Fosse de um país importante da Europa teria ficado conhecido por um desses títulos nobiliárquicos tão caros aos cronistas esportivos: o Lord, o Kaiser…Sendo alagoano, de um pedaço escondido do Brasil, deixou-nos a saudade com o nome que era seu como jogador e engenheiro: Roberto Menezes. Um esteta! Não teve uma carreira longeva no futebol, mas quem o viu em campo há de carregar na memória os seus lançamentos milimétricos, o drible largo preparando o passe perfeito, e, claro, a elegância.

Eu costumava, já adulto, brincar com Roberto quando o encontrava: “Jogou tanto tempo e nunca viu a cor de uma bola”, debochava. E era a mais pura verdade. Nunca viu porque nunca olhou para ela. Os olhos de Roberto Menezes só apontavam para o horizonte. Era para lá que ela, redonda e submissa, devia seguir até alcançar aquele para quem o craque mandava o recado: “Vai, faz o gol. É disso que o torcedor gosta”.

Eu gostava de muito mais. Queria vê-lo a cada domingo exercer o que era a sua natureza. Jogava futebol, o Galego, porque sabia o que ninguém havia lhe ensinado. Lembro da primeira vez que o vi a espalhar sua arte num gramado. Foi na Pajuçara – o Trapichão não havia, ainda, sido inaugurado -, ao lado do seu Luiz Mota, apaixonado torcedor do CRB e que sabia tudo de futebol (foi no acanhado campo do Galo que eu descobri que meu pai dizia palavrão). No jogo de “aspirantes”, aquele lourinho de cabelo eriçado chamou logo a atenção do meu companheiro de arquibancada: “Joga muito esse dez”, vaticinou o profeta. Jogou muito, que pena!, por menos tempo do que podia.

Poucos meses depois, já era, Roberto Menezes, o meu Pelé. Claro que eu, assim como todos os garotos da minha geração, amava o camisa 10 da seleção – mais do que os Beatles e os Rolling Stones. No meu universo de menino que andava de pés no chão, nas ruas do Centro ou na praia da Avenida, buscando sempre um bom “racha”, a bola consumia tempo e imaginação. Eu? Seria igual ao Roberto Menezes. Não fui, mas como fui feliz imaginando que podia sê-lo.

A cada sucesso do meu ídolo, eu matava o elogio no peito – bem dentro – e me arremessava para as nuvens. Chega a Alagoas o diretor do Atlético Mineiro e pede pela TV: “Convençam o Roberto Menezes a ir para Minas comigo”. O Galego, nem aí para os apelos. Era jogador porque ele e a bola se gostavam – e só.
 
Jogo do CRB contra o Flamengo, no Trapichão. João Saldanha – a quem eu escutava pela Rádio Globo -, o homem que montou a seleção de 1970, viu e rendeu-se: “Joga demais esse meio-campista do time local”. Meu caro Saldanha: seu Mota estava “apenas” prenhe de razão de há muito. O Flamengo – de Zico, Adílio e Cia. – ganhou por 5 X 2. Mas os dois gols do Galo tiveram a mesma origem: saíram de lançamentos perfeitos de Roberto Menezes. Com uma diferença entre ambos: em um, Roberto usou a parte interna do pé; no outro, inverteu, impondo a curva exata a alcançar Reinaldo, o atacante de estilo clássico.
 
Quando Roberto Menezes saiu do CRB, teve uma passagem pelo Vitória, voltou a Alagoas defendendo o CSA, mas não demorou para trocar os caminhos incertos da arte pela exatidão dos cálculos da Engenharia. Parou sem fazer alarde e sem saber que para mim o futebol tinha perdido um tanto da sua graça. Minha paixão clubística foi diminuindo, e hoje acompanho o “eficiente e eficaz” futebol dos treinadores pela TV. Claro que, de quando em vez, aparece um artista da bola para contradizer os pragmáticos defensores do futebol de resultado.
 
