Deic: o que pode ser evitado deve ser evitado
Não creio que podemos dizer que foi uma fatalidade o que aconteceu no Deic. Houve, sim, um acidente com consequências trágicas: a morte de uma servidora pública especializada, mas, acima de tudo, de uma pessoa que tem família e amigos. Isso não é pouco.
A hipótese do acidente pelo acidente não pode ser aceita por comodidade ou facilidade. Há de existir, certamente, uma protocolo sobre armazenamento de materiais explosivos, que não foi seguido – o que parece óbvio.
As tragédias ocorrem principalmente quando desdenhamos das coisas básicas, do cotidiano, que realizamos repetidas vezes sem nos darmos conta do que estamos a fazer. Deixamos os perigos para “os outros”, e eles estão à nossa frente, enevoados pela tirania do hábito.
A dimensão do triste fato de ontem foi maior do que já havia acontecido. Mas já havia acontecido – eis o mais grave.
Não é o caso de se responsabilizar as vítimas, mas de se buscar o erro onde ele teve origem, passando de mão em mão até o resultado fatal.
Aconteceu, mas podia não ter acontecido. E quando é possível evitar a tragédia, ela tem de ser evitada.
Aprender com a morte de inocentes não é uma tarefa que a humanidade cumpra com louvor, desde os tempos mais remotos.
Mas, e o tal protocolo? Em que ponto deixou de ser seguido e por quantos?
Não parece ser sensato e inteligente acumular pólvora numa casa fechada onde trabalham homens e mulheres diariamente.
O acidente não estava previsto, está claro, mas o risco de ele vir a ocorrer não era em nada desprezível.
À família de Amélia Dantas, as minhas mais sinceras condolências.
O resto, que a perícia apure e a Defesa Social depure.
Joilson Gouveia Bel&Cel R
As cargas e artefatos explosivos, armamento e munições bélicas e cápsulas, espoletas ou recipientes com pólvoras ou materiais inflamáveis e de fácil combustão sejam LÍQUIDOS, SÓLIDOS, GASOSOS ou à base de nitroglicerina ou de “bananas de dinamites” e etc., não podem e nem DEVEM ser guardadas, depositadas ou acondicionados em locais de áreas dos perímetros URBANOS habitado, povoado e com passagens de transeuntes e tráfegos de veículos e sem as medidas asseguratórias de prevenção de riscos de incêndios e explosões, como no caso, sem que haja um ALVARÁ ou autorização técnicas por quem tem o DEVER de EVITAR tais catástrofes, que não se pode admitir falibilidades, imprudências, imperícias ou negligências ou, no mínimo, deveriam conter informações suficientes e INTRUÇÕES ou AVISOS E ALERTAS DE RISCOS aos servidores, funcionários, visitantes e, sobretudo, à vizinhança inocente ou ALHEIA aos IMINENTES ACIDENTES ou POSSÍVEIS EXPLOSÕES e/ou INCÊNDIOS GRAVES e LETAIS.
É inaceitável uma mer escusa sobre fatalidade daquilo que deveria SER PREVISÍVEL em face dos enormes e gravíssimos riscos, bem como inapropriado todo e qualquer argumento que tente justificar tamanha PERDA: vidas humanas; momrmente de seus AGENTES ou servidores públicos.
Condolênscias, pêsames ou desculpas esfarrapadas de APURAÇÃO RIGOROSA quando não teve o DEVIDO CUIDADO ou RIGOROSO ZÊLO para evitar o que era iminente, previsível e previsto em face das inadequadas “instalações”, eventuais contatos e manuseios de alta periculosidade até aos AGENTES sem os conhecimentos específicos sobre tais ARTEFATOS E CONTROLE DE EVENTUAIS EXPLOSÕES E INCÊNDIOS.
Aliás, nem mesmo a cabível INDENIZAÇÃO ou a justa PROMOÇÃO POST MORTEM trará-a de volta ao nosso convívio enm consolará seus familiares, colegas, amigos e parentes.
Urge responsabilizar aos culpados por tal evento que ceifou vida e sonhos!
Vida e sonhos de uma colega policial!
Joaquim Brito
Minha solidariedade a família de Amé –
lia, as suas companheiras e companhei-
ros. Protestamos contra atitudes irres-
ponsáveis do Governo. É inaceitável,
inresponsabilidade, manter um depósito
de explosivos onde trabalham pessoas, e
em uma área fartamente habitada, no
centro da cidade. É neglicência, desca-
so com a vida. É um crime!
Prof. Eduardo Sampaio
O Governo do Estado assume o risco de acidentes como esse quando contribui para uma estrutura tão precária como a da nossa Polícia Civil. Os prédios são verdadeiros puxadinhos, locados, na maioria das vezes. Sorte que não morreu mais gente. Mais um drástico acontecimento para os anais do governo Vilela. Lamentável!
