O senador Fernando Collor fez um discurso que parece realista sobre os fatos que levaram ao afastamento da presidente Dilma Rousseff.

O ex-presidente votou favoravelmente ao pedido de impeachment, que entra agora na sua fase final.

Numa frase, de acordo com a assessoria do senador agora no PTC: “Diante da situação política, econômica e social do país, constata-se que o maior crime de responsabilidade está na irresponsabilidade pelo desleixo com a política, na irresponsabilidade pela deterioração econômica”.

Ou seja, Dilma cai pela incapacidade de continuar governando (?), sem saber lidar com a crise política e sem conseguir, ao menos, frear a deterioração da atividade econômica, o que pune agora principalmente os trabalhadores assalariados: são mais de 11 milhões de desempregados.

Comparação

Mas ele faz uma comparação no trâmite do processo contra a presidente, sem deixar de externar a sua mágoa com o impeachment que sofreu em 1992.

As acusações contra Collor eram muito mais graves, não caiam no território da sutileza jurídica: ninguém menos do que o irmão dele, Pedro Collor, expôs o que seriam as vísceras do governo do neopetecista.

É verdade: ele foi inocentado, depois, pelo STF, apesar de que no último julgamento – 20 depois do impeachment – muitas das denúncias contra ele já estavam prescritas.

O comparativo de Collor: o afastamento dele pelo Senado – o temporário – aconteceu 48 horas após o Senado receber a decisão da Câmara Federal de acatar o pedido de impeachment.

E mais: ele pagou aos advogados que fizeram a sua defesa, ao contrário de Dilma, lembrou o ex-presidente.

A decisão do Senado, hoje, foi tomada com base em um relatório, da Comissão Especial, de 132 páginas; no caso dele, “meia página com apenas dois parágrafos”.

Não é o caso de se falar em golpe: o hoje senador mostrou as mesmas deficiências da presidente Dilma, mergulhando o país numa crise econômica de consequências trágicas.

A lembrar: o confisco da poupança foi o mais ousado golpe contra as finanças dos cidadãos comuns.

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  • Lara

    Esse é outro, jamais votei e jamais votarei. Se elege com a miséria e compra dos votos, se eleja pela ignorância do povo de Alagoas, mas com meu voto, não.

  • Selma

    Moro na Terra do Collor, Renan e Biu; Quer mais?
    Moro na Terra das famílias Lira, Melo, Calheiros, Beltrão, Pacheco, Pereira, Albuquerque, Tavares, Maia, Fideles, Jatobá, etc;
    Moro no estado que tem mais currais eleitorais;
    Moro nas Alagoas, terra bonita e de muitos bandidos de colarinhos;
    Moro aqui e sei que não temos futuro nenhum.
    Votar? Não voto em nenhum, mas não adianta, pq tem quem vota em troca de 50,00.

  • carlos

    Concordo Selma,pensem sou de Coruripe…Nunca votei nos Beltrões,não faço critica apesar das misérias e sei a importância do voto.Basta o povo da minha querida terra,despertar e simplismente dar um basta.Tirou o poder corta as pernas deste povo do mal.Falei,que não faço públicamente para não ser desmoralizado e pode até ser morto.Lá se mata como fosse uma coisa normal e as autoridades “não sabe de nada”Há mais de 23,nada se apura e tudo é esquecido.