Que a situação é grave, em todo o país, ninguém duvida.

Pior ainda para estados e municípios, que veem a arrecadação cair, em decorrência da redução da atividade econômica.

Se o quadro pode piorar, pela desconfiança – ou falta de confiança – no futuro breve, ainda assim há um exagero na informação propagada pelo governador Renan Filho quanto ao futuro parcelamento dos salários dos servidores.

Na iminência de sair – já neste mês – do “incômodo” proporcionado pela Lei de Responsabilidade Fiscal, no que se refere aos servidores, Renan Filho tem o “mérito” de ter feito o maior ajuste fiscal entre todos os governadores brasileiros.

O custo da decisão de RF tem sido alto: algumas secretarias não existem, na prática, e outras deixam de receber recursos para suas ações essenciais – caso da Saúde, como é notório.

Na notícia propagada pelo governador, no entanto, há mais de jogada que marketing do que realidade.

O governo já fez caixa suficiente para garantir o pagamento dos servidores até o final deste ano – e sem o parcelamento.

Ao falar do tema, Renan Filho cria uma expectativa de que o pior pode acontecer. Daí, ele surge como o “melhor” que pode neste momento: pagar em dia ao funcionalismo.

O que não é pouco para um estado que tem uma das maiores concentrações de servidores públicos do país, ainda que ofereça serviços com a qualidade que conhecemos.

Prefeitura

O caso da prefeitura de Maceió é mais complicado.

Para que mantenha o reajuste em dia – e que foi maior do que o do Estado -, vai ter de cortar nos contratos, atrasar compromissos e segue por aí.

Isso Renan Filho já fez.

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  • Há Lagoas

    A dificuldade maior está em Brasilia Ricardo, o Planalto já admitiu oficialmente que vai gastar mais do que arrecadará…
    Infelizmente isso quer dizer que obras federais poderão parar por falta de verba. Canal do Sertão, VLT e outros.
    Já a Prefeitura de Maceió – como grande parte das cidades – sofrerá antes do Estado a cruel instabilidade financeira do governo Dilma. E a culpa será tão somente da China…

  • Sérgio tenorio

    Isso n é novidade,, o ex-governador teo fazia o mesmo mark.., dizia q n tinha dinheiro para pagar o décimo e no fim terminava pagando…

  • João

    Ninguém tem engolido essa conversinha de principiante. Ridículo ele sair com essa conversa.

  • Edeval Tenório Júnior

    Muito bom e inteligente sua analise sobre o que foi falado nos veículos de comunicação, o estado está ficando com as contas enxutas e com o período de moagem das usinas agora para os meses de Setembro e o Outubro a arrecadação deve melhorar consideravelmente.

  • João sabido

    Ricardo, realmente é lamentável como o estado de Alagoas está jogado às moscas. As pessoas veem um bom governo apenas se o mesmo fizer algo pelos ‘servidores’ e se esquecem que ele (o governador) não governa apenas para aqueles que em tese são seus ‘funcionários’ ou servidores, como queiram. O absurdo é que quanto mais o tempo passa, mas as pessoas se adaptam ainda mais à “política do quero mamar”.

  • Ricardo Gois Machado

    Daqui a pouco, vira um Suruagy.(Lembram-se de 1997?)
    Pode-se cortar muita despesa. Como todos os demais governantes, o gasto é muito mal feito.

  • o sistema é bruto

    Ricardo, que há uma crise todo mundo sabe! Mas a crise é gerada aglomerado de situações. Tem órgãos com muitos servidores que não trabalham e outros que precisa de trabalhadores e não os tem! Os valores pagos aos comissionado superam em muito os efetivos, e o pior poucos comissionados comparecem ao trabalho. Sucateamos os órgãos governamentais e dificultamos a vida das empresas; O turismo foi banido pela incompetência e falta de criatividade aliado a segurança.
    Acredito que temos muitos políticos, poucos profissionais e quase nenhum “homens”!

