A prefeitura de Coruripe foi a primeira a decretar Estado de Emergência no município, por causa das manches de óleo na praia.

A decisão do prefeito Joaquim Beltrão é importante e simbólica, mas tem um alcance pequeno, se considerarmos o tamanho do problema que vem crescendo a cada dia.

O advogado Ricardo Wanderley, que esteve à frente do setor da AMA, durante vários anos, acredita que o melhor caminho seria “uma ação coordenada da União, com o estado e os municípios atingidos que estão pagando uma conta que não podem bancar”.

E é fato.

Um exemplo, aponta o deputado Davi Maia, bastante envolvido com o tema, é Japaratinga, que, segundo ele, “gastou mais de R$ 60 mil com a limpeza das praias, mesmo recebendo apenas R$ 152 mil de ICMS/mês. É uma conta que não vai fechar.

Há um movimento crescente de prefeitos e lideranças políticas no sentido de defender que o governador Renan Filho decrete Estado de Emergência em Alagoas, o que facilitaria – legalmente – a vinda de recursos e ajuda material da União, para combater os danos ambientais nas praias do nosso litoral.

Há, por outro lado, uma pressão do setor turístico para que isso não aconteça, o que não parece mais uma posição inteligente: já há perdas em vários segmentos nessa área por causa do noticiário – bastante verdadeiro – sobre o crime ambiental, cuja origem ainda é desconhecida (a extensão, também).

Infelizmente, apesar do esforço do secretário Fernando Pereira, do Meio Ambienta, ele não tem nem força polícia em apoio técnico para o enfrentamento do problema.

Hoje, sabe-se, o governador ouve apenas a sua assessoria de marketing, que segue uma máxiama inalterável: se o problema é grande, sem possibilidade se solução pelo Palácio, ele não existe (vide o caso do Pinheiro, Mutange e Bebedouro).

Por ora, é o que temos.

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