Saudosismo? Então, como esquecer aquele lançamento fantástico – na Copa de 70 – que alcançou Pelé em movimento, bola no peito e gol contra a Tchecoslováquia? Ah, não foi o Roberto Menezes quem deu rumo à bola? Tudo bem. Mas quem faria aquilo melhor do que ele?

 

P.S.: Na próxima terça-feira, dia 28, faz nove anos da morte de Roberto Menezes. Esta crônica foi postada, aqui, em 18 de maio de 2008. Republico-a como uma singela homenagem a um dos maiores craques do futebol alagoano em todos os tempos.

 

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  • VOLNEY AMARAL

    Belíssima crônica em homenagem àquele que foi, sem dúvida, o maior craque do futebol alagoano. Tomo a liberdade de acrescentar dois detalhes que enriqueceriam ainda mais o artigo: Roberto Menezes chegou a ser o “Bola de Prata” em sua posição. Esse prêmio era dado para a seleção dos melhores jogadores do campeonato brasileiro pela prestigiada revista Placar. O segundo detalhe é a justa e merecida homenagem que o município de Maceió fez ao Galego, emprestando seu nome à antiga Rua da Praia.

  • ROBSON FARIASI

    MAGNATA DA ESCRITA! VIAJEI NO TEMPO,ANOS 70,TRAPICHÃO,GRANDE ROBERTO MENEZES,TINHA UM DEFEITO,JOGAVA NO TIME ERRADO.

  • jorge

    fANTÁSTICO! quantas vezes fui ao trapichão prá ver o futebol elegante de Roberto Menezes. Hoje, o futebol se tornou um grande mercado. Não que seja saudosista, mas, o futebol era apaixonante. Roberto Meneses a comandar o CRB, Paranhos a liderar o CSA. OS Dois apaixonados pelos seus clubes, davam o sangue para defender as suas cores. Hoje o que vemos são clubes transformados em meros repassadores de jogadores, inclusive, fracos tecnicamente. Triste futebol alagoano! Que acompanha a fragilidade de nossos governantes.

  • Fernando Dacal Reis

    Ricardo,
    Parabens pela lembranca e homenagem ao brilhante craque, engenheiro, cidadao e, acima de tudo, regatiano. Digo, ainda, pela atualidade da cronica, um cara como Roberto Menezes nao morre, continua vivo nas nossas lembrancas deixando uma bela saudade.
    Fernando Dacal

  • RCesar

    Parabéns Ricardo, fui fã do RM e vç. foi muito feliz em sua crônica.

  • sebastiaoiguatemyrcadenacordeiro

    CUMPADI! CONCORDO COM VOCÊ EM GÊNERO,NÚ-
    MERO E GRAU. ALIÁS, ESSE MESMO COMENTÁ-
    RIO ELOGIOSO EU FIZ AO SAUDOSO AMIGO MA-
    GAL(CLUDIO CANUTO),NUMA BARRACA (LANCHO-
    NETE)FRONTAL AO PRÉDIO EM QUE ELE RESI-
    DIA,NO FINAL DA ORLA,PRÓXIMO AO HOTEL
    JATIUCA,ANOS ATRÁS( 2004,APROXIMADAMENTE
    ). E ELE TRANSPARECEU ESTAR DE ACORDO
    COM A MINHA COLOCAÇÃO. ELE ERA TÃO PELA-
    DEIRO COMO NÓS,PRAIEROS DA “AVENIDA”.ÔMI

  • santos

    É meu caro, eu também vi esse mestre jogar. E hoje tenho que contentar-me com:Gleidson, roberto lopes, geovane etc… que tristeza!