  • sebastião iguatemyr cadena cordeiro

    EU FAÇO MELHOR , MATÉRIA ; SE OS PARCEIROS DELE ,
    LÁ DA CASA DOS HORRORES , ACEITAREM O MEU DE-
    SAFIO , DE DOAR OS NOSSOS SALÁRIOS (MENSALIDA-
    DES ) ATÉ O FINAL DO ANO ( INTEGRALMENTE ) A ESTE
    ESTADO MORDIDO E MAL PAGO , ENGESSADO ATÉ O FINAL DOS TEMPOS , EU , FAÇO ESSE SACRIFÍCIO EM
    NOME DO FUNCIONALISMO PÚBLICO . VEJA BEM ( EXCE-
    LENTE ESSE MANEIRISMO DE POLÍTICOS E AFINS ) MA-
    TÉRIA , SÓ POSSUO ESSA RENDA DE FUNCIONÁRIO PÚ-
    BLICO CONCURSADO NÃO O TRATO COMO BICO E
    JAMAIS FALTO AO TRABALHO PORÉM A MINHA TÊMPE-
    RA DE “NEVER GIVE UP” ME POSICIONA EM QUALQUER
    PROVA . VAMOS LÁ , TATURANAS , RODOLEIROS , GABIRÚS , E OUTROS BICHOS . . . ÔMI !

  • JEu

    Esse é mesmo o país da inversão dos valores. A prova maior é que reelegemos Dilma como sendo o melhor para o povo brasileiro, e, por isso, estamos colhendo frutos amargos. Tem gente que se acha “sabido” e, na verdade, é o contrário, pois os servidores públicos não são “funcionários do governo” e sim funcionários federais, estaduais ou municipais, ou seja, são funcionários da União, dos Estados ou dos Municípios. Os governos passam, os funcionários ficam, pois fizeram concurso público. Já os comissionados, estes sim, são servidores dos governos…

  • WELLINGTON

    “Mostrar dificuldades pra vender facilidades…” Isso é muito antigo. Já não basta vivermos em um Estado com os piores índices de IDH do Brasil o “Governador” vem fazer terrorismo insinuando que o pior pode acontecer pegando carona e dando exemplo do RS e de outros Estados. Só não se baseia em coisas boas para o povo. É um oportunista mesmo como o pai. Só que o “papai é mais “requintado” em suas ameaças e por enquanto vai se dando “bem, mas… Já o Governador age como “amador”. Coisa de “despreparado”. Vai levar um puxão de orelhas do Presidente do Congresso porque essa “derrapada” vai sair caro na próxima eleição.

  • zelia

    acho o seguinte o povo so sabe falar da dilma mais todos governantes sao culpados pq todos os funcionarios é prioridade como vao trabalhar q nem dinheiro tem para o transporte? os militares deviam voltar ai sim mudaria o brasil. deem o troco em 2016 fui.

  • memória

    Virou moda entre os governantes o parcelamento do pagamento dos salários dos servidores. O povo devia ir as ruas e os prefeitos e governadores ao planalto.

  • Williams Roger

    O que há é terrorismo psicológico.
    E isso é uma “faca de dois gumes”!

    O governo federal tem dinheiro sim, mas é usado para os “afagos” de praxe! Enquanto isso, “corta” as verbas estaduais, resumindo, de tudo.

    E essa “penalização” resvala na população.

    Infelizmente, a forma de pressionar o
    governo federal é essa.

    Por isso Ricardo, peço-lhe vênia, mas não é nenhum marketing.

    Já no caso da prefeitura de Maceió, é terrorismo psicológico mesmo. Pois só os superavit da SMTT E DA TAXA DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA resolve tudo!

  • Eduardo

    Sou fornecedor do estado a 20 anos e nunca passei por uma situação pela qual passo hj. Estou com 10 meses sem receber o q forneci em 2014 e, para não perder o vínculo, sou obrigado a fornecer pelo menos o mínimo possível em 2015, q venho recebendo com atrasos de no mínimo 60 dias.
    É humilhante o q estão fazendo c os fornecedores, na saúde, somos tratados como ladrões e responsáveis pelo caos q se encontra a saúde, quando na verdade somos nós q estamos financiando, uma vez q N estamos recebendo, o pouco q ainda é oferecido a população.
    Os recursos federais foram desviados e ninguém (MP, meios de comunicação, Assembléia, ….) procuraram saber p onde foram. Os fornecedores estão pagando o pato e fazendo caixa p o estado.
    Os hospitais estão sem medicamentos, alimentação, ambulâncias quebradas, sem descartáveis, material de limpeza, …) é o caos, tudo pq o governador não paga seus fornecedores.
    Estamos falidos, nossos compromissos atrasados e com medo de represálias.
    Precisamos de ajudaa

