(Republico, abaixo, trecho da matéria sobre o Cartel da Merenda, postada neste blog em setembro de 2015.)

A matéria deveria ter sido apreciada em setembro de 2015, como postou este blog, mas a relatora, ministra (do STJ) Nancy Andrighi, pediu para retirá-la da pauta.

A história é longa, tendo início em 2007, segundo o próprio presidente do TJ, e envolve a empresa SP Alimentação, que tinha contrato milionário com a prefeitura de Maceió.

Mas a investigação teve início em São Paulo, com um grupo de promotores que apontou a existência do tal cartel nos estados do Rio grande do Sul, Alagoas e, por óbvio, São Paulo.

A partir de uma delação premiada, o MP paulista teria chegado a uma ramificação aqui em Alagoas. Um sócio da empresa apontou um suposto beneficiário do esquema no Judiciário local.

Em um dos depoimentos, o delator afirmou que foram depositados cerca de R$ 400 mil – em duas vezes – na conta de um servidor do TJ em Alagoas, Morgan Campos, que foi assessor do desembargador Washington Luiz. O magistrado sempre negou qualquer participação no esquema.

Ao MPE de Alagoas coube dar sequência à investigação aqui no estado. 

O que diz o desembargador Washington Luiz

– Eu coloco todos os meus sigilos, bancário e fiscal, à disposição de quem quiser, para que se prove qualquer movimentação financeira da minha parte relacionada com o caso.

Ele explicou que proferiu três decisões envolvendo a empresa, “todas em caráter liminar e aprovadas por unanimidade pelos colegas que compunham comigo a 1ª Câmara Cível do Tribunal. Dei também decisões contrárias à mesma empresa e que não foram contestadas pelos colegas desembargadores”.

E prossegue:

“Eu nunca tive nenhum contato com qualquer pessoa que representasse essa empresa. Eu não posso me responsabilizar pelo comportamento de ninguém. Só por mim, e eu duvido que apontem qualquer benefício em meu nome e que provem”.

E quanto ao servidor Morgan Campos?

O desembargador Washington Luiz afirmou que ele já deixara de servir em seu gabinete “três anos antes das decisões envolvendo a SP Alimentos”.

Atua na defesa do presidente do TJ de Alagoas o advogado Nabor Bulhões, o mesmo do empreiteiro Marcelo Odebrecht e do deputado federal Cícero Almeida (na Ação Penal sobre a chamada “Máfia do Lixo”).

 

 

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  • JEu

    No caso, o problema é que a “laranja” entrou na estória… com certeza dá para fazer laranjada para todas as escolas do Município de Maceió pelo ano inteiro…

  • NADO

    QUEM TIVER O APOIO DO PODEROSO SENADOR SE LIVRA.

  • POBREBESTA

    OS GABIRUS, LADRÕES DE MERENDAS, ESTARÃO COM SEUS FILHOS E DEMAIS PARENTES PARTICIPANDO DESTAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS. SERÃO BEM VOTADOS. GRANDE PARTE SERÁ VITORIOSA. CONTINUARÃO A ANDAR PELAS RUAS DE MACEIÓ COM ADESIVOS DE FORACORRUPTOS EM SEUS CARROS CARÍSSIMOS, MANGANDO DOS POBRES DE DIREITA QUE FORAM AS RUAS PEDIR PARA TIRAR A DILMA.