O carnaval de Alagoas trouxe à luz uma questão gravíssima que vem ocorrendo na área da Segurança Pública – além do nosso altíssimo número de assassinatos: a formação de milícias no interior do estado.

O que é mais preocupante: esses agrupamentos paramilitares são formados, quase sempre, por integrantes da Polícia Militar – no tal do “bico”, que complementa o salário.

Não é uma questão fácil de administrar. Mas não nos esqueçamos: os militares são treinados para atuar de forma repressiva – e violenta, se necessário (quem avalia?) – e precisam, obrigatoriamente, ter um comando nas suas operações.

E as milícias? Eis o nó da questão: quem as controla?

A contratação de policiais militares para fazer a segurança dos carnavais no município, sob o argumento de que as forças oficiais não são suficientes para garantir a paz, reproduz, ao final, um modelo que tem sido desastroso para a população do Rio de Janeiro – onde as milícias armadas estão mais organizadas.

É preciso, desde já, que o comando da SDS impeça que autoridades políticas usem o argumento da falta de segurança para formar suas forças de repressão com homens da PM.

As vítimas dos que se acham acima da lei – quando estão sem farda – já são um motivo suficiente para impedir o avanço da formação desses agrupamentos, armados e treinados pelo Estado.

Já basta o que temos de lamentar e combater: a condição de campeão brasileiro de homicídios.

(Em tempo: já existiria, por aqui, um desses agrupamentos batizado de Anjos da Noite.)

A reação à frase de Arnon de Mello Neto sobre Dário Cesar
Trezentos "fantasmas" levam R$ 1 milhão/mês do TC
  • Joilson Gouveia Bel&Cel RR

    Caro R.Mota, sobre o assunto BICO POLICIAL, o convido e aos seus leitores visitarem nosso Blog, onde discorremos demonstrando as eventuais alternativas sobre esta realidade, que insistem em “empurrar com a barriga” ou preferem agir feito AVESTRUZ assustada. É fato!
    Grassa em erro crasso a equivocada insinuação ou a “ilação” simplista, simplória e sem fundamento de que o PM no bico é potencial assassino ou mesmo porque foi REINTEGRADO JUDICIALMENTE. Temerárias as duas hipóteses porquanto sem espeques científicos!
    Ao contrário, o brioso tem sido mais vítima que algoz, nos bicos e no cotidiano.
    A uma, a JUSTIÇA só reintegra o servidor castrense quando há eiva de legalidade nos ditos “processos de expulsão”, decorrentes de Conselhos de Disciplina arcaicos, ultrapassados e revogados, mormente por descumprirem ao DEVIDO PROCESSO LEGAL, CONTRADITÓRIO e AMPLA DEFESA, e, no mais da vez, às próprias regras dele e do RDPMAL, que, já dissemos antes, são pífios arremedos os existentes na briosa; se foi REINTEGRADO porque sua EXPULSÃO estava viciada, certamente – e aqui não o defendo e nem o condeno, só relato que há centenas de outros casos de REINTEGRAÇÃO.
    A duas, por que há o bico? Simplesmente, porque há reiterado descumprimento de LEIS e CF/88, que determinam REAJUSTES ANUAIS e acima dos índices oficiais inflacionários e há mais de cinco anos que OLVIDAM a isso, o que compele ao brioso buscar alternativas para suprir suas necessidades básicas e de seus familiares. Ademais, até a PEC300, usada para a reeleição de muitos que aí estão, tem sido postergada, adiada e protelada.
    A três, NEGAR que a iniciativa privada, pessoal, particular e empresarial MINA as ações da quase sempre ausente ou até inexistente, ineficiente e ineficaz segurança oficial, estadual ou governamental é ser AVESTRUZ. Há muito que os chamados BLOCOS CARNAVALESCOS, no tríduo momesco ou fora dele, usam e ABUSAM dos foliões sempre reféns de seus trogloditas que agem como “leões-de-chácara” e como “SEGURANÇA”. Aliás, nem todas as prefeituras dispõem de suas GUARDAS CIVIS MUNICIPAIS, que seriam para BENS, SERVIÇOS e PATRIMÔNIO do município, e usam-nas como “grupos de proteção privada de alcaides e seus familiares”.
    A quatro, bradaram que “AL não precisa de mais PMs”, mas os alagoanos precisamos todos sim, haja vista a carência de efetivos na briosa, o que escraviza o ativo brioso, que EXCEDE às HORAS LEGAIS SEMANAIS, em escalas EXTRAS, mas NÃO lhes pagam HORAS-EXTRAS e muito menos os ADICIONAIS NOTURNOS A QUE FAZEM JUS, além do mais, continuamos LÍDER EM VIOLÊNCIA HOMICIDA.

  • Armando Mendes

    É preciso que os jornalistas e imprensa independentes, éticos, de Alagoas, chamem atenção para as milícias comandadas por militares, sob o aval de algumas autoridades, como no Loteamento Park Rio
    Sauaçuhy

  • Rio Largo

    Anjos da noite é de Rio Largo. Aqui impera a bandidagem, muitas drogas, rouba de cargas e etc. Agora essa milícia vem com a lacuna que a segurança do estado e principalmente a prefeitura deixa. Então eles preenche esse espaço como querem. Infelizente

  • Militar Porreta (Resposta a Luciana Sarmento)

    Belo texto Joilson Gouveia, pena que tudo que vc escreveu vai entrar num ouvido e sair no outro dos governantes!!!

  • jose luiz

    em toda cidade tem essa historia maldito bico ai a malandrage gosta saber porque se eu pago melicia eu so protegido se nos pagamos nosso imposto em dia é de onde sai os pagamento para os policiais comandante fassa uma varedura sobre esse assuntu e o governo onde fica nessa historia em toda cidade do interior tenhe essa história de melicia cade o pessoal do policiamento do interior pra ver isso

  • Narciso de Portela Matos

    Isso demonstra a omissão do poder público, dessa justiça medíocre e o descomando das forças militares em nosso estado. Alagoas está entregue a bandidagem(FARDADA), o que é pior, não foi o primeiro caso este de Murici nem será o último, isto já é habitual em Alagoas, e o pior todo mundo aqui sabe, apenas faz vista grossa. Uma vergonha para a terra dos marechais! Lamentável…

  • carlos

    PM x deputado,todos sabem de seus crimes.Com suas corregedoria arcaica e cheia de vícios julgam os seus pares com os favores da lei.É só questão de tempo para esperar que outro PM,com um rosário de crimes apareça nos noticiários políciais cometerem crimes de repercussão nacional!

  • pedro

    Em todos os bairros de Maceió existem Milícias extorquindo os moradores, esses bandos são comandados por policiais, é clara a omissão do Estado.

  • Antônio Carlos Barbosa

    Um grande perigo para toda a sociedade a criação das milícias. Luta que o MP, Governo Estadual, Polícias Civil e Militar e toda a sociedade, devem travarem para a sua extinção. Parabéns pela abordagem.