Todos nós reclamamos muito, e com razão, da violência desenfreada, que vai tornando o nosso cotidiano insuportável.

Um pequeno texto publicado ontem, aqui no nosso blog, me leva a mais indagações.

Muita gente me criticou duramente porque eu “defendo direitos humanos para bandido”.

Sei que o senso comum – daí a popularidade de alguns personagens midiáticos e políticos – repete a máxima: “bandido bom é bandido morto”.

Mas quem é bandido?

Para mim é aquele que rouba, estupra, trafica – e tudo mais que está previsto no Código Penal e até além dele.

Entretanto, é preciso deixar claro para nós mesmos que os bandidos são eles, e eu não podemos pensar com a cabeça deles – bandidos.

É isso que deve nos diferenciar.

Se passamos a defender que o nosso comportamento deve ser igual e na mesma proporção que eles – os bandidos – manifestam não haveria mais diferença alguma.

Chega-me, aos montes, a máxima: “Quero ver o que vai dizer se acontecer algo com alguém da sua família”.

É um argumento tão tolo quanto estúpido.

Uma pessoa, qualquer pessoa, é vulnerável ao sentimento de vingança. Que não pode ser o mesmo de uma sociedade.

Esta tem que levantar a bandeira da Justiça – não dos justiceiros.

Não podemos desprezar tudo o que a Civilização já construiu em nome do “olho por olho”, que segundo Gandhi, “cega a todos”.

Devemos e podemos agir para melhorar as nossas instituições, inclusive a polícia, sem dar a ela o direito de torturar ou matar ninguém – a não ser em legítima defesa.

A formação militarista – o que está fartamente demonstrado na literatura e no cinema – se baseia na humilhação e na violência, quase sempre, do policial.

A consequência chega às ruas.

A humanização do trabalho da polícia passa pela humanização na formação do policial – e não é o que acontece hoje.

Repito o que já afirmei reiteradas vezes: precisamos formar uma polícia única (inclusive reciclando os atuais policiais).

Os militares, aqui e em todo o mundo, são treinados para a guerra. O policial tem por função proteger a sociedade e não agir como quem está na guerra – por mais que as situações possam parecer, num olhar puramente superficial, semelhantes.

A guerra enlouquece e embrutece aqueles que delas participam. Há hoje, nos Estados Unidos – o país que mais invade outros no mundo –, programas de tentativa de reinserção de militares que atuaram em várias guerras.

O policial, por sua vez, precisa de dignidade para trabalhar, acompanhamento psicológico e muito mais.

Só não precisa que o cidadão comum lhe diga: mate!

E para encerrar: se você quer medir o potencial de violência da sociedade, observe como se comporta no trânsito, por exemplo.

Você pode ter uma grande surpresa, se conseguir compreender a si mesmo (o que vale para cada um de nós).

Já estou pronto para receber nova pancadaria dos internautas.

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  • virgilio Rodrigues Moraes Filho

    Boa tarde!!Ricardo Mota.

    Sou de Fernão Velho, perdi meu pai em 1972, tinha 06 anos,cresci vendo o matador do meu pai, quando ia para Jardim na praça São Jose, lá estava ele, na escola padre cabral lá estava ele, na quadra de esportes lá estava ele,nunca pensei em matar,apesar que como ser humano desejei muito, e por muitas vezes,mais minha mãe que só sabia escrever seu nome e trabalhava na fabrica carmen dizia”meu filho vá estuda seja um homem, não faça nunca o que ele fez com seu pai”,hoje Ricrrdo estou bem não sou o homem rico e sou pois tenho uma familia e deito no travesseiro e durmo, seu amigo e meu amigo de infância o professor Osvaldo(pifo), sabe da minha historia,um forte abraço.