VERDADEIRO
Ricardo, voce tem toda razão, hoje foi o DEIC, amanhã poderá ser fuga em massa em uma das casas de custodias de alagoas em especial DELEGACIAS REGIONAIS por Ex: DEL. REGIONAL DE PENEDO, VIÇOSA etc… Pois nessas Delegacias Regionais, acredite cada com aproximadamente Setenta(70), presos, apenas dois policias se fazem presentes Um Escrivão e Um Agente de Policia, pois a maioria dos Delegados sabe-se lá porqie fica de sobre aviso. Más a qualquer momento vai EXPLODIR.
REPETIÇÃO
NO PRÉDIO ANTERIOR TIGRE QUE FICAVA EM FRETE O HOSPITAL DO USINEIRO ACONTECEU EXPLOSÃO DE MENAS PROPORÇÃO…QUE FOI NOTICIADO TAMBÉM.QUE HOJE É UMA CASA DE CUSTODIA.
Michel Le Campion
Me salta aos olhos,como diria Joaquim Barbosa,pensar que naquele local armazenava-se tamanha quantidade de nitroglicerina em pasta “Dinamite”!!!
Meus sentimentos aos familiares das vitimas. Lamentável!!
Francisco Pedri
No mesmo momento que o Deic foi explodido , o Centro de Maceio sofreu um violento arrastão, sera que foi coicidência?
Eliezer de Azevedo Falcão
ISSO COMPROVA A INCOMPETÊNCIA E IRRESPONSABILIDADE. NÃO DEVERIA TER PAIOL PRÓXIMO DE PRÉDIOS E RESIDÊNCIAS, NO CENTRO DE MACEIÓ.
José Pereira de Lima
Mais uma vez nos deparamos com algo que poderia ser evitado e não foi. Mais uma vez somos confortados pelo seu raciocínio lógico e humano. Bom saber que existe inteligência e humanidade tão bem unidas nessas plagas.
Antonio
Armazenar explosivos em um prédio desse próximo a residências? Nossa segurança pública é toda no improviso… Não há seriedade em NADA.
carlos
Se outros,governo nunca se preocuparam para o risco anunciado para qualquer momento.Muito menos o estilo Teo,despreocupado não só com este problema como outros que nunca se antecipa.
sebastiaoiguatemyrcadenacordeiro
Ricardo,rapaz! Estava eu sentado na ca-
deira odontológica da minha dentista,
quando,subitamente,escutei o barulho da
explosão(BANG),ao mesmo tempo em que as
vidraças se fragmentavam. Minha primeira
impressão foi de que um veículo grande
havia se chocado,velozmente,com os car-
ros estacionados e,tambem,com a frente
do imóvel. Nos dirigimos para a calçada
e o que vimos foi uma pequena amostra do CAOS. Pessoas chorando e gritando,
apavoradas,alguns rapazes falando e
gesticulando,entre os carros,alguns
dirigindo o trânsito,como se fossem
agentes do trânsito,vidro quebrado pa-
ra tudo que era lado,as calçadas toma-
das por pessoas assustadas que se per-
guntavam do que havia acontecido,um
certo grau de poeira e fumaça,davam
uma aparência sinistra ao ambiente,que
só não mais terrificante porque não
aconteceu um “black out”,pelo menos
regional. Como o trânsito continuava
fluindo e não havia destroços nas re-
dondezas,eu, ainda vestido com o “baba
dor” amarrado no pescoço,lembrei do
“fim do mundo” e olhei para o céu,que
se encontrava impassível e comecei a
desconfiar de uma possível explosão
decorrente de um ducto subterrâneo de
gás butano,que é o tipo mais comum
destes eventos trágicos. Vou te contar
rapaz,foi uma experiência ASSUSTADORA!
Essa palavra é a que melhor define o
ocorrido. ÔMI !
Justino
PODIA SER PIOR!!!Salve ou salvem?as instituições!!!três décadas(TRINTA ANOS)de “abertura democrática” pra isso?Salve-se quem puder!Bom dia,boa sorte.
lua beserra
Perfeito no comentário, Ricardo! concordo plenamente, eis uma excelente oportunidade para se pensar inclusive em outras situações que estão na nossa frente e que não nos damos conta…em Mcz, temos INÚMERAS revendas de gás de cozinha, clandestinas, funcionando normalmente, sem nenhuma fiscalização. Alguém já parou para imaginar se perto do prédio do deic houvesse uma dessas? Responsabilizo em primeiro lugar a justiça, as leis e os que por ela são responsáveis, pela burrocracia e morosidade que nos afeta e mata diariamente, na segurança, na saúde, na educação..enfim….
Ricardo Melro
Análise perfeita, Ricardo. Falou tudo.
INCRÉDULO
Isso é culpa dos gestores, que não se importam com o “material humano”, mas apenas na ganância, no poder, em fazer o que querem com a coisa pública, seguindo seus interesses particulares!
Narciso de Portela Matos
A minha pergunta é! E o exército, até quando vai ficar omisso?
ROBERTO GOUVEIA
A responsabilidade,é de quem dirige a delegacia,porque muito se fala em méritos e elogios, no entanto a vaidade e o orgulho tira o senso da razão.e nos torna inrresponsaveis.A culpa poderia ser do governo mas é importante salientar.quem deve ou deveria entender de POLICIA,MATÉRIAL BÈLICO,PAIÓL,EXPLÒSIVOS etc,e perigo iminente é o dirigente do órgão.MEUS PESAMES!