  • ARTUR

    KKKKKKKKKKK QUANDO VÍ O TITULO JA IMAGINEI QUE SERIA O GALEGO. QUE SAUDADE DA LEVESA DO MENEZES NO TRATO COM A BOLA. 2 JOGADORES QUE ME MARCARAM: ROBERTO MENEZES COM SUA DELICADEZA E ELEGANCIA COM A BOLA E O NEGÃO COM SUA MANEIRA SELVAGEM E VIOLENTA DE DEFENDER O REGATÃO COM SUAS ¨CANELAS OU CAMBITOS¨ DE FERRO KKKKKKKKKK NEGÃO ADEMIR.
    TEMPO BOM!.. NÃO VOLTA MAIS!.. SAUDADE É O TEMPO QUE TRAZ…

  • Julio Cesar Caldas

    Não tenho idade para lembrar das jogadas de Roberto, mas sempre ouvi meu pai comentando sobre o excelente futebol. Sou torcedor do CRB e não deixo de ir a nenhum jogo, mas como é difícil ver esses jogadores de hoje que ganham muito mais e não fazem nem metade do que era feito antigamente. Meu pai não vai mais a campo e eu acho que ele tá certo devido a muitas coisas, em breve eu também não terei mais paciência, pois esse futebol de resultado não é espetáculo como dizem quando nos chamam para ir a campo como platéia, para ver que jogador e seus lançamentos?

  • Narciso de Portela Matos

    Realmente o maior jogador que Alagoas já teve, sem dúvidas um craque elegante em campo. descanse em paz. nós ficamos saudosos!

  • Etevaldo Amorim

    Caro Ricardo,

    Justíssima a homenagem a Roberto Menezes. Aliás, a homenagem que lhe quis prestar a Câmara de Vereadores de Maceió é que, a meu ver, não surtiu efeito. Escolherem uma rua que já tinha nome (mania que eles têm de mudar o nome das ruas, das cidades… homenageando umas pessoas em detrimento de outras). A conhecida Rua da Praia (que já tinha mudado para “Libertadora Alagoana”) passou a se chamar “Rua Engenheiro Roberto Gonçalves de Menezes”. Creio que ele foi mais conhecido como jogador de futebol que como Engenheiro. Assim, bastaria Rua Roberto Menezes. Por outro lado, melhor teria sido dar o seu nome a uma rua nova, um bairro novo, o que fosse… Para a maioria das pessoas, aquela rua onde fica o INSS continua a ser a “Rua da Praia”.

  • Celso Tavares

    Justa homenagem. Hoje, torcedor de saudades, ainda vibro com o meu Penedense de Lessa, Casca, Ligação, Denancy, Joelzinho, Xavier …

  • Paulo Sérgio Moreira

    O maior craque da história do CRB. Tive o privilégio de vê-lo jogar. Elegante, esbelto e inteligente, Roberto Menezes fez o futebol alagoano muito maior com sua arte exuberante! Faz muita falta nos dias de hoje!

  • Paulo afonso

    Grande Roberto Menezes aqui em Arapiraca nos temos Edson veneno que matou a pau ontem contra o galo

  • ANTONIO ARECIPPO NETO

    Jornalista Ricardo Mota.,Parabens pelo escrito no que se relaciona a figura de Roberto Menezes. Nós dois fomos colegas no tradicional e saudoso Ginásio Anchieta, tão bem diirigido pelo eminente mestre de saudosa memória Prof. Eduardo da Mota Trigueiros,pai do cardiologista Dr. Eduardo Trigueiros e tio do também cardiologista Dr. Sadi Carvalho. Eu e Roberto tinhamos uma boa camaradagem, e sempre estava com o amigo e outros colegas na tradiicional Rua da Praia, no centro. Não vivi muito a sua vida no futebol, porquanto não aprecio este esporte e não frequento campos esportivos. A nossa homenagem e respeito a sua memória, e o nosso frateno abraço a sua família. Obrigado.

  • Rerinaldo

    Roberto Menezes, uma grande figura humana.Também estudamos juntos no Anchieta.Fomos contemporâneo. A nossa saudade.

  • rubens Villar de Carvalho

    Vi o Roberto jogar com elegância e muita classe. Um verdadeiro mestre! Ricardo,como sou azulino, gostaria de ter visto Roberto jogar ao lado do xerife Paranhos que brilhou no São Paulo. Alagoas tem muita coisa boa inclusive o grande cronista Ricardo Mota.