  • Fábio Poeta

    Permissão, prezado jornalista Ricardo Mota para publicar humildemente o meu poema:

    POEMA DA DESGRAÇA ANUNCIADA (manifesto em desfavor ao parcelamento dos salários)
    Dona Desgraça Anunciada é taxativa
    dura como a casca de um coco.
    Diz aí a boca de lobo que até o fim da década de 20
    a água vai ferver e
    exalar terrível odor.
    A dor de muitos inocentes irá minar
    como aquelas línguas negras das praias.
    Oh, que maravilha, mesmo com línguas tão fervorosas
    os hotéis estão cheios como ninhos de bacurau!
    Oh, quanto royalties dos cais que, como petróleo
    não param de jatear!
    E ainda tem os royalties da salgema
    o nosso sal de ouro que só é possível extrair
    quando o pensamento lateja nas veias das máquinas;
    e o vapor que chamam de gás
    que por debaixo das entranhas angustiosas da terra
    e dos mangues, levam o dindim para além fronteiras.
    O problema não é a crise, cara Desgraça Anunciada,
    mas a falta de criatividade empreendedora!
    Ah, se o comércio informal fosse bem organizado
    de uma maneira que a economia criativa
    fosse uma realidade para todo pequeno empresário!
    Mas o que vê, é a fuga insana da arrecadação
    que deveria ser pulverizada na poupança do erário.
    Ninguém deveria ficar sem trabalhar, porque todo cidadão
    merece lutar pelo pão de cada dia.
    O que não vale é sacrificar o sonho de uns em detrimento do dos demais, como se somente uma parte nesse todo
    merecesse ser feliz.
    Ah, a santa sabedoria, quando não se tem mais nada a oferecer
    é pedir para viajar…! E onde está o dinheiro todo,
    os nossos governantes vivem a reclamar
    da péssima economia: é crise no PIB, é crise na Lei de Responsabilidade Fiscal, é crise de enxaqueca, de pressão etc.
    A crise que conheço é aquela que põe na lama o pobre – enfim, retornando à categoria de miserabilidade – e o rico no poder. O pobre cada vez mais miserável e o rico cada vez mais podre.
    Essa é a crise, os pequenos desgraçados têm de pagar pelos erros dos saqueadores do dinheiro público.
    Mas ainda tenho uma esperança, que me custa caro, que é ver essa dama chamada Desgraça Anunciada proferir em tom solene:
    – Gente, eu estava de brincadeira! Os 300 bilhões que foram surrupiados do sonho e do país da fantasia chamado Brasil, apareceu! Os bons homens que passaram a mão sem querer
    no erário tiveram uma crise de consciência e resolveram devolver, sem intervenção da PF!
    E eu, pobre e esperançoso, com um bebê seco de fome, guardo forças para balbuciar:
    Se… há crise, só pode ser uma invenção! Pois, do contrário, se houvesse realmente crise econômica, as praias mais lindas deste país estariam soterradas de lassidão; os hotéis ao invés de estarem entupidos de ricos, implodidos por alguma maldição alienígena, as leis de trânsito seriam uma vaga memória, e todo cidadão se meteria a lampião para não pagar imposto algum, sem falar naquele tosco de pão que se compra por aí, quanto é que entra para a arrecadação? E as multas administrativas de emplacamento, IPVA, até aquele sanduíche que você compra nos shoppings, aquele imposto desgraçado do Simples, 5% para a arrecadação? Nossa e para onde vai toda aquela dinheirama da previdência que passei loooonnnggggoooosss 35 anos sendo descontados como um imbecil? Ah, e o imposto da Receita, PQP, para onde vai?
    Oh, pobreza não me deixa cair na miséria outra vez! Os caras estão aí no poder, fico a imaginar quantos laranjas, quantas maçãs, quantas taturanas, gabirus, navalhas, se alimentando nessa terra perdida!
    Essa crise que a política fabrica pela voz da hiena-mídia, e que eu como tantos trabalhadores por aí nem sequer imaginaríamos ter esse “poder” para redirecionar o destino de uma nação, pois a democracia diz que somos nós que estão no poder pelo voto!…
    Qua qua qua qua! PQP! Então somos nós os corruptos? Somos nós os taturanas e os gabirus? Somos nós a justiça? Somos nós uma irmandade discípula de Malthus?
    Apenas um pai de família, um operário, um servidor que sonha com os louros de uma jornada vencida, com suor, lágrima e sangue, por uma miserável aposentadoria acreditando que o meu esforço é real nesse país tomado pela anomia e sem justiça social, como se vivêssemos numa terra da mentira, da fantasia e da corrupção!
    Não chora não meu filho, minha filha, vivemos num mundo desigual onde uma “Lei” jura que pobre e rico são iguais perante ela! Que maldosa construção jurídica! Salgada e fictícia justiça social!
    Não chora não minha filhinha, meu filhinho, papai enquanto for vivo vai lutar como um guerreiro contra moinhos corruptores e corruptos, mas saibam que tenho um sonho de um dia toda essa gente sofrida unida num estado de anomia durkheimiana, passando por cima desses montículos de pó que se fazem de montanhas, portões e muros trazendo uma terra de maná para todos, mesmos os que nos fizeram sofrer.
    Apenas uma lei torna todos iguais, chore quem chorar, resmungue quem resmungar, seja pobre ou rico, mortal ou imortal, ignorante ou gênio, que é a MORTE.
    É rezar a Deus para que quando Ele apontar, não se esqueça daqueles que põem o trabalhador a chorar!
    A terra feita de pó sobre destroços de músculos no formol, os vermes se banqueteando, sangue vermelho, sangue azul,
    viva Augusto dos Anjos! Viva José do Patrocínio! Viva Zumbi! Viva lampião! Vocês hão de esperar na terra majestosas onde os coqueirais de praias tão lindas dá a mesma sombra de forma igual! Onde ninguém precisará viver na sombra, onde vive a vida toda batendo em portas fechadas! A balança da direita é proporcional à da esquerda! O mesmo machado do mestre é o mesmo do lenhador! Onde cabe um doutor, cabe também o trabalhador!
    Viva a poesia! Viva o país da fantasia!
    (Nos mobilizemos antes que a Desgraça se consuma)
    (Fabio Poeta)