  • CESAR AVILA SOUSA

    Caro colega, concordo com sua posição quando se fala que não devemos agir de forma equiparada aos “bandidos”, sou policial e tento manter o respeito e dignidade com todos, por vezes proporcionando o único tratamento humano aquele ser. Porém existe um problema que inevitavelmente angustia a maioria dos policiais, é a incapacidade de ofertar uma resposta eficiente contra a criminalidade, pois as reiteração da conduta criminosa sem se conseguir frear o autor, deixa a sociedade agoniada por uma resposta, o que por vezes este sentimento é incorporado pelo policial que se sente tanto ofendido quanto a vítima, diante de tal incapacidade de impedir ou responder ao clamor, termina por ultrapassar os limites permitidos e começa a jogar nas mesmas regras que o bandido. Resumindo, caso existisse mais comprometimento e houvesse no sistema mais eficiencia em se responder de imediato (julgamento e pena), certamente isso não ficaria dessa forma, no mais resta a população cobrar dos policias que estão na ponta, o quais, em sua maioria, tentam resolver da forma que acham melhor.

  • alberto lopes

    voce tem razão a policia é uma instituição de fundamental importancia para a sociedade, seu comentário é voltado para aqueles que ser um policial não precisa respeitar as leis.
    na minha opinião todos bandidos deveriam estarem presos indepentente de sua posição social, mas o que vimos é que oalvo maior são aqueles de baixo poer acsitivo sou solidário a voce e contra a tortura

  • Diogo G. Brandão

    Concordo com você Ricardo! Não podemos julgar todos os problemas da nossa sociedade principalmente a violência generalizada que aqui se forma, pensando e agindo como bandidos. Devemos fazer dos nossos atos bandeiras da justiça e paz!

  • Marcondes R T Costa

    Caro Ricardo, confesso que analiso seus comentários acreditando que os faz com uma certa (pouca, mas existe) parcialidade, haja vista o Ilustre colega trabalha para um jornal que tem como dono alguém que merecia, e você sabe, receber duras críticas pelos anos na vida pública. Se não as faz, deve ter seus motivos, entendo.
    Mas o que me motivou a tecer breves comentários foi apenas para elogiar (ao contrário do que você imaginou) as sábias palavras que acabo de ler.
    Olha, sabemos que a maioria que pede “cacete” em bandido poderia ser vítima desses abusos policiais – ou do estado, se preferir-. Profissionais que são pagos, inclusive, pelos mais pobres, pelos que moram nos bairros periféricos e seriam os primeiros a sofrer as consequências do excesso policial, mesmo sendo trabalhadores, honestos. Apenas por ser pobres poderiam ser confundidos de bandidos, nós sabemos.
    Sem maiores delongas, meu respeito aumentou pelo nobre jornalista depois do brilhante texto. Abraço.

  • ARLINDO LYRA

    Fale lembrar que o cidadão se torna um tremendo marginal, no momento que ele sai de sua casa para votar e arrumar emprego para um bando de meliantes que alto se denominam de politicos, mesmo sabendo que será roubado pelos mesmos em todos os sentidos, ou seja, formação de quadrilhas(vide taturanas e guabirus), recebimentos de propinas, recebimentos de 14º e 15º salários, verbas de gabinentes onde eles disgnam salários de até R$7 mil e só pagam R$2 mil, ficando com o restante do valor, auxílio calcinha e sultiã, bom, vou parar por aqui senão dá meia-noite e não ternino de escrever já que a relação de fraudes é interminável.

  • rosineide dos santos elmiro de souza

    acorda! estamos em uma guerra, tem que voltar a época do Coronel Rocha.Policial tb tem família.

  • José dos Santos

    Parabéns Ricardo, seu texto é muito pertinente. Lembro de um texto publicado pela Associação Nacional de Centros de Defesa da Criança e do Adolescente, cujo título é “Somos todos Infratores”. Essencialmente, faz-se uma discussão sobre como nós deixamos nossa juventude vulnerável ao crime, não respeitamos a legislação no atendimento aqueles que são internos pela justiça e depois defendemos diminuição da maioridade penal, prisão perpétua, etc.

  • Kleber Lincoln Lima de Amorim

    Recicla-se coisas, jamais pessoas.
    Seria bom, que entendessemos desta forma.

