O acordo firmado, ontem à noite, entre o governo Temer os caminhoneiros, cujos resultados ainda demorarão a aparecer, é mais uma prova concreta e objetiva de que os governos nunca agem – só reagem, e quando empurrados.

Era mais do que previsível que a escalada dos preços dos combustíveis iria provocar uma reação aguda, ainda que a dosagem tenha sido maior do que Brasília podia esperar.

A reação demorou porque a ficha temerária também demorou a cair.

É impressionante que o governo tenha deixado que o país atingisse uma situação de caos para se apresentar, mostrar que existe e esboçar uma reação.

Desabastecimento, rodovias fechadas, cidades travadas – eis a imagem do ano em que termina o governo mais medíocre da história recente do Brasil – a rivalizar apenas com os últimos meses do Sarney.

Até a volta da “normalidade” teremos ainda alguns dias duros pela frente.

Que os acontecimentos nos sirvam de lição para alguma coisa, até mesmo para que levemos às urnas um tanto do sofrimento desses tempos.

 

Eita povo sofrido é o brasileiro!
Saiba quem são os homens que darão tom e padrão à campanha em Alagoas
  • JEu

    É bem verdade que o governo do temeroso tem sido uma desgraça para os brasileiros, em todos os sentidos… e principalmente na demonstração clara de que lado está: dos corruptos de todos os malfeitos… e isso além de já ter sido denunciado duas vezes no início de sua gestão, e agora já aparecem pelo menos mais duas investigações… agora, o caso dos combustíveis é bem mais profundo… pois suas raízes estão bem fincadas desde que se acentuou o “aparelhamento” político da Petrobras que começou nos últimos anos do governo do FHC, se aprofundou e atingiu seu auge nos governos Lula e Dilma e insistiu em permanecer no governo do Temer… isso praticamente destruiu a empresa, que só está de pé por “aquiescência” da justiça americana que permitiu um prazo para uma possível “recuperação” com a oneração dolorosa para o bolso do povo brasileiro o qual, a bem dizer, também tem sua parcela de culpa por ter “concedido” tanto tempo de governo para os petralhas… isso depois desde que ficou “descoberta” a maneira da esquerda de governar: pela corrupção… assim, agora colhemos a semente que, se não plantamos, deixamos grassar no campo por tanto tempo depois de identificado o malfeito… agora é, também, necessário o povo reagir… governo federal e os governos estaduais têm que assumir sua parcela de culpa no caso: os altos impostos cobrados… e é só lembrar que o governo do Reinãozinho aumentou a alíquota sobre os combustíveis assim que assumiu a batuta do executivo estadual… se querem fazer algo, comecem (os governos nos diversos níveis) a fazer a lição de casa: cortem na própria carne… ainda tem muito o que cortar… a começar pelos cargos comissionados com a consequente redução da máquina pública… tem ministério e secretaria demais… uma boa parte desnecessária, que poderiam ter suas missões muito bem realizadas por um pequeno grupo, um gabinete, uma assessoria… e exigir que os demais poderes façam o mesmo… assim poderão reduzir impostos e permitir o crescimento da iniciativa privada, com o crescimento da economia… os ministérios e secretarias verdadeiramente importantes estão relacionados com educação, saúde, segurança pública e do país, infra-estrutura e geração de emprego e renda… os demais podem ser minimizados ou, até, extintos…

  • Luiz Antônio

    É verdade que após os militares os governos só reagem às crises, mas o governo Temer está longe, bem longe de ser o mais medíocre depois de Sarney, afinal recuperou e saneou a Petrobrás, o Pais voltou a ter confiabilidade internacional, fez a reforma trabalhista e colocou na pauta a reforma previdenciária, é claro que ele veio de uma coligação com uma quadrilha, não tem respaldo político ou moral, mas recolocou o Brasil nos trilhos da economia e da confiança do mercado, só nao vê quem não quer ou segue a doutrina de José Dirceu…

  • Lucas Farias

    Prezado Ricardo, o protesto contra o aumento dos combustíveis sensibiliza e tem respaldo popular, mas a justa indignação é manobrada discursivamente para o alvo errado, pois a culpa é atribuída aos tributos pagos pelos patrões para financiar a seguridade social do trabalhador, e não à política de preço flutuante que agrada aos especulares e prejudica o papel estratégico da Petrobras. A reivindicação já admitida pelas entidades patronais (distribuidoras, cartéis, grandes redes de supermercado etc.) por trás do movimento dos caminhoneiros é a exclusão da incidência de tributos como PIS e Cofins sobre os combustíveis. Ou seja, o alvo não é a política de preços do governo golpista atual, fundada na desregulamentação, que permite o reajuste do valor dos combustíveis diariamente de acordo com o câmbio do dólar e sem subsídios da Petrobras pra diminuir o impacto no bolso (política anticíclica que a Petrobras adotava nos governos petistas). O controle de preços se dava pela necessidade de proteção do mercado interno, com a contenção dos efeitos da especulação para garantir o mínimo de segurança sobre os custos do transporte de mercadorias. Põe-se a culpa nos tributos que financiam o sistema de seguridade, mas não na política desregulatória que deixa o preço do combustível à mercê da especulação do mercado financeiro. O alvo do ataque são alguns dos tributos que custeiam o sistema de seguridade social de trabalhadores públicos e privados, cuja desoneração vai impactar na previdência (e não somente nela, mas em todo o sistema, que engloba saúde e assistência social). Desse modo cria-se o precedente para que outras categorias se mobilizem para também fugir do pagamento de PIS e Cofins. Com a diminuição da arrecadação causada pela desoneração desses tributos, agrava-se o déficit previdenciário e se cria novamente o clima para justificar a reforma da previdência. Com isso, a Previdência diminui suas fontes de receita, o que dá munição para o discurso de déficit e o retorno do debate sobre a reforma. Também não se denuncia o aumento dos preços provocado pelos cartéis de postos, que estocam o produto para inflar os valores, ou alguém acredita que magicamente de um dia para o outro os combustíveis acabaram? As jogadas são complexas mas estão articuladas.

  • Edson Corado

    MEU CARO AMIGO
    Chico Buarque

    Meu caro amigo, me perdoe, por favor
    Se eu não lhe faço uma visita
    Mas como agora apareceu um portador
    Mando notícias nessa fita…
    Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta…

  • Joilson Gouveia Bel&Cel RR

    Ora, a Taís “surtou” ao esbravejar, vociferar e bradar o seu “alerta”, e “apelou para não abastecerem”, ainda a R$ 2,80 o litro de gasolina! Olvidaram-na, desdenharam-na e até xingaram-na… (pois, “teria surtado”, segundo eLLes!)
    – Querem-na afônica, rouca, calada, sem voz e muda?
    Com efeito, se seu apelo tivesse sido ouvido, seguido e atendido, certamente, não passaria dos R$ 2,80! Mas, infelizmente, foi desdenhada e olvidada, daí …
    A cada majoração (seja de gasolina, gás, carne, ovos, franco ou suíno etc.,) é simples ou bastante boicotar [não abastecer por determinado período, por exemplo] ou optar para outra saída alternativa: bike, cross, urber, táxi, coletivo ou a pé.
    O preço, quem o faz é o consumidor, o senhor do mercado, e não os governos ou empresários, distribuidores, vendedores e revendedores ou atravessadores e intermediários! – Na íntegra in http://gouveiacel.blogspot.com.br/2018/05/desdenharam-ou-olvidaram-dos-apelos-e.html
    Abr
    *JG