Como a guerra pode impactar nossas emoções?
Há duas semanas o mundo foi surpreendido com as notícias da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, realidade essa que tem causado uma grande revolução em todo o mundo. A humanidade passou a conhecer o real sentido da palavra empatia e a solidariedade está sendo fortalecida em todas as nações ao redor do mundo. Acompanhar as notícias do que tem acontecido no solo europeu pode nos deixar ansiosos, angustiados, temerosos e por vezes estressados, é por essa realidade que devemos estar atentos aos sintomas e buscar compreender como podemos lidar com essas alterações.
É natural do ser humano se sensibilizar com o sofrimento do outro, nossa compaixão e misericórdia são rapidamente ativadas e nosso corpo reage a isso. Alguns agem em prol objetivando ajudar e outros se retraem e buscam não se envolver, ora por não saberem o que fazer ou por simplesmente escolherem não se envolver. Também existe o grupo de pessoas que escolhe não ficar por dentro de nada, ou seja, a guerra não é comigo, está longe da minha realidade então busco nem me informar sobre o que acontece. Para equilibrar essa equação, também existem aqueles que saem de suas casas para se voluntariarem em prol daqueles que precisam. Diversas pessoas na Europa abriram suas casas para receber os refugiados e muitos outros contribuíram de outras formas para acolher os afligidos pela guerra.
Talvez você esteja se perguntando, mas como a guerra pode impactar as minhas emoções? Ao acompanharmos as notícias tendemos a ficar ansiosos, nosso pensamento pode acelerar, nos entristecemos, por vezes tendemos a antecipar algumas realidades que podem nem acontecer e senão tivermos atenção o medo pode se instalar em nossa mente. Na eminência de nos “salvarmos” ou não sofrermos consequências desta realidade, nosso corpo e mente busca se preparar, criando realidades as quais tenderemos a evitarmos ou caso aconteçam, que saibamos lidar da melhor forma e com menos comprometimentos possíveis.
As notícias sobre a inflação começam a surgir, as políticas ao redor do mundo começam a ser alteradas e quando menos esperamos o efeito colateral da guerra está batendo a nossa porta. Acompanhar o que acontece no exterior e longe da nossa realidade nos ajuda a estarmos preparados e não nos excedermos em determinadas escolhas e decisões. Se estou ciente que o mundo está passando por um momento difícil, talvez tenha chegado a hora de praticarmos o autoconhecimento e entender como estão nossas emoções e sentimentos. Conheço muitas pessoas que só vão ao Psicólogo quando a situação está crítica, ou seja, esperamos chegar a um nível que não conseguimos resolver sozinhos e ai pedimos ajuda, esse comportamento é natural, mas pouco inteligente, pois quando mais “desajustados” estivermos, mais longo será o nosso tratamento em busca do reequilíbrio.
Portanto, esteja atento as suas emoções e pensamentos, lembrando sempre que empatia e solidariedade são necessárias para não deixarmos nossa humanidade de lado.