  • ariel fernandes

    é isso caro ricardo mota, vc escreveu tudo q passo e sinto no momento, quando sinto na alma, pele e etc. o q um pai de familia passa com um problema na familia. abs

  • Rafael

    O primeiro comentário não poderia deixar de ser o de parabéns. Alagoas é estado mais violento do Brasil. Seus baixos níveis sociais e altos casos de corrupção e desmando pode muito bem explicar essa situação. É preciso diferenciar a crítica à Polícial da feita ao policial. A PM brasileira , assim como outros órgãos estatais está falida. Muitos cidadãos e muitos profissionais da farda, pagam com suas vidas por essa putrefação institucional. Os estudados mais avançados sobre a segurança no Brasil já revelam: Para mudarmos essa situação, além dos investimentos nas áreas sociais é fundamental o fim da PM e um outra política para as drogas. Por hora, Ricardo, temos que potencializar esse tipo de discussão, as vezes o tabu cultural nos afasta da razão.
    Um Abraço!

  • Gilson Navarro Ezequiel

    Caro jornalista Ricardo sua retórica tem suas verdades mas não aponta caminhos, somos hoje violentados por politicos, mídia em geral, pela prória justiça, casas financeiras, pelos comerciantes,todos ávidos pelo poder e lucro fácil, a quem recorrer? Pois se até Jesus foi cruscificado no meio de ladrões e a um deles ofereceu o reino do céu, a nós só resta lamentar e
    Como dizia Raul “… esse planeta como um grande cachorro eu vejo quando não aguenta mais as pulgas se livra delas no saculeijo… Ochente!”

  • Welty Gois Luz

    Nada a acrescentar senão isto: Parabéns

  • Oliveira

    É tudo uma questão de ORDEM!O lado ruim,mau, de todo ser humano,deve ser CONTROLADO!Quem deve controlar?Acho que devíamos,antes de filosofar,”espantar” nossos males interiores!Psicoterapia?No SUS?O ESTADO somos nós?Salve-se quem puder!!!Digressões de mais um alagoano,que sofre com a DESORDEM! Boa tarde,boa sorte!

  • atento

    Quem ler este texto pode achar que quem escreveu está louco ou esta tentando aliviar o lado daqueles que abusam de seu poder no exercício de suas funções policiais. Eu não acredito. Como não acredito que o blogueiro concordou com as atitudes reportadas e atribuídas a militares de serviço e que foram apresentadas em rede nacional. Vejo neste texto uma analise sucinta e verídica do que acontece em nossa sociedade e do que pode ser feito para corrigir posturas inadequadas e que só trazem insegurança social para todos. Acredito que um investimento em uma melhor estrutura da Policia, pois, para mim,necessitamos apenas de “uma” e que esta seja competente e eficiente para atender os anseios de uma sociedade.Acredito também que não basta apenas qualificar, humanizar a formação, melhorar seus vencimentos se, não tivermos também uma sociedade mais humana, mais educada, bem instruída de seus direitos e deveres, mais ética e moral, nada adiantará, pois estaremos enxugando gelo no deserto e perdidos no final do túnel como se encontra a sociedade brasileira hoje. Para cobrarmos algo de alguém, precisamos conhecer aquilo que cobramos, para que possamos cobrar de forma legal e segura.

  • Melissa Rocha

    Genial.
    Disse tudo o que eu penso acerca do tema.
    Poucos jornalistas tem coragem e serenidade para dizer isso. A maioria está a serviço do “mate!”.
    Vida longa, Ricardo Mota!

  • João

    Parabéns pela matéria, pena que os q estão no poder não pensam dessa forma

  • Edutmj

    Caro Ricardo,

    Percebe-se facilmente que você adota a corrente garantista, além de possuir conhecimento jurídico penal similar aos operadores do direito criminalista.
    Se todos os seus seguidores tivessem tal conhecimento com certeza as “pancadas” que vc recebe seriam minimizadas.
    O problema que a falta de conhecimento dos leitores não podem diminuir o padrão se seus textos tão coerentes, claros e precisos.
    Quem milita nessa área ou possui conhecimento técnico específico sabe que vc está certíssimo.
    As pessoas têm que entender que a falta de competência estatal, em todas as suas áreas inclusive, não pode terminar com desrespeito total a pessoa humana. Quem fala que bandido bom é bandido morto, devia rever seus conceitos a partir da seguinte indagação: no momento que um dos meus familiares cometer um crime(e isto é passível de acontecer com qualquer um) e este seja pego por uma autoridade que pense exatamente igual, será que vou pensar que bandido bom é bandido morto?. E aí sim veremos se realmente tal pessoa continuará com esse pensamento estúpido… do bandido bom é bandido morto…
    Parabéns pelo texto!