  • Otacilio Marques

    Jogador de arte. Hoje os que jogam em sua posição, são ‘fazedores de faltas”. Não sabem dar um psse de 05 metros, imagine lançamentos de 40metros com a qualidade que o Roberto Menezes fazia. Também jogou com 4ºzagueiro com a mesma qualidade.Em seu texto falou em outro grande jogador: Reinaldo (centro-avante) qua aqui chegou jogando pelo São Domingos.

  • DAVA GOSTO!

    ricardo, o Galego Meneses era craque de bola. Jogava com classe, tinha olho clínico e colocava a bola onde queria. Bonito era a sua matada de bola.Nosso Roberto Meneses foi, em vida uma figura mágica do futebol, na época, bem melhor que hoje, onde qualquer chutador de bola é uma “sumidade”. Ricardo, sumidade era o Roberto Meneses que, com o passar do tempo, esqueceu a pelota e foi ser engenheiro da nossa prefeitura de Maceió. No tempo do Galego, eu brincava de repórter esportivo. Era cronista esportivo credenciado pela ACDA. Muitas vezes entrevistei o Galego, mesmo eu torcendo nos clássicos, principalmente, pelo CSA, Roberto Meneses deixou SAUDADES!!!. UM braço, do Laerson Silva.

  • Otávio Leão Praxedes

    Estimado Jornalista Ricardo Mota,

    Brilhante, em todos os aspectos,sua iniciativa de republicar a crônica, em homenagem ao imortal jogador de futebol e engenheiro Roberto Menezes. Roberto foi tudo de bonito que você vivenciou,sem dúvida, foi ele um dos maiores ídolos do CRB. Na minha trajetória de vida, tive a felicidade de conhecê-lo, como adversário(bom sentido), pois jogava também futebol profissional pelo CSA – TIME DE MEU CORAÇÃO e de ter sido ainda campeão alagoano em 1975,quando, tinha apenas 21 anos de idade. A rigor, jogando na época pelo CSA e disputando várias partidas contra o CRB, no Estádio Rei Pelé, posso atestar e/ou ratificar integralmente tudo que você pontuou na matéria sobre a pessoa e o ídolo Roberto Menezes. Ele era muito elegante jogando futebol e quando dominava a bola, com seu estilo – era sempre ovacionado pela torcida do CRB. Todos jogadores, inclusive os adversários, tinham por ele muito respeito e a recíproca era verdadeira, eis que ele sempre tratou seus semelhantes com fino trato.

    Otávio Praxedes – Ex-atleta do CSA

  • Rosangela Santos

    Enalteçamos os bons… os que marcaram a nossa história!

  • Antonio Guimarães

    Ricardo, mais uma vez agradeço a você por me levar de volta aos bons domingos no Trapichão para ver o Roberto Menezes jogar.

  • Saudades !!!!!

    Ricardo, Confesso que a crônica me trouxe água nos olhos. Saudade do futebol romântico, futebol arte , sem pancadaria e sem violência fora dos gramados. Roberto Menezes foi brilhante, assim como Ney conceição (do meu azulão)! ambos mandavam e a bola atendia ! Sou de um tempo em que havia muita emoção , quando Valdir Amaral e Jorge Cury, na rádio GLOBO,narravam um gol de meu Mengão ! ah! desculpa você é Fluzão !

  • rogerio barboza

    Ah! que saudade. Roberto Menezes era um desses gênios da bola, sem exagero algum. Àquela época se jogava um futebol “homeopático”, puro talento, sem “química midiática”, não existiam esses famigerados “volantes de conteção”, que não conseguem fazer um passe de 2 metros. Tive a felicdade de vê-lo jogar, com sua elegância e categoria. Juntava dinheiro a semana toda, o que me era dado para merenda na escola, para poder ir ao Rei Pelé ou Pajuçara no domingo, como era bom ver César no gol, parecia que tinha cola nas mãos. Magnifíco goleiro, um dos melhores que já vi. Reinaldo um centroavante como poucos, até hoje não vi ninguém matar a bola no peito feito ele, muito talento e inteligência. Mano pela direita e Silva pela esquerda, valia a pena as tardes no Trapíchão. Do “outro lado” os não menos importantes, Soareste, Misso e Ênio Oliveira também fizeram parte da história.

