É claro que a pressão foi sobre todos os governadores do Nordeste, mas a presidente Dilma Rousseff deu o recado: ou eles ajudam a aprovar o ajuste fiscal ou ela não terá o que oferecer à Região.

Como os governadores podem ajudar?

Pressionando as suas bancadas a aprovar o pacote levyano, ainda que ele corte recursos não constitucionais dos estados nordestinos (na verdade, de todas as unidades da Federação).

Além da promessa de vir para a festa de inauguração do terceiro trecho do Canal do Sertão, Renan Filho sai de Brasília de mãos vazias, do mesmo jeito que chegou por lá.

É claro que é possível tocar o barco por aqui, mas tratando apenas das questões do cotidiano, tentando aumentar a arrecadação própria – em tempos de retração da economia – e melhorando a qualidade dos gastos públicos.

O secretário George Santoro tem demonstrado que é um fiel e talentoso seguidor da estrela da companhia do Planalto, o ministro Joaquim Levy.

O problema é que ele precisa também da ajuda do dono da chave do cofre da União.

A questão da mudança do indexador da dívida de estados e municípios, que é lei desde novembro do ano passado, está claro que só começa a valer se o senador Renan Calheiros cumprir o prometido: fazê-la vigorar em abril. O governo não quer, por achar que os estados e municípios podem bancar a conta.

Ontem, depois da audiência de Dilma com os governadores nordestinos, o ministro Mercadante disse que isso era problema apenas para Rio de Janeiro e São Paulo.

Afirmou exatamente assim em uma entrevista coletiva que não contou com a presença de Renan Filho. O simpático Mercadante não foi contestado pelos colegas do governador de Alagoas.

Ou seja: ou será na marra, ou não será.

E o Planalto está usando a força que tem exatamente sobre os mais fracos. É um jogo bruto que o governo central sabe jogar e ainda tem as regras na mão – com possibilidade de modificá-las quando lhe apetecer.

Nunca Renan Filho dependeu tanto do pai para sobreviver
17ª Vara já está trancando a pauta de votação da Assembleia
  • Martinho Pinheiro

    Só um homem na república pode apertar o governo Dilma e fazer valer o novo indexador da dívida de estados e municípios.

  • Ranulfo Prata

    Renan Filho está fazendo um bom trabalho. O resto é dor de cotovelo de quem perdeu a boquinha. Acostumem-se a trabalhar, parasitas. Até seus filhos ficam esperando de 4 em 4 anos para ganhar um “emprego” sem trabalho. Ora bolas. Vai catar coquinhos.

  • Há Lagoas

    E o exemplo – como você mencionou – do prefeito do Rio Eduardo Paes que é do mesmo partido, e acionou a justiça para garantir o direito daquilo que já foi sancionado por Brasilia?
    A mudança do indexador da dívida de estados e municípios é o minimo que o governo central pode fazer pelo nosso pobre Estado.
    É deveras interessante que mesmo com toda a virulência e ameaça o presidente do Senado e toda a bancada alagoana – salvo raras exceções – nossos congressistas continuam sendo visto como cachorrinhos puldos da madame que rosnam como pit bull, foi assim no processo do Estaleiro Enor. E ao que parece continuarão sendo meros cachorrinhos doceis…
    Pobre Alagoas.

  • BEL

    NÃO MANDEM DINHEIRO PARA ALAGOAS, POIS É MESMO QUE DÁ MANTEIGA PARA GATO. O DINHEIRO É DEVORADO.VEJAM O EXEMPLO DO SALGAINHO QUE CONTINUA IMUNDO. NÃO MANDEM!!!!!!!!

  • Sara

    A presidente Dilma foi reeleita e esqueceu disso,estamos num barco furado que ela mesma e os companheiros dela furaram,e como sempre, os mais fracos sofrem mais!Até quando o Nordeste será apenas figurante no Brasil?

  • Sampaio

    É uma vergonha nesse país ,ver essas pragas parasitas do dinheiro público deitar e rolar sem que nada seja feito.
    E a justiça que se faz a gosto do toma lá da cá, impera a corja dessa corrupção sem fim.

  • ZÉ CAETANO

    O PAI DELE NUM É O F…

  • cidadão

    Tô com a BEL, com dinheiro ou sem dinheiro, dá no mesmo.

  • Angelo Oliveira

    Eu não lembro se em algum tempo Alagoas foi bem tratada pelo governo federal. Se tivesse sido a gente não amargaria nossa triste condição de um dos mais miseráveis estados do Brasil. Entra governo, sai governo… e Alagoas na mesma! Por mais que a bancada federal faça sua cena de aliada do inquilino da cadeira presidencial, não saímos do lugar. E a culpa é dos deputados e senadores que para lá enviamos. Nem com um presidente “alagoano” tivemos sorte. Será que alguém acreditou na lorota de campanha de que que com Renan Filho sairíamos do purgatório com destino ao paraíso? Santa inocência!!!! Estamos perdidos!!!!

  • Sylvio De Bonis Almeida Simões

    A atitude é autoritária… Esperar o que da INCOMPETENTA?

  • Andre Souza

    Enquanto nossos políticos não mostrarem que estão realmente preocupados com o povo e não com o seu próprio ventre, não discordo da Dilma. O nordeste é o maior recebedor de verbas do governo federal, bolsa família, convênios federais, etc….E não vemos mudar nada em nosso Estado. Agora vem o Renan chantageando a governo federal com as não aprovações das medidas do governo, porque o governo não aceitou liberar dinheiro para seu filho. Por que ele não brigou pela redução do indexador da divida do Estado quando a gestão era com outros governadores? Héee Renan…

  • Lion

    Ricardo, só os tolos acreditam que o Presidente do Senado e o PMDB não tenham forças junto ao Executivo. É claro que o Senador Renan conseguirá suas petições junto à Presidente Dilma. É questão de tempo. Renan e o PMDB estão com o Poder nas mãos. Vão agir de forma mais cuidadosa, mas vão conseguir seus objetivos. O resto é trocadilho de palavras que dizem o já dito, ou seja, quase nada.

  • Silva Luiz

    Entra Governo e sai Governo, e a “novela” é a mesma. O mais importante eles não fazem, que é tratar o serviço público como uma Empresa- com resultados, e não só mandando “rodar a máquina de fazer dinheiro”, usando o dinheiro público com empreguismo, cargos e mais cargos, ENXUGUEM a folha, façam tudo com a máxima transparência, que sobram R$.

  • JEu

    Isso é o que se chama de “complexo de vira-lata”….