Enfim, um delegado que enxerga além do corpo sem vida estendido no chão.

Integrante da Força Nacional, que está temporariamente em Alagoas, o delegado Marcos Vinícius chegou à constatação de que em Maceió se “mata muito por motivo fútil”.

Ele faz a ressalva que esse não é um problema exclusivo de Alagoas, mas foi aqui que a cultura da “morte por qualquer coisa” encontrou o melhor terreno para se desenvolver.

Exatamente: esta é uma construção natural, da qual todos nós fazemos parte. Seja por omissão, seja por ação, seja até mesmo pela reprodução do discurso da morte como forma de resolver conflitos.

O delegado fez o comentário ao se deparar com um crime cuja motivação banal não encontra explicação no discurso mais geral: dois jovens de classe média, ao que parece cultuadores do nazismo (muito comum nas grandes cidades, inclusive europeias), mataram a socos e punhaladas um morador de rua.

Não será possível explicar um crime hediondo por uma ou duas razões apenas. Mas há, ali, como em tantas outras situações do nosso violento cotidiano – basta ver a fúrias de madames e cavalheiros no trânsito -, a presença do ânimo mortal (ao outro).

Que o delegado Marcos Vinícius repita muito e sempre a frase que revela a sua constatação.

Nós devemos saber o que somos – se pretendemos mudar.

Precisamos, e muito, de mais polícia nas ruas.

Mas necessitamos com urgência de uma polícia especial, individual, para a alma de cada um de nós.

Não é por acaso que as sociedades com superego mais desenvolvido são mais pacatas e felizes.

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  • SEBASTIAOIGUATEMYRCADENACORDEIRO

    E O QUE DIZER DE DOIS ABUTRES FARDADOS REALI –
    ZANDO “BLITZ” ÀS 6:30 HORAS ( DA MANHÃ ) ? VOCÊS
    TÊM NOTÍCIA DE UM DELITO PRATICADO POR VAGA –
    BUNDOS E/OU BANDIDOS NESTE HORÁRIO? ESTÁ CLA-
    RO QUE AS VITIMAS SERÃO OS TRABALHADORES QUE
    ACORDAM CEDO PARA A LABUTA DIÁRIA . O LOCAL JÁ É
    MAIS QUE MANJADO PARA CILADAS DESTE TIPO : UM
    PEDAÇO DE RUA QUE SE SITUA NO OITÃO DO HOTEL
    RITZ LAGOA DA ANTA , NO INÍCIO DE CRUZ DAS ALMAS .

  • Adalberto

    Moro a dois anos em Maceió. Adoro a cidade mas me assusta um pouco o perfil de brutalidade da população. Já morei em 4 Estados e digo tranquilamente que aqui é o tem pessoas mais brutas. Falta gentileza. Precisamos cultivar isso.

  • Carlos o Chacal

    É verdade, Ricardo, faltam mais policiais nas ruas. Mas… será apenas isso? Será apenas o uso incontrolado de drogas? Ou será que a família perdeu toda a capacidade de orientar e bem conduzir suas crianças? No passado havia punição (não necessariamente castigo físico) à criança que não respeitasse os mas velhos ou que se apropriasse do que é dos outros. Naquela época, a mãe cuidava dos filhos. Agora não, ela trabalha. As crianças precisam ser “educadas” por babás ou ficam na escola em horário integral. E a escola não pode assumir o pepel da mãe educadora. Se uma criança é repreendida em tom mais forte, por uma professora, logo chega a família, com o propósito de, no mínimo, fazê-la perder o emprego. O certo é que esse modelo atual de educação não está dando certo. Estamos produzindo bandidos.

  • JEu

    Pois é, sem investimentos pesados em educação, saúde e segurança, nessa ordem, os índices da violência e da criminalidade não vão cair tão cedo… Por outro lado, enquanto a política de investimentos for direcionada quase que totalmente para as capitais, sem qualquer respeito para os demais municípios, principalmente do agreste e do sertão (onde faltam infraestrutura de água, luz, saneamento, estradas, etc), fazendo a população jovem que quer progredir procurar sempre as cidades maiores, vamos ver estes índices crescerem. Conta-se que um cientista social fez uma experiência em laboratório com ratos. Colocou alguns ratos (machos e fêmeas) em um local que era suficiente em espaço e alimentação para todos. Com o passar do tempo, a população cresceu muito e já não havia nem espaço e nem alimentos suficientes para todos (pois permaneciam as mesmas quantidades), então os ratos passaram a se canibalizar para sobreviver. Será que não estamos vivendo a mesma experiência?,,,

  • Pedro

    Caro Ricardo, não é preciso fazer parte da “Força Nacional”, para chegar a essa conclusão, inclusive aproveito a oportunidade para fazer uma critica a essa forma de política, não vai ser 100 ou 150 homens da FN que vai mudar o quadro de insegurança instalado no nosso Estado, essa é a forma política do Governo Federal mostra presença nas unidades, ou seja, colocando um número irrisório de policiais da FN nos Estados e fazer sua propaganda política. Agora vamos ao caso concreto, essa semana dois homens foram executados na Av. Fernandes Lima, a viatura do Instituto de Criminalística, levou cerca de (02) duas horas para chegar ao local, ou seja, duas horas do centro da cidade até o bairro do Farol, Ricardo, se o motorista fosse de Maceió, teria pegado uma rota alternativa e teria chegado em no máximo 30 minutos, foi o tempo que eu gastei no mesmo horário do mesmo dia da Praça Centenário até o Hiper Bompreço, o que eu fiz, sai da Centenário pelo Feitosa e passei pelo Murilopes, essa é a realidade de quem não sabe onde esta, ou seja a FN.

  • caveira

    Alguem ja assitiu o filme 300 de esparta??? não adianta quantidade e sim qualidade…..vão colocar milhares de soldados nas ruas desmotivados e mal remunerados e treinados…..a receita e ‘motivar’ pois pode colocar um tanque ou helicoptero de guerra na mão do soldado se ele não quiser nem um tiro será disparado…uma unica pessoa treinada e motivada é capaz de promover a revolução imagine várias…isso sim é renovação. Precisamos apenas de interesse não de quantidade….ja exemplificava os 300.

  • Romao

    Ricardo, percebo nas palavras de alguns comentaristas do seu blog muito ciúme e inveja dos policiais da FN, aaafff!!! As questões que você levantou foram totalmente diferentes, mas, somente porque foi um cara da FN eles caem em cima com suas críticas destrutivas, arghe!!!
    Mas, vamos ao seu artigo.
    Realmente, percebo, como alguns comentaram, que o esfacelamento da família tem trazido todos esses transtornos para a sociedade: Jovens e crianças totalmente alheios a crenças e valores. E, fico estupefata em perceber que, para os ditos “intelectuais e antropólogos”, essas mudanças de paradigma familiar é necessário e mais coadunante com a tida “nova era”. Está aí o resultado: Pessoas sem noção de nada. Não sabem para que vieram ao mundo e nem sem esforçam por descobrirem. Desrespeitosas aos pais, adultos, idosos, líderes, professores e por aí vai. Respeito a Deus nem se fala! O deus que eles conhecem é: Jogos Vorazes; Velozes e Furiosos; Street Figther; e outros. Mentiras e vãs filosofias que o mundo oferece e depois não sabe como ordenar o caos que ele causou. O policial da FN tem toda razão: “se “mata muito por motivo fútil”. E, se realmente, a motivação foi por serem neonazistas, – meu Deus! – o Brasil é miscigenado. Qualquer um que se diz branco, se fizer uma pesquisa genética em sua genealogia terá uma grande decepção, porque irá descobrir uma mistura de raças nela! E tem outra, um dos presos não é totalmente branco, já que essa ideologia dos infernos presa por essas coisas! E se os mendigos, negros, religiosos, nordestinos os incomoda tanto, que diachos eles estão fazendo aqui?! Sei não, viu!!!