  • Carlos Wagner

    Você foi perfeito. Concordo em tudo, mas, ainda ficou algo pelo caminho que dez crônicas eram poucas para descrever o craque Roberto Menezes. Sou contemporâneo e falei pra o Roberto que ouvi, pelo rádio, Luiz Gonzaga parar o show e fazer uma homenagem a ele, depois dizer: “MENEIS EU SOU TEU FÔ

  • RCesar

    Ricardo, que tal uma matéria na sesão de esporte no TNH mostrando imagens do Roberto Menezes no CRB,CSA e Vitória BA?…pense nisso!. Obrigado.

  • JOSÉ EDNALDO MONTEIRO LISBOA

    Além de querer caçar o título de Engenheiro Civil adquirido legalmente na Universidade Federal de alagoas, este senhor ainda vem com o achismo de que ele era mais conhecido como jogador. Conheci o Roberto Menezes na Faculdade de Engenharia, onde inclusive jogou futebol de graça defendendo o Curso de Engenharia e sempre demonstrou gostar da profissão que escolheu, e ainda, quando veio a falecer era ex-jogador de futebol e Engenheiro Civil, portanto o nome da Rua só falta descrever com exatidão que o Galego era Engenheiro Civil e não apenas Engenheiro.

  • José Marcelo Vieira de Araújo

    Prezado Ricardo, quisera eu ter a arte e o engenho que tu possues, para dizer o que escreveste sobre o nosso Pelé. Não tendo, só resta aplaudi-lo e ao inesquecível Roberto Menezes. Valeu!

  • Pedro Albuquerque

    Fantástica sua descrição sobre um dos maiores craques de futebol da história do Brasil,visto pela nossa geração. Idos de 1965 eu era interno no colégio marista cujos irmãos mantinham uma casa de veraneio, na então, distante praia de paripueira. Em um comum domingo,lá estavam todos alunos e logo idealizou-se um racha naquela orla – INTERNOS X EXTERNOS. Tinha certeza que o pau ia comer, íamos golear e devolver o pejorativo apelido de “apanham moedas”. Começo ao fim do jogo, o galego Roberto arrebentou, uma goleda para eles. Imaginei, como seu pai…é um Pelé branco.
    Pra quem não o viu jogar, seu belo texto ainda está muito aquém do belo estilo e das jogadas do GALEGO BOLA DE PRATA.
    Parabéns.

  • Roberto Menezes Jr.

    Só tenho a agradecer pela ilustre homenagem feita ao MEU PAI.
    Faltam realmente palavras para descrever o quão brilhante jogador ele era, tal qual engenheiro.
    À você, Ricardo Mota, parabéns pelas belíssimas palavras… amanhã completam 9 anos de sua ausência e junto a estes, apenas SAUDADES!!! Roberto Menezes Jr.

  • sergio

    Li em 2008 e vou ler todas as vezes que publicar.

  • Mário Alberto Paiva

    Ricardo,
    Uma jogada inesquecível para mim do Roberto Menezes foi contra o Vasco no Trapichão:
    Lançaram uma bola para o Tostão, o Galego se antecipou deu um totó na bola, pegou do outro lado matando no peito e saindo jogando com elegância, foi o chapéu (banho de cuia na minha época) mais bonito que vi, o Trapichão quase veio a baixo.

  • Jose Petrucio Soares da Silva

    Prezado Ricardo

    Parabéns pela crônica que sempre torna viva a historia e o talento inesquecível do nosso Pelé alagoano.

