O Estado de Alagoas está de novo no Cauc, o cadastro de inadimplente da União. Por causa disso, e até quando a pendência não for resolvida, os três poderes ficam proibidos de receber repasses do governo federal, com exceção das transferências constitucionais.

 

O problema, agora, é com a Educação, segundo informou a Procuradoria Geral do Estado. O governo de Alagoas não estaria aplicando os 25% do orçamento estadual destinado, obrigatoriamente – de acordo com Constituição – no setor.

 

A PGE contesta e ainda esta semana vai ingressar com uma ação na Justiça visando anular a decisão do Tesouro Nacional. O problema, argumenta o procurador-geral do Estado, Mário Jorge Uchôa, é que o Tesouro não considera os gastos com pessoal inativo – pagamento de aposentadorias e pensões – para o cálculo desse percentual.

 

Ainda segundo ele, o Estado de Alagoas ultrapassa em 0,16% o que é determinado pela Constitucional. Na mesma situação, hoje, se encontram 14 estados brasileiros, incluindo Sergipe, Rio Grande do Sul. Todos reclamando contra a mesma decisão do Tesouro Nacional.

 

Uchôa afirma que a cada ano a mesma questão se repete – e é resolvida na Justiça. Mas o prejuízo para o Estado já está estabelecido.

 

Secom perde para Carimbão

 

Falando em prejuízo, a Secom, de Nélson Ferreira, foi quem saiu perdendo mais com a criação da Secretaria da Promoção da Paz de Carimbão, que ainda precisa ser aprovada pela Assembleia. Nada menos do que doze assessorias de comunicação da administração indireta podem ser extintas para criação de vagas na pasta que o deputado quer comandar – fazendo, enfim, as pazes com o governador Teotônio Vilela Filho.

 

Parcial

 

Nélson Ferreira está tentando resolver, pelo menos em parte, os prejuízos para a sua secretaria – o acordo está próximo. Tudo em nome da PAZ para Givaldo Carimbão, que ameaçava ser um dissidente do PSB nas eleições do próximo ano.

 

Queria mais

 

Mas a mordida do parlamentar foi menor do que ele pretendia: Carimbão sonhava em ser secretário de Ação Social do Estado, a mesma pasta – ou a correspondente – que ele queria levar na prefeitura de Maceió e não conseguiu. Solange Jurema, que vem fazendo um trabalho sério e transparente permanece no posto. Ufa!

 

Homilia

 

Quanto à nova secretaria, fora os cargos, ela deve trazer para Carimbão o discurso que ele pretende levar, principalmente, para as igrejas, onde tem forte penetração.

 

Tal pai, tal filho

 

E aconteceu o que já era previsto: o prefeito de Caimbinhas, Roberto Wanderley, pediu licença do cargo. O vice dele já assumiu. O nome? Wladimir Wanderley, filho do titular – que vai ser candidato a deputado estadual.

 

Fora, Neno

 

E no item família, aqui vai mais uma: Renan Filho, o prefeito de Murici, já conta com o apoio de oito prefeitos para a sua candidatura  à Assembléia Legislativa. Ele tenta, agora, convencer Paulo Roberto de Araújo, o Neno da Laje, a não disputar a eleição, já que o ex-prefeito continua enrolado com questões várias na Justiça. Neno, claro, daria apoio a Rena Filho, que tem como vice Remi Calheiros, tio dele.

 

No olho do furacão

 

Enquanto isso, o senador Renan (pai) Calheiros vai enfrentando o grande embate do momento – o escândalo do Senado. Segundo a Folha de S. Paulo, edição de hoje, os tais atos clandestinos (ou secretos) ganharam força em 2003, quando Sarney era presidente da Casa – foram 24; cresceram na gestão de Calheiros, em 2007 – o número subiu para 65; e atingiram o recorde em 2008, na gestão Garibaldi Alves – 96. Vem mais por aí, muito mais.

 

Decisão exemplar

 

O juiz Henrique Cavalcante, da 4ª Vara do Trabalho, acatou uma Reclamação apresentada por um policial militar que prestava serviço de segurança armado para o Supermercado Extra.

 

Ele determinou que a rede assine a carteira de trabalho do seu ex-funcionário, no período em que ele serviu ao grupo, e pague:

– Aviso prévio;

-1/3 de férias, mais 13º proporcional;

-FGTS com multa de 40%

-Adicional noturno;

-Indenização pelo não pagamento do vale-transporte;

-Indenização por danos morais pela “clandestinidade” do emprego.

 

A empresa ainda pode recorrer da decisão, que já foi encaminhada à Delegacia Regional do Trabalho para que seja feita uma fiscalização em todas unidades da rede de supermercado.

 

Reprovados

 

De um atento expectador da abertura do São João de Maceió sobre a apresentação musical do prefeito e do governador:

-Almeida desafinou cantando; Vilela atravessou tocando triângulo.

 

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  • Hagá

    É desconcertante verificar-se que algumas empresas em Alagoas ainda mantenham policiais militares fazendo segurança particular.

  • BASTIÃO

    Continua de vento em popa,o quatrocentão costume de se dividir “este país” em Capitanias Hereditá- rias. Até quando?…

  • ALAGOAS NÃO MERECE

    “De tanto ver triunfar as NULIDADES, de tanto ver prosperar a DESONRA, de tanto ver crescer as INJUSTIÇAS,de tanto ver agigantar-se os poderes nas mãos dos MAUS, o homem chega a desanimar-se da VIRTUDE, a rir-se da HONRA, a ter vergonha de ser HONESTO”.

  • Manoel

    Sintomas evidentes de um país que nao controla suas financas como deveria. Ridículo essa Secretaria criada para o Carimbao promover a paz. Na verdade, será que era isso que faltava para os alagoanos terem a paz que tanto necessitam?

  • UNIÃO E FORÇA

    RICARDO, E OS USURPADORES DO DINHEIRO PUBLICO, QUANDO IRÃO PARA A CADEIA NOVAMENTE? EU ESTOU COM SAUDADE DE VÊ-LOS ALGEMADOS! SIM, E A ESTRADA APRA VIÇOSA, QUANDO SERÁ FEITA? VIÇOSA VIA ATALAIA E VIÇOSA VIA CAPELA, É SÓ BURACO! PEