Prezado Jornalista,

 Sobre nota “A ‘interdição’ do Hospital Geral do Estado” e o e-mail do secretário de Estado da Saúde, publicados neste blog, o Sindicato dos Médicos do Estado de Alagoas esclarece: 

  • Em nenhum momento o Sinmed cogitou a possibilidade de interdição do HGE. Falou sim em pedir a intervenção do Ministério da Saúde, no sentido de resolver o impasse entre o Estado e a classe médica, já que o governo não demonstra vontade política para negociar com a categoria.  
  • Não houve adesão de médicos do HGE à greve da categoria, deflagrada no dia 11 de dezembro de 2012, por absoluta falta de condições de se fazer qualquer redução do efetivo no hospital que já funciona de forma extremamente precária. 
  • O HGE não é solução, mas um problema grave, de grandes proporções, na medida em que não oferece a estrutura minimamente necessária para atender à demanda, estando sempre superlotado e sendo diariamente palco de mortes que poderiam ser evitadas. 
  • Manter o HGE nas condições atuais é condenar a população à morte desassistida. Maceió precisa de um Hospital Geral de grande porte, bem aparelhado e com recursos humanos em quantidade suficiente para atender à demanda, preferencialmente na parte alta da cidade. O Estado precisa de pelo menos uma Emergência de médio porte no interior, já que a UE do Agreste, em Arapiraca, também não suporta mais a demanda que recebe. 
  • Não adianta mais anunciar abertura de novos leitos no HGE, o local não comporta mais reformas, ampliações, enxertos. Trata-se de uma estrutura arcaica, corroída, ultrapassada, inadequada. 
  • O SOS Emergência, com injeção de mais R$ 3 milhões/ano na saúde em Alagoas não vai resolver o problema atual se o governo não investir em recursos humanos e não valorizar o trabalho do médico.
  • Em 2007, a greve dos médicos proporcionou ao Estado a injeção de mais R$ 5 milhões/mês na Saúde, e desde então a situação apenas piorou. Naquele ano, o governo fez acordo com a categoria para acabar com a greve concedendo um reajuste salarial parcelado, mas depois da implantação da primeira parcela retirou, de uma só vez, um adicional que os médicos recebiam, o que deixou os salários mais baixos do que estavam antes da greve. 
  • O resultado disso foi a aceleração do processo de evasão de médicos da rede pública estadual, inclusive do HGE, onde o governo tapa os buracos da escala com a contratação de prestadores de serviços. Ainda assim, faltam médicos no HGE para atender à demanda. 
  • Os médicos lutam por salários dignos (dentro da média salarial do Nordeste), plano de carreira (para que o reajuste implantado não possa depois ser retirado) e por condições éticas de trabalho (material de uso, equipamentos, medicamentos, espaço físico adequado).  
  • Se o governo passar a receber do SOS Emergência R$ 3 milhões/ano a mais e não investir na implantação do PCCV dos médicos e na realização de concurso público, a greve da categoria terá servido apenas ao Estado. 
  • Os médicos continuarão indo embora de Alagoas devido aos baixos salários e a população continuará morrendo à míngua, sem assistência, porque nunca haverá no quadro da rede pública médicos em quantidade suficiente para atender à demanda. 

            Atenciosamente,

    Sindicato dos Médicos do Estado de Alagoas

 

A Diretoria

 

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  • Sylvio De Bonis Almeida Simões

    A verdade dói. Enganar o povo alagoano, como tem sido feito, é muita falta de vergonha.

  • Manoel Siqueira

    Sugiro ao nobre e perspicaz jornalista, investigar o quantitativo de médicos “lotados” no HGE. com essa informação, virá à tona que a tão propalada falta de profissionais é uma falácia. O que existe por parte de colegas, é o descompromisso com a unidade e com a sociedade, esquecendo que um dia alguém seu poderá ser um dos venham a precisar daquele nosocômio. A classe médica, não reconhece o funcionário publico estadual licenciado Wellington Galvão, como presidente do SINMED, o deixam fazer o que faz, porque época livre atirador, enquanto “fatura” no Estado segue na sua saga de buscar aumento salarial para a categoria. Como vai ser possível conseguir um reajuste, o deixam a frente. Quantos médicos o seguem? HIPÓCRATES está indignado!

  • tania

    Manoel Siqueira, vc falou tudo….. legal!!!

  • MÉDICO

    Essa conversa fiada desse Wellinton Galvão só motiva os colegas medicos a não atender a população que não tem nada ver com o problema. Colocar Fernando collor nessa negociação foi uma burrice do sindicato, virou politica.

  • Germanno Ellery

    Ricardo,

    O Governo do Estado devia ver como o Governo do Ceará está fazendo com os Hospitais Regionais do Interior do estado, pesquise no Google:
    HRC – Hospital Regional do Cariri, em Juazeiro do Norte foi o primeiro, depois teve um em Sobral e está em obra um em Quixeramobim

  • Aldo Filho

    faltou o sindicato dizer que seu presidente é indiciado por fraudes no SUS e que seus colegas não aparecem para trabalhar no HGE. O sindicato só pode negociar no dias que médicos plantonista ou de sobre aviso forem labutar no HGE.

  • Kristhyna

    Concordo com a nota publicada pelo SINMED.
    Esclareço ao Sr.Manoel Siqueira, e outros, que muitos profissionais estão sim lotados no HGE, mas encontram-se trabalhando na sede da SESAU ou outros setores (principalmente os ex-diretores e também profissionais de todas as outras áreas) e muitos (muitos mesmos) afastados por doenças, algumas incapacitantes, decorrentes do estresse e da própria idade (não são só médicos, mas profissionais da enfermagem, assistentes sociais, etc) .
    Só sabe quem ainda está lá… ou quem embora afastada ouve os lamentos dos colegas que ainda permanecem lá.
    Mas tem quem, recebendo uns caraminguás a mais ou benesses outras como cargos comissionados para si próprio ou para a família, esquecem a ética, a verdade ou a moralidade… Pena…

  • paulo santos

    isso é uma verdadeira palhaçada,pois o mini pronto socorro do benedito bentes estar de greve a 3 meses e ja morreu 2 pessoas isso é de mais so que o governador ta nem air com a população,e o unico posto de saudade do biu estar indo a falençia os medicos estão tudo saindo é claro porque eles ñ gosta de politicagem emtrou agora um diretor que fazendo politicagem dentro do posto é por isso que os médicos estão idquinados.

  • Francisco Guedes

    Não sou médico, mas eu fico muito triste com os comentários aqui postado, pois dizer que Presidente do Sinmed é o culpado por tudo de ruim que este desgoverno está fazendo.
    Outra coisa se tem médico que não cumpre sua missão de atender a população, quem cabe de investigar é o Gestor e não o Sindicato!
    No mínimo quem fala deste jeito ou está com alguma vantagem financeira ou queria ser médico e não é!
    O que percebo do Presidente do Sinmed é muita coragem de enfrentar os todos poderosos de nossa Estado, quem não tem defeitos?
    E se é médico e acha a luta, sem propósito deveria assumir o Sindicato, para fazer as coisas certas!
    Será que teria coragem ou seria um PELEGO?

  • Verdade

    Collor buscando solução ? So pode ser PIADA

  • José Gonçalves

    Os problemas no hge são inquestionáveis e conhecidos há muito, por toda a sociedade.Há que se verificar, no entanto, que o sindicato e os médicos usam a suposta preocupação com os interesses dos usuários para justificar a manutenção de interesses corporativos. Basta que o governo ceda e atenda as reividicações deles e acaba a “preocupação” com a saúde do povo. É fato que médico tem o sus como bico e trabalha mesmo é nos consultórios e estabelecimentos particulares.E a questão não é apenas de salário.Se o saário triplicasse a falta de compromisso com SUS continuaria,afinal a “viúva é permissiva” e o corporativismo dos médicos se aproveitam disso. Condições de trablho, saúde da população e bla, bla bla é tudo conversa fiada.

  • MARCELO

    Qualquer sindicato de classe que envolver Collor na causa,demonstra o maior atestado de burrice e descompromisso para com a causa. Alagoas pode ter esquecido o tratamento dado as classes trabalhadoras do país,quando o Collor foi presidente, o restante do Brasil, não.