  • Paulo Chancey

    Linda a crônica, meu caro Ricardo Mota. Você sabe, como poucos, transmitir emoção e nostalgia através das palavras. Faz a gente viajar no tempo, e só se emociona quem conhece ou tem história pra contar. Grande abraço.

  • Filipe O. de Menezes

    Muito me emociona seu texto com todos os elogios ao meu saudoso pai, meu herói e herói de mtos apaixonados pela arte do futebol. Acredito que quem teve a oportunidade de vê-lo jogar tem a mesmo opinião, infelizmente nao vi, mas de tanto ouvir elogios como esses seus posso imaginar como maravilhoso era presenciar tais espetaculos… Agora, pude conviver, inesquecíveis, 22 anos com meu pai, Roberto Menezes, tempo suficiente para saber o magnifico homem que foi como pai, esposo, filho, irmão, amigo… tempo bastante para criar em mim um sentimento sem igual, que mal cabe dentro do peito, de idolatria, na verdade! Sei que por onde “meu velho” passou, deixou muita gente feliz e admirada pelo homem, impar, que ele foi. E lá se vão 9 anos… mas excelentes lembranças e saudades sempre existiram dessa convivência! Fique em paz meu pai onde estiver!!! Um muito OBRIGADO e um forte abraço no amigo Ricardo Mota e em todos os outros que recordam deste dia!
    E retificando: o dia é 28.

  • Rosane de Menezes Leite

    Realmente meu irmão foi um grande jogador e um grande homem. É com lágrimas nos olhos que lhe agradeço, Ricardo Mota, por essa linda e grandiosa homenagem ao meu querido irmão! SAUDADES ETERNAS!

  • Luiz Carlos Almeida

    Ricardo, sua crônica me fez viajar no tempo. Quando ele findou a carreira eu era um menino mas consegui, a tempo, vê-lo jogar. E seu jogo nos encantava. Justa homenagem.

  • Ricardo Menezes

    Ricardo,
    Fiz questão de agradecer por telefone a sua gentileza de reproduzir mais uma vez essa cronica.
    Determinado dia, meu irmão me convidou para acompanha-lo ao campo do Cosme e Damião no trapiche para um jogo de futebol do time do Universal onde estava iniciando sua belissima carreira. Daí para frente seria impossivel deixar de acompanhar o seu futebol sempre crescente e brilhante, em todos os sentidos, tanto em campo como fora do campo, demonstrando respeito e humildade mesmo nas avassaladoras vitórias do Regatas.
    Gostaria de acrescentar que Roberto foi brilhante também nas quadras de futebol de salão (futsal)defendendo o clube do coração.
    De todas as suas belissimas jogadas( chapeus,matada no peito,lançamentos milimetricos),a unica que não gostaria de ter assistido foi quando se despediu prematuramente.
    Ricardo, mais uma vez obrigado e Galego, obrigado pelo tempo que passou comigo.

  • cinira menezes

    Ricardo, agradecer a você é muito pouco. Nossa família fica lhe devendo por toda a existência esta prova de amizade e carinho que voce sempre fez questão de demonstrar pelo Roberto.
    Muito comoveu quando você coloca que gostaria naquela época ser o Pelé louro. É claro que você não poderia. No entanto você É o nosso Pelé das palavras. De fato, escrever como você escreve e nos arrancar do coração toda essa emoção não é para qualquer um jornalista. Mas você assim faz, com seu talento,dedicação o amor pela sua terra e pelas pessoas o tornam um artista de fato.
    O NOSSO PELÉ DAS PALAVRAS É VOCÊ RICARDO MOTA.

  • Pedro Guimarães A. Filho

    Roberto Menezes, inesquecível!Com a bola nos pés era fantástico! IMORTAL A SUA ARTE DE JOGAR BOLA !AH, SE A SELEÇÃO DO ATESTADO DO NEYMAR TIVESSE UM JOGADOR DO QUILATE DO RGM! SAUDADES IMORTAIS!