Os expurgos de janeiro, do governador Renan Filho, têm consequências políticas até hoje, na Assembleia Legislativa. E difícil é prever o desfecho da crise. Lembrando: no início do ano, em apoio ao primeiro-tio Olavo Calheiros, que queria ser presidente da Casa de Tavares Bastos, Renan Filho demitiu boa parte do secretariado, principalmente os integrantes do primeiro escalão com parentes e agregados deputados estaduais.

Hoje, a Assembleia Legislativa vive um impasse, com a pauta trancada por causa da votação dos vetos de Renan Filho. Principalmente em relação ao rateio do Fundeb, aprovada pela Casa em sessão extraordinária. O governador vetou o artigo que isentava os professores de descontar para a previdência na remuneração adicional.

A história se arrasta desde 13 de fevereiro, quando o governador sancionou o projeto – com a modificação feita por ele. O cenário hoje é o seguinte: o Palácio tem oito votos para manter o veto. A oposição, por sua vez, que precisa de 14 deputados para derrubar o veto, não tem muita convicção dos números – se pode contar com a maioria que fechou questão com os professores e com o Sinteal.

Há quem acredite que a demora na votação só faz ajudar o caixa do Estado, que está mais trancado agora – não sai nada de lá – do que estava até 2018.

Para tentar conquistar os votos da bancada feminina – são cinco, e todos anunciados em favor dos professores -, o governador levou ontem algumas deputadas para visitar o futuro  Hospital da Mulher e a Maternidade Santa Mônica, sempre em reforma.

Aliás, disse um médico daquela unidade: se colocarem na mesma parece todas as placas de obras e inaugurações realizadas na Santa Mônica, a parede simplesmente cai com o peso.

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  • JEu

    Que se entendam como quiserem… afinal, o toma lá, dá cá é a única “articulação” que o politiqueiro alagoano e brasileiro compreende e aceita… pois se “acham” donos de tudo e de todos… são reis e rainhas que exigem o atendimento dos seus menores e mais esdrúxulos desejos… megalomania, orgulho e vaidades… eis o perfil dominante… a partir do mininim…

  • williams Roger

    Nunca se descontou esse dinheiro. Mas o sinteal merece. Ta junto com pt e cut nesse governo. Não tem moral pra nada.
    Agora, se a “divisão” do “bolo” for “boa”, o veto do governador será “mantido”. E os professores que se ferrem. Graças ao sindicato.

  • Carlos

    Que coisa o governador continua acreditando que mesmo falsa a programa é alma da politicagem. Cadê o reajuste dos servidores e os repasses para a UNCISAL e os hospitais ,funcionarem com um pouco de dignidade. Olha é recorrente nos erros e desvia o dinheiro para construção do hospital da mulher o preço todos conhece.