Preso pela PF em Brasília, Milton Lyra virou produto de exportação de Alagoas

Alvo de duas outras operações da Polícia Federal – decorrentes da Lava-Jato, o lobista (?) Milton Lyra está preso, por determinação da Justiça Federal do Rio de Janeiro. (Na verdade, ele não foi encontrado em Brasília, e a defesa dele promete entregá-lo á PF em São Paulo. Mas foi na Capital Federal que ele fez fama nacional.)

O caso, agora, é o suposto desvio de recurso do Postalis, fundo de previdência dos funcionários dos Correios – um rombo cruel e fatal.

Diz matéria de O Globo, hoje:

Não é a primeira vez que o lobista Milton Lyra é investigado por sua atuação suspeita nos fundos de pensão dos Correios (Postalis). Investigações da Polícia Federal, a partir do depoimento de delatores da Lava-Jato apontam Miltinho como indicado pelo ex-presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB) para atuar no Postalis, onde é investigado no mesmo inquérito em que Renan por suposta atuação em investimentos fraudulentos do Postalis.

Sabe-se que Calheiros nega, veementemente, qualquer envolvimento com o crime que está sendo apurado.

Tudo bem, mas vejamos um pouco da história de Milton Lyra, desde a sua passagem por Alagoas.

Ele chegou aqui em 2002, trazido pela campanha milionária de JL a deputado federal.

Permaneceu em solo caeté, foi um dos coordenadores da campanha primeira de Cícero Almeida à prefeitura de Maceió, papel que repetiu na disputa ao governo do Estado por João Lyra. Aqui, contam os bastidores, teria virado amigo de infância do senador Renan Calheiros, então inimigo de JL.

Depois, foi para Brasília, já transformado em produto de exportação de Alagoas.

Muito se fala sobre sua atuação nas altas esferas do Poder Central.

Independentemente do que lhe venha a acontecer Milton Lyra sabe que se chegar ao STF ele não terá o que temer.