Sindicalismo: Qual é a hora de fazer a fila andar?
Não gosto, decisivamente, da máxima que diz que “em política é tudo igual; há os que estão comendo e os que querem comer”. As boas exceções desmontam a assertiva. Mas devemos repensar os “impérios” que vêm sendo construídos no movimento sindical – brasileiro e alagoano, em particular -, mesmo que mantenham à frente dirigentes com história de combatividade na boa luta em defesa dos que trabalham (e de muitos que não trabalham, também).
Convivi mais diretamente no sindicalismo na época em que os dirigentes de entidades representativas dos trabalhadores não recebiam adicionais pela atividade; os sindicatos – com raríssimas exceções – não tinham carro, nem dinheiro para combustível, celulares etc. Ser dirigente sindical, então, era uma atividade política, sim, mas sem o bônus de mordomias ou benefícios que as categorias representadas não possuíam. Exigia sacrifício, uma dupla jornada de trabalho – um expediente no batente, outro na entidade (às vezes até mais).
Muita coisa mudou nos últimos vinte anos – e ainda bem. Mas será que foi salutar para o sindicalismo garantir “emprego” para os seus dirigentes (não falo da estabilidade de quem enfrenta a batalha na primeira linha – não é o caso)? Sim, porque receber pró-labore, além do salário a que continua fazendo jus, é uma premiação “funcional” para quem consegue se eleger para dirigir uma entidade sindical. Celular, carro com motorista (como a CUT local – e não só ela) – estes são alguns dos benefícios garantidos a sindicalistas.
Acredito que o conjunto da obra resulta, também, na permanência por décadas, até, dos mesmos personagens dirigindo as mesmas entidades, sem dar chance à renovação necessária e salutar. Cito um exemplo positivo: José Carlos Fernandes (com quem eu tenho democráticas divergências), agente da Polícia Civil, foi presidente do sindicato da categoria até considerar que era hora de mudar – se quisesse, lá permaneceria por anos a fio, mas não o fez.
A grande maioria, entretanto, não age assim. Com a velha “racionalização” – que vale para direita, para a esquerda e para o centro – a turma vai se mantendo no poder em nome de “um projeto” etc. E, por conta disso, passa a usar os métodos de sempre para não deixar a fila andar: a máquina sindical tritura adversários, contrata-se bons advogados e pronto – está garantido mais um mandato.
Se reclamamos tanto – e com razão – da falta de renovação nos cargos públicos eletivos, devemos ter a mesma postura em relação aos dirigentes sindicais. Esta, certamente, deve ser uma vocação; não uma profissão.
TÁ CERTO MESMO!! NÃO TRABALHOU CORTA-SE O PONTO! EU ESTOU TORCENDO PARA QUE NO DETRAN AS DEMISSÔES SAIAM LOGO, SÓ ASSIM SEREI CHAMADO NO LUGAR DO DEMITIDOS. CHEGOU A MINHA VEZ!! KKKKKKKKKKK
Vale ressaltar q ser sindicalista significa ser 1 Profissional em Política quem ñ lembra do lider estudantil e sindicalista CLAUDIONOR ARAUJO q era preso defendendo seus ideais e hoje: vive mamando nas tetas do poder. Q saudade: Selma Bandeira, Wlademir Palmeira, dos velhos tempo q ñ voltam +
Muito oportuno o comentário, pois tem sindicato em Maceió, que o PRESIDENTE manda havia mais de 20 anos, não sei se existe eleição, reeleição,o certo e que no SINDICATO dos comerciários, quem MANDA E DESMANDA há um tempão e o SR. TADEU.
Não sei o porquê de tanto interesse agora da mídia falr tanto do movimento sindical, até dá pitaco na casa dos outros, será que aí não tem dedo dos governantes?
Costumo sempre acompanhar o blog, mas nunca me manifestei. Tenho algumas restrições a alguns comentários que você faz, mas vejo que a cada dia você vem evolundo como jornalista. Incrivelmente, pela longa estrada adquirida. Excelente post. Direto, isento, correto, perfeito. Parabéns!
Concordo plenamente com você. Também acredito que os sindicatos tomaram outro rumo, estão agindo mais por interesses políticos, o interessa na coletividade e apenas uma pseudo-estratégia. Veja que os presidentes de Sindicato quase sempre tentam ingressar na política.
Você agora deu uma cutucada em um lugar diferente,mas não menos cotundente!presidencia de sindicatos se tornou uma ambiçao?Por que será?O seu textodá a resposta.O sindicato da UFAL teve a mesma presidenta por 20 anos, e ela ainda queria ficar mais 20.
Prezado jornalista, concordo com tudo que falou sua senhoria. O presidente do Cobselho Estadual de Saúde Senhor Benedito Alexrandre de Lisboa, estar há quasse 20 anos no cargo de presidente do Sindicato, e ja vai pra 4 anos no conselho Estadual de Saúde. Espero que ele não se perpertue no poder.
Concordo plenamente pois os cargos sindicais tem se tornado cabide de influencia politica,digo isso por esperiencia própria,pois o sindicato da Saude tem sido dirigido a anos por Benedito Alexandre.
Ricardo,parabens pelas verdades. Sindicalismo virou meio de vida, para os mais sabidos e preguiçosos, pois a prestexto de defender os trabalhadores,vivem de enriquecer e de mordomias, não largando o osso nem a bala. O exemplo maior é o sabidão LULA q passou 23 anos sem trabalhar.
Ricardo, um exemplo disso é a cidade de Igreja Nova, lá o Sindicato dos Trabalhadores Rurais tem o mesmo Presidente há mais de 30 (trinta) anos. Isso existe?
Por um a caso vc esta falando do SINTEAL? KKKK
Concordo em parte com vc ilustre jornalista, mas temos q fazer nossas avaliações levando em conta a conjutura e os avanços q a sociedade conquistou. Imagine vc Ricardo apresentando um programa de TV da mesma forma q o fazia no início de sua carreira?
Sei q o sindicalismo carece de uma grande renovação de seus dirigentes e quadros,como também nos métodos de encaminhamento das reivindicações de cada categoria, mas querer um sindicato utilizando os mesmos métodos de 30 anos atrás é pura ingenuidade.
Não podemos querer q os movimentos sociais continuem na idade da pedra enquanto os governantes utilizam toda a modernidade para atacar e acabar com os direitos dos trabalhadores, conquistados como vc bem sabe caro Ricardo com o sacrifício inclusive da vida de alguns.
E o sindicato dos hoteleiros. Os caras mamam vários anos e não existe eleição para renovar. Funcionários desta área trabalham feriado, fim de semana e o dicídio no fim de ano é uma vergonha. Eleição já!
Garanto que se o nobre jornalista dependesse financeiramente de qualquer órgão publico, não teria estímulo pra filosofar tanto. os sindicalistas erram mais duque acertam mas pelo menos é a voz da categoria e são recompensados com processos e assassinatos
Se for citar os sindicalistas que continuam vitálicio, como é o caso do sindicato da saóde, que tem a frente o Chico Lima,o dos taxistas o Sr.Bira e assim continuam no poder por contar com apoio de politicos que investes neles, pois tem rabo preso politicamente.
Pq não colocaram o comentário q fiz sobre um dos senadores de alagoas e sua atuação será q foi pq ele é o dono da empresa em tela? Espero isenção desse conceituado blog, da mesma forma q faz seus comentários sobre os movimentos sociais.
A desgraça foi o DIREITO DE GREVE para funcionários públicos, sem as obrigações tal qual existe na EMPRESA PRIVADA. Por que hoje, com a estabilização da economia (viva o plano REAL), só exisgte greve no podre SERVIÇO PÚBLICO? A Lei tem q ser a mesma para ambos, aí sim,a voisa mudaria.
sou sindicalista, e concordo plenamete com voce, o sindcato que faço parte as gestoes passadas passaram 18 anos no poder ganhamos as eleiçoes e hoje vejo que os que vao querem continuar com a mesma pratica dos antigos querendo se da bem
Além da renovação ser fundamental tanto na política como no movimento sindical, faltam valores humanos que possam ser reconhecidos e elogiados. Vivemos uma INCRÍVEL CRISE DE VALORES. Isto é o que mais corrói. http://www.blogdoprofessoredinaldo.blogspot.com
Fazer greve no serviço publico é moleza:mesmo se for decretada ilegal ninguem respeita a Justiça, os dias de faltas não são descontados,o direito do cidadão não é respeitado e não é tratado como caso de polícia. Ninguem é demitido e a gandaia continua e a turma enchendo os bolsos.
Traduzindo, no popular: PELEGUISMO puro, descarado. Empreguismo explícito.
Procurem saber como é administrado o SINDSAUDE do municipio de Maceió, pois, vez por outra encontramos os membros da diretoria passeando (literalmente) com o carro do sindicato e utilizando celulares pagos pelo bolso dos sindicalizados, vamos abrir essa caixa preta (ihhh)
Caro Ricardo,ja pensou se receita federal da uma olhada na evoluçao patrimonial desses sincalistas vitalicios?????
Prezado companheiro Ricardo, Tenho o hábito de ler diariamente o seu blog,não preciso dizer, mas você sabe o respeito que guardo pelo profissional e pelo cidadão Ricardo Mota.
Resta dizer que a logística para atender as demandas da maior Central da América Latina, como um carro e um telefone,são uutilizados exclusivamente a serviço da CUT,não é pró-labore.Lembro que sou militante da época do ônibus da santanense, sem mandato e sem instabilidade sindical.
A CUT não contratou motorista a disposição do presidente,esta tarefa é dividida com um funcionário e outras vezes com a minha esposa, tenho alta miopia 24 graus e descolamento da retina(no olho esquerdo. o carro da Cut tem oito meses de comprado,utilizei meu próprio carro durante seis anos.
Já se lançam para a próxima eleição, será que está preocupado com a opinião do associado? Ou que está sempre querendo um pouquinho mais, a cada 4 anos?
Se o “inocente e honesto” Isaac seguir a escola do líder LULA, vai ter além de carro com motorista, um amigo para pagar as suas contas e, com certeza, passar uns 20 anos sem trabalhar. Estudar alguma coisa, nem pensar,faz mal como diz o chefão. Vamos pra onde ?
OS SINDICATOS VIRARAM UMA FACE DO PARTIDO A QUEM SÃO VINCULADOS. ÀS VEZES MUDA O NOME DO TITULAR, MAS O PODER É DO MESMO GRUPO. NÃO CULTIVAM O SURGIMENTO DE NOVAS LIDERANÇAS NEM ACEITAM CRÍTICA DECENTE, HONESTA. É UMA PENA, ESTÃO IGUAIS ÀQUELES A QUEM TANTO CRITICAMOS!
Ricardo, procure saber se tinha alguma necessidade de “dirigentes sindicais de alagoas” durante o congresso da CUT ficarem hospedado em algum hotel 5 estrelas durante o famigerado comgresso da CUT.
O sindicato de hoje é composto de cabos eleitorais que só defendem a eles e aos interesses dos politicos que os colocou no poder,fico estarrecido com a ignorância das categorias que continuam sendo manobradas pôr estes sindicalistas proficionais.
Caro Ricardo, Esse artigo foi o pior já escrito por vc neste blog, me estranha muito vc pedir sacrifício de sindicalistas, só faltou pedir voto de pobreza e castidade. Essa história saudosista de um passado que não volta é terrível.”no meu tempo era assim” .
Não sei por que os dirigentes dos sindicatos querem perpertuassem tanto tempo no poder. Alguém responda-me, por favor!