  • FUNDEB -EDUCAÇÃO

    SOBRA VERBA NA ÁREA DE EDUCAÇÃO (FUNDEB), O DINHEIRO ESTA NA CONTA DO GOVERNO, E INFELIZMENTE NÃO QUER PAGAR AOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

  • paulino lopes cavalcante neto

    Que contra-senso, o governador fala em parcelar sálários e ao mesmo tempo em contratar pessoal (RT).

  • Indignada

    Ricardo não sou funcionária pública estadual nem municipal, mas acho um desrespeito dos nossos governantes esta ameaça de Parcelamento de salário, volta da CPMF e por aí vai. Acho que se estão fazendo marketing com o bolso do brasileiro tão sofrido, se preparem quando houver um reação à altura. Quero vê se tem coragem de falar bobagem com ops altos salários do judiciário e do legislativo.

  • MARCÍLIO TAVARES DA GUIA

    FALTA FEIJÃO NO PRATO
    FALTA GÁS PRA COZINHAR
    FALTA PAZ FALTA SAÚDE
    FALTA AÇÃO, FALTA ATITUDE
    FALTA FORÇA PRA MUDAR.

    Depois da manobra dos Deputados transferindo o reajuste de 5% parcelado em três sem juros, para só ser pago em OUTUBRO, os Servidores do executivo estão a ponto de se matar, quando muitos servidores da educação já haviam resolvido voltar ás escolas eis que surge mais essa má notícia para o lado fraco. Isso reacendeu a fúria de alguns voltaram atrás e reassumiram a postura da greve. Com mais essa má ntícia o Governador e Senador de Alagoas Senhor RENAN CALHEIROS, vai arrastar o ano letivo do ensino público estadual para junho de 2016. Mas isso pouco importa, o que vale mesmo é que se economize alguns caraminguás, mesmop que isso custe o futuro de milhares de alunos que usam esses serviços.
    Se o Senador e Governador de Alagoas resolver parcelar os salários de fome dessa piãozada, ele vai se deparar com uma greve geral, se isso acontecer será culpa de um governo que trabalha em Brasília mas manda em Alagoas.

  • SEBASTIÃO IGUATEMYR CADENA CORDEIRO

    FÁBIO POETA , FIQUEI ATÉ INVEJOSO DE TAMANHO TALENTO E CLAREZA , INCRUSTADOS NESTE BELO TEXTO . . . PARABÉNS !