reais oportunidades. Na melhor chance, Zé Carlos ficou cara a cara com Rudson e o goleiro do Amadense fez bela defesa , e o atacante João henrique saiu livre frente a frente com Rudson e demorou tomar a decisão e desperdiçou a melhor chance do 1º tempo.
Veio o segundo tempo. Logo no início Alexandre Barroso trocou o modelo de 4-3-1-2 , para o tradicional 4-3-3
CRB mudou o modelo para 4-3-3 , que pode se transformar sem posse de bola no 4-2-3-1, segurava um volante e amplitude dos dois laterais.Ilustração: Marlon Araújo-Tatical Pad
Com esse novo modelo CRB empurrou o adversário para o seu campo, centralizou Olívio entre os zagueiros e projetou seus laterais , surgiram algumas chances de abrir o marcador. Depois, o que se viu foi um jogo sonolento e burocrático com raras emoções. Quando 0 a 0 já parecia definido , 46′ do tempo final , Dudu fez um lindo gol. O atacante recebeu de Paulo Sérgio pela direita, dominou, tocou por elevação e tirou o zagueiro da jogada e encheu o pé para marcar um golaço. Que classificou o CRB .
Apesar da regularidade de Olívio, disposição e velocidade do estreante João Henrique , entendo que o atacante Dudu foi o destaque da partida, pela beleza de gol e pelo alto poder de decisão , pois com 12 minutos em campo, criou uma chance e teve uma finalização com eficiência. A arbitragem teve nota 7.