Ruana
Essa tragédia e o marco dessa gestão da policia civil. Pronto. Foi só o que eles conseguiram. Meus pêsames.
Jilvania
Disse tudo Ricardo. O Governador devia era agir e dar a resposta que o povo quer … Fora esses gestores . Apuracao das irresponsabilidades.
Fátima
Eu trabalho com fogos e quando chega a época djuninas ou de ano novo, tem vistoria de vários órgãos municipais, estaduais e até federais, Md estes órgãos agora q deixaram montar uma barraca de explosivos no Centro da cidade.
Outra questão lamentável foi o Govrnador aproveitdr
Felipe
Agora passaram recibo de incompetencia e irresponsabilidade .
Elena
Governador, o senhor e um homem respeitado, nao vai na onda dessa conversa de fatalidade nao. Assuma que a seds falhou, que a pc falhou e que por isso aconteceu essa desgraça . E mais honesto com seus eleitores.
pedro
A negligênci, irresponsabilidade, descaso criminoso será objeto de mais um crime sem solução e sem culpados. Pago prá ver. Solidarieda é o máximo que a população pode dispor a família da Policial vítima dessa tragédia anunciada.
Justino
“RESPONSABILIDADE DE TODOS,É DE NINGUÉM”.É a banalização da omissão,da DESORDEM,de quase tudo!Talvez a escatologia explique.Salve-se quem puder!
Antonio Rosebdo
Texto ridículo! Tenha coragem de responsabilizar os culpados, dando nomes. A cúpula da PC e o secretário se fossem homens pediam demissões.
Até quando?
Perfeita sua análise! Em Alagoas se brinca de fazer Segurança e apenas trabalham quando é para se fazer propaganda enganosa. É tudo Azul e maravilhoso. Nossos gestores são pura obra do Marketing. E Só! Falta o básico: competência, talento e compromisso com a coisa pública etc. As provas estão aí, na segurança tudo funciona de forma amadorística, improvisada e precariamente. Falta de aviso e denúncias não são. Portanto, ficam apenas as perguntas: Até quando? E quem será a próxima vítima?
Adeilson Marinho
Ricardo Mota, todos sabemos quem são os responsáveis, são eles: os governantes deste estado, hoje, o senhor,Theotonio Vilela Filho e o seu secretário, Dário César.
O que me intriga, é que ninguém sabia da existência desse armamento de guerra? a “imprensa comprada”, um sindicato que só reivindica por salários…Pobre população que acredita neste governo falido do PSDB.
carlos silva lima
CARO RICARDO,
POR que o poder judiciario nao autorizou logo a transferencia desse material para o EXERCITO????QUE TEM CONDIÇOES de armazenar…..
5BPM
Tudo nesse governo é uma TRAGÉDIA ANUNCIADA: vejam as vtrs do meu batalhão: sem freio, sem suspensão. E mais outra tragédia que se avizinha: essas bases comunitárias (Carminha, Selma Bandeira) sem proteção nenhuma com os PMs jogados em meio a malas que ele mesmo já prendeu…É um barril de pólvora.
Isabel
Senti muito a perda da amiga de universidade, de profissão, uma pessoa alegre e gentil.
Amélia vá com Deus, o Pai te aguarda de braços abertos.
Agora a quem cabe a responsabilidade do acontecimento?
Aos seus colegas de profissão? Ao chefe de estado? Ao delegado?
Ao comando da polícia?
Contudo, quem perde é a sociedade e principalmete a família e os filhos.
Deise Franco
Pois é… Morreu por um pouco mais de R$1.000,00. Não existia um delegado seguer na delegacia. Somos garçons de delegado (recebemos gorjeta deles, ou seja, 10% de seus salários).
Eustáquio Silva
Belo texto Ricardo Mota. Só não entendo uma coisa nesse Estado. em qualquer outro lugar esse Secretário e essas delegadas estavam afastados para a elucidação do cargo. Será que em Alagoas todo mundo tem rabo preso? Ou vivemos num local de faz-de-conta. Deus nos livre.
AGENTE
Ricardo,como se faz segurança sem logística nenhuma? sem IML,sem um instituto de criminalística equipado,sem peritos criminais, sem efetivo nas policias civil e militar,sem delegado presente no local do crime,com o sistema prisional falido,com as delegacias sem o mínimo de estrutura, com policiais e agentes mal remunerados. Este será sempre o resultado; o inocente pagando com a vida pela incompetência de um governo que encontrou na mídia a solução para vencer a violência em Alagoas.
Roberto Lins
Caro Ricardo Mota, já era previsivel este fato como o nobre coronel Gouveia explicou. O que mais deixa a sociedade de boca aberta é o fato sero segundo em menos de 5 anos no DEIC, o fato recente foi apenas com munições e artefatos de bombas de efeito moral na antiga sede do TIGRE.
Jane
Bem assim , pode acontecer na academia da polícia civil de Alagoas.Soube que já houve pequenos incêndios lá e a academia está caindo aos pedaços.Os policiais que se cuidem.