  • wal

    Só tem você,na imprensa…sério.
    Um jurista paulista, em entrevista ao jornal Fala Brasil, disse tudo;ao falar da guerra dos PMs,traficantes,e os assassinatos, em São Paulo.
    Esta guerra,está a polícia, os marginais,e a população ;quem deveria tomar conta desta desordem,era exatemente os que fazem as leis, neste Paiz; que na situação eles são omíssos,e se esconde,da realidade…

  • Oliveira

    Bandido tá levando vantagem em tudo!!Temos uma sociedade DOENTE!!!A crise é de VALORES!”Navegar é preciso,viver é impreciso.”O mau exemplo vem de CIMA.Salve-se quem puder!Boa noite,boa sorte!!!

  • sara

    Toda essa guerra que estamos enfrentando,uns dos principais motivos,são:A família que está desmoronando,falta de Deus,falta de educação de qualidade,com escolas por tempo integral para todos,e a justiça,que na verdade no Brasil,podemos chamar de injustiça!

  • paulo Targent

    Há mais coragem no homem em calar diante de uma ofensa, de oferecer a outra face a revidar , que aquele que reage com violência.
    A violência qualquer um pode faze-la, não é assim que o covarde a pratica,surpreendendo seus adversários na calada da noite? quando não, contrata pistoleiros para fazer o serviço sujo em seu lugar?

    Sejamos corajosos, para amar, amar fraternalmente o nosso próximo, ter a coragem de amar aqueles que se dizem nossos inimigos, inclusive.Porque qual o mérito que temos de amar, apenas os nossos familiares? Não precisa oferecer benevolentemente o pescoço a ele, mas emitir pensamentos salutares, e não ter ódio dele, já é um bom começo.No fundo , todos nós somos irmãos, independentemente de credo, de posição social,de cor de pele, ou qualquer dessas convenções humanas, que não servem pra nada, perante as leis do universo.
    Abraço.

  • Antonio Carlos Barbosa

    Prezado Mota, parabéns pela lucidez do texto. É o que basta.

  • FRANCISCO DE ASSIS SIMÕES

    POR ISSO SENHOR RICARDO MOTA O BRASIL É UM PAIS DE TERCEIRO MUNDO QUE MAIS MATA NO MUNDO E NUNCA VAI MELHORAR, NOS PAISES DESENVOLVIDOS UM POLICIAL QUE MATA UM MARGINAL RECEBE MEDALHA DE HONRA AO MERITO E É UM HERÓI.

  • FRANCISCO DE ASSIS SIMÕES

    BOTA ESSES MARGINAIS DENTRO DE CASA RICARDO MOTA.

  • FRANCISCO DE ASSIS SIMÕES

    DIREITOS HUMANOS PARA HUMANOS DIREITOS.

  • Hector Echaniz

    É um assunto tão obvio que só a mais completa ignorância pode justificar que se defenda a violência policial. Basta entender que qualquer um, eu, você, nossos parentes, amigos e inclusive quem defende essa polícia pode sofrer esse tipo de abuso mesmo sendo perfeitamente inocente e se formos pobres mais ainda. A polícia “desconfia” do cidadão e a partir daí julga, condena e aplica o castigo, isso é grotesco.

  • Sebastião Roberto da Silva

    Prezado Ricardo, embora concorde parcialmente com seu arrazoado, permita-me indagar: você já teve algum familiar barbaramente assassinado? Já presenciou um covarde e brutal trucidamento a sangue frio de um ente-querido?

