Não sei se é sorte ou azar, até porque o imponderável conta muito pouco nesse jogo.

O fato é que o senador Collor vive com uma espada na cabeça. A lâmina pode estar cega, mas quem haverá de saber?

O Congresso Nacional, a partir de sua Comissão Mista de Planos, Orçamento e Fiscalização, nunca colocou em votação as contas do petebista referentes aos anos de 1990 e 1991 – tempos sombrios para o país, quando ele foi presidente da República.

A novela se arrasta há mais de vinte anos, para o bem ou para o mal do senador Collor.

Ele poderia ser enfático, como é o seu estilo, e cobrar dos colegas que julguem as suas contas – seja lá qual for o resultado.

É verdade: se perdesse, poderia ficar inelegível; se ganhar, se livra de uma ameaça com a qual convive já por tanto tempo.

Qualquer um ficaria vulnerável na condição de Collor. Obrigar-se-ia a estar sempre ao lado da maioria. É claro, falo daqueles que se dispõe a viver no universo onde as relações nunca envolvem a essência e cada um exibe a persona que é mais favorável à sobrevivência em um ambiente em que ninguém quer ser presa – só predador.

Os fatos

A tal comissão é presidida pelo senador Edson ‘Lobinho’, filho do hidroelétrico – também – senador, que está ministro.

O relator atual das contas de Collor – versão 1991 – é o senador Wilder de Morais (DEM), que substituiu Demóstenes Torres – que continua procurador da República (de Cachoeira).

Ele já ensaiou apresentar seu parecer aos colegas, pedindo o arquivamento da prestação de contas do ex-presidente – referentes a aquele ano – porque ela “já prescreveu”.

Tudo bem. Mas a mesma comissão havia rejeitado o tal “balanço financeiro” apresentado por Collor, referente ao segundo – e último ano – do seu governo. Só que a matéria nunca foi votada por senadores e deputados.

E as contas de 1990?

Estão sob análise – é o parecerista – do deputado Efraim Filho, também do DEM. Ele não fala em prescrição, mas também defende o arquivamento. Lembrando: o parecer prévio do TCU é pela aprovação das contas de 1990.

Não é uma condição fácil a do senador pelo PTB de Alagoas. Pode não acontecer nada, mas o que ocorrer daqui para frente, nos embates políticos vindouros, pode lhe custar um sentença de 8 anos de inelegibilidade.

Ou, pelo contrário, Collor pode se livrar desta ameaça para sempre.

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  • SÓ 11 DIAS RM!!!!!!!

    Prezado RICARDO MOTA, faltam apenas 11 dias para o 1º de abril, dia da MENTIRA, não é possível que a casita do zépovito brasileiro chamada de Congresso Nacional, esteja há há há há há há um curto período de mais de 22 anos, cujas gavetas do “ENTULHO BUROCRÁTICO” do nosso senador RENAN CALHEIROS, que tanto combate, estejam as contas do ex-presidente carioca Fernando Collor do exercício de 1990 a 1991, para serem aprovadas. Tenho a certeza que os nobres senadores, alagoano RENAN CALHEIROS e o carioca FERNANDO COLLOR, este último parte interessada, NÃO SÃO SABEDORES DE TAMANHA MOROSIDADE do ENTULHO BUROCRÁTICO, até o saudoso ministro Hélio Beltrão está se mexendo de tanta indignação. Certamente por falta de funcionários disponíveis entre os mais de 6.000 que formam o Quadro de Lotação dessa Casa do Povo, pela difícil missão de na mobilidade urbana interna no trajeto do Senado, trazer da gaveta da morosidade burocrática, a papelada que está registrado todos os gastos e/ou despesas do então presidente carioca COLLOR é tão difícil?
    Diante do esquecimento inadmissível, como cidadão alagoano, peço encarecidamente e me disponho a levar da gaveta ENTULHO BUROCRÁTICO para o plenário, uma vez que acredito o senador por Alagoas, carioca COLLOR nada tenha a desabonar, uma vez que até agora foi absolvido de todas as imputações políticas.
    Não precisa explicar, só queria entender o trajeto no Congresso Nacional, que certamente é mais difícil que passar no período de chuvas pela Tranzamazónica.
    Desculpem pela vergonha que passei, e diante do não entender de “ENTULHO BUROCRÁTICO”, só resta aos que não acompanham os meus passos, que pelo menos acompanhem o raciocínio, pois até agora o senador carioca por Alagoas COLLOR DE MELLO é inocente, não foi condenado em nada de nadica. Ademais só rindo do “ENTULHO BUROCRÁTICO”.
    P/Arabutan.

  • antonio xavier

    Isso deve tá tirando o sono desse emérito politico de Fernão Velho! As coisas por aqui “deslizam”.

  • Pedro

    Alguém tem duvidas de qual será o resultado…

  • Thiago Lins

    As contas não foram e nunca serão julgadas. Não sei como, depois de tudo foi descoberto e dos acontecimentos posteriores, esse sr. ainda tem tanta força política.

  • José Carlos de Oliveira Simões

    Aprovar como, depois de tantas falcatruas. Leiam o livro “NOTICIAS DO PLANALTO ” do jornalista Mario Sergio Conti, que vcs terão idéia de como funcionava esse governo.