Renan pai avalia que falta “articulação política” ao governo do Filho

A eleição da Mesa Diretora da Assembleia ainda precisa ser contada, em detalhes, pelo que aconteceu nos bastidores.

Uma pergunta: houve, de fato, ameaça a alguma parlamentar?

Só ele pode responder, e se quiser.

Ainda ontem à noite, o governador Renan Filho conversou com alguns deputados da sua bancada e acusou o golpe: a derrota foi maior ainda do que o previsto.

Detalhe importante para o futuro: o primeiro-tio, Olavo Calheiros, tentou na última hora salvar os anéis, mas já era tarde demais.

Na definição de um calheirista, ele está desestimulado e prestes a jogar a toalha. Não gosta de frequentar a Casa de Tavares Bastos e já não se sente à vontade com os colegas da atual legislatura.

Candidato natural à liderança do governo na Assembleia, ele próprio – dizem seus mais próximos – descarta esta possibilidade.

Olavo avalia como positiva a condução do governo por Renan Filho, mas faz severas críticas à articulação política palaciana.

E o que diz o senador Renan pai sobre a matéria?

Um mestre no xadrez político, o agora líder do PMDB no Senado avalia que o governo do Filho não tem articulador nem articulação política.

Pior para ele: seus conselhos e orientações – alguém duvida que Calheiros sabe transitar entre os da sua espécie? – entram por um ouvido e saem pelo outro.

Talvez, agora, como qualquer pessoa comum, o senador chegue a conclusão de que os filhos são para o mundo. Mesmo que o mundo deles seja o mesmo.