  • Josuel Oliveira dos Santos

    A violência em Alagoas passa por muitas vias. Matar o bandido não resolve este problema.A solução está em investimentos sociais. Educação de qualidade inclusive para os policiais.Emprego especialmente para os jovens.Saúde pelo menos de qualidade razoável para todos.Quando estamos de cabeça quente, até podemos concordadr com a frase: bandido bom é bandido morto, Mas esta frase não resiste a uma simples análise racional.

  • SILVA

    tudo faz parte de um círculo vicioso: as elites vivem nababescamente do trabalho de todos criando um bando de miseráveis.Para controlar os miseráveis precisa usar da violência, a qual é praticada por parte deste miseráveis. Por sua vez os miseráveis que foram violentados se revoltam contra a sociedade e começam a “virar bandido”, os quais se cometidos contra os próprios miseráveis, não é motivo de movimentos pela paz, mas se atinge as elites que criaram os miseráveis, ai sim vão para rua pedir paz. Seria paz ou justiça social, cujos mecanismos eles tem para fazer?
    Se continuarmos a praticar o que foi doutrinado pelo regime militar, no qual imperava a ordem de mate antes, prenda depois, não sairemos jamais deste círculo vicioso.
    Devemos combater as causas e não as consequencias.
    Como os miseráveis nem sempre conseguem atingir as elites, agora se voltaram contra quem está na linha de frente da repressão (os policiais) e isto é que esta acontecendo em SP e SC. Policial virou alvo, já que não conseguem atingir os mandantes.

  • Marcelo Alves

    Concordo plenamente, vivemos hoje uma rotina de violência, acordamos com a notícias de 15 foram mortos, com vídeos pessoas reagindo a assaltos e sendo mortas, com histórias de mães que jogam seus recém nascidos no lixo, de corrupção, etc, etc, etc. Isso exalta em nós o sentimento de revolta muito grande, revolta essa que nos torna quase que como “policiais da força nacional” (salvo os bons policiais). Pessoas que já estão no limite necessitando muitas vezes apenas uma “cara feia” ou uma “fechada” no trânsito para desencadear uma ação de revolta digna dos piores bandidos. Devemos prestar mais atenção naquilo que consumimos pois “somos aquilo que comemos” se “comemos” só violência o dia inteiro, como poderemos agir diferente. Hoje muitos pais compram para seus filhos games que só os tornam mais insensíveis diante do sofrimento do outro, onde estourar a cabeça de outro ser-humano (virtual) o faz ganhar pontos e serem repeitados. Devemos sim rever os nossos valores porque no fundo no fundo, todos somos vítimas do sistema, os bandidos e os pré-bandidos(nós)

  • Rafael Kennedy

    Os revoltados e loucos pela justiça com as próprias mãos, só ficam idignados com os bandidnhos de ponta de rua. O mais triste é que os bandidos de colarinho branco são tratados como celebridades e ninguém soube de um caso onde a policia fosse aplaudida por dar uma surra em um senador ( e esses bem que mereciam ).

  • Oliveira

    Fui educado ouvindo:DIREITO tem,quem DIREITO anda!!!Né o “ESTADO DEMOCRÁTICO e de DIREITO”?Ou tá sobrando HIPOCRISIA?Salve-se quem puder!!!

  • Eduardo Lopes

    Ricardo, quanto às pancadas não se importe. Lembro-me do genial G. G. Marques, tratando de Amaranta (salvo engano): são daqueles que confunde o c* com as têmporas. Abraços.

  • Pedro pedreira

    Tomei conhecimento,que um homen foi assaltado,quando conduzia seu filho pequeno,em direção à sua residencia,o bandido perguntou:Você trabalha cara,a resposta do Pai:todo dia,o bandido retrucou:e eu assalto todo dia.Todos nós somos vítimas,o que me revolta é a inercia estatal diante de uma realidade cruel.Um sistema carcerário que serve entre tantas mazélas para cuidar da alimentação do preso,com inclusive pagamento de auxilio reclusão,visita intima e todas as regalias que o sistema carcerário oferece a sua clientela.Preso, devia pagar sua alimentação com trabalho,visita intima jamais, quem rouba,estupra e mata por dinheiro,nao merece os prazeres da carne.O que acontece hoje em SP,é terrorismo,de um grupo armado chamado PCC,a Lei é clara quando o terrorismo ameaça o estado,seus protagonistas devem ser tratado com rigor, eu so vejo uma saida fuzilamento.Tem coisas que ultrapassam nossos conceitos de humanidade, diante de tantas vítimas inocentes.Entendo seu ponto de vista Ricardo e o respeito por isso.Infelismente estamos no fim do tubo,a sociedade ta sufocada e temo que tudo que acontece em SP,cheque até nos.Um grande abraço nobre jornalista…

  • Carlos Alberto dos Santos

    Agora vc falou! precisa de estrutura e a culpa das mazelas sociais não é dos policiais! Pense comigo: Se vc chega numa confussão entre seus filhos e não tem acordo uma pancadinha nos dois separa a briga? É o que acontece com a polícia. Quando ela é chamada é pq tem o caos e já faltou tudo, inclusive o respeito e como essas pessoas que chegaram ao seus extremos vão respeitar os policiais? Para querer mudar a polícia precisa mudar a sociedade que está doente e causando doença para uma corporação centenária que defende vc com a própria vida.

  • marcus lopes

    Senhor Ricardo,bom dia!
    É verdade que as nossas polícias são anacronicas,violentas e necessitam de uma “limpeza”.Porém nada surgirá de bom ,em qualquer procedimento público,se os cidadãos não quiserem assumir seus direitos e DEVERES enquanto cidadãos.Trafego diariamente pela nossa cidade e verifico com tristeza que os motoristas de Maceió,comportam-se de maneira feroz,violenta e agressiva.Não seguem o código brasileiro de trânsito e nem o código social da bôa convivência.Isso acontece com motoristas de tôdas as classes sociais,pobres e ricos dirigindo com arrogância e bestialidade(se estiver ao volante de uma pick-up então…)
    O que se passa com as polícias,é reflexo do comportamento da cidadania.Se nós não somos exemplares,o que dizer de nossas instituições?Não podemos deixar de lembrar que são os cidadãos que escolhem o cenário em que vivem,através de seus votos e ATITUDES!

  • salatiel

    Belo texto Ricardo. A policia militar é um dos requicios da ditadura. Quem critica a questão da segurança pública, com politicagem são bestasferas, se é que isso existe.
    Os culpados da violência são os politicos que fazem as leis. Collor e Renan, são as expressões maiores, no referencial Alagoas, na inoperancia em fazer leis justas e severas.

  • JEu

    Creio que a sociedade alagoana está, de alguma forma, acordando para os verdadeiros responsáveis por tudo isto: as elites dominantes. Lembremos da revolução francesa. Quando o povo não suportou mais a injustiça, derrubou a bastilha….

  • Murilo Alcântara

    Ricardo, bom dia, Eu respeito sua opinião mais como você deve saber morre mais pessoas na nossa guerra urbana do que nos Países que estão em guerra declarada, já que pelo menos nas guerras são respeitadas algumas regras, ao contrário desses bandidos que temos em nosso país, principalmente em nosso Estado, que não respeitam regra alguma, se eles agem desse jeito, como é que a Polícia deve agir, pedindo licença e por favor para entrar em suas casas, acho que não, certo!

  • RICARDO SANTANA

    Concordo parcialmente com o texto, porém é uma pena que generalizou e atribui culpa a Policia Militar, mas se esqueceu que somos a primeira PM do Brasil em receber o prêmio Nacional de Direitos Humanos, inclusive somos considerados como o Órgão Público mais disciplinados em questões de regras administrativas, por formação, respeitando os demais. Que há algo que precisa mudar, que procuremos mudar, mas não desta forma, culpando a PM, nitidamente por resquícios da Ditadura em nosso País. Mas o tempo é outro e não podemos aceitar ser retorno. O problema é nossa democracia travestida de anarquia, que vem corroendo toda nossa sociedade, quase nada que deveria funcionar, funciona, e ficamos assistindo pacificamente a isso tudo: Mensalão, verbas de gabinete exageradas,Leis com interesses pessoais e não coletivos, roubo de merenda, etc. E pq não culparmos a nós mesmos que elegemos sempre os mesmos?
    Temos mal profissionais em todas as categorias, porém jamais deveremos culpar a formação Militar pelo caos que vivemos.
    Com todo respeito, Abraços.

  • J.Monteiro

    Meu caro Ricardo Mota, sua retórica é sensata, e como cristão que sou, comungo de seus sentimentos. Quem mata por vingança, também comete um crime. E daí? Quem faz essa indagação, com certeza está dominado pelo ódio, pelo rancor, pelo desejo de vingança, que não enaltece nenhuma vida, pelo contrário, lança os sentimentos nobres na escuridão do irracional, diminuindo-se como homem ou mulher, obra prima da Criação Divina.

  • Jorge lopes

    Concordo com praticamente tudo que esta neste post, porém qual a diferença entre o que vivemos hoje e uma guerra? Traficantes que degolam, tocam fogo em pessoas vivas, estupram, fazem todos reféns do terror. Acho que na guerra existe mais respeito do que no atual sistema de crime combatido pela polícia.

  • Philipe

    Caro Ricardo, concordo com o que vc falou em todos os aspectos, mas vc esqueceu de um diferencial muito importante e primordial para essa situação em que vivemos, essa polícia ao qual vc se refere pode ser extremamente eficiente para sociedades mais desenvolvidas tanto economicamente quanto culturalmente, a polícia é reflexo dos anseios da sociedade por justiça e segurança, o princípio da pena ter um caráter coercitivo aqui no Brasil foi deixado de lado, e aberrações jurídicas como a progressão de pena acaba transformando o código penal complacente com os criminosos, na verdade a polícia ja não aguenta mais trabalhar sobre tanta pressão e falta de condições de trabalho que acaba as vezes excedendo, a polícia do Brasil, e principalmente de Alagoas esta tentando enxugar gelo, se a sociedade não for ás ruas tentar mudar esse código penal caduco a situação só vai piorar, o código penal é de 64 se não me engano, naquele tempo bandido quando via o polícia jogava a armar, um canela seca, e se entregava, hoje ele esta com uma pistola semi-automática e troca tiros com a polícia, pq sabe que sua resposta não vai dar em nada.

  • Verônica Batista

    Já perdi uma pessoa mais que ESPECIAL para mim: minha Mãe, porque um irresponsável dirigia em alta velocidade e atrapelou minha mãe em pleno acostamento…Lógico que todos os filhos em “sã” consciência disseram: miserável, bandido, assassino, etc… Mas, nada irá trazê-la de volta. Portanto, não adianta você querer fazer o mesmo, minha querida mãe sempre dizia: o mal, não se paga com o mal. “A violência nunca irá acabar, se agirmos com a mesma violência. Como posso achar algo errado, e fazer o mesmo?”. Parabéns pelo texto!

  • Klévesson da Silva

    Já é de praxe o que se vê no cotidiano:o descumprimento das leis que regem(ou deveriam reger) nossa sociedade por parte de alguns dos agentes da lei-refiro-me aqui de todos:advogados,juízes,desembargadores,policiais…

    Será que estas leis são tão excêntricas,pertinentes ao “agir ou querer da sociedade”,que são assaz difíceis de serem obedecidas,ou,se são,são obedecidas de má vontade?

    E como exigir o cumprimento das leis por parte dos “bandidos”,como são assim conceituados,se nem mesmo alguns instruídos as cumprem.

    Reitero minha indagação:Será que as leis vigentes no Brasil são tão excêntricas que são muito difíceis de serem cumpridas?Vou mais além:se as leis não “moldam” a sociedade,a sociedade poderia “moldar” estas leis,já que não haveria outro sentido para existir leis,senão “servir” a sociedade?

    Agradeço a quem me responder.

  • Maria Rodrigues

    “se você quer medir o potencial de violência da sociedade, observe como se comporta no trânsito, por exemplo.”
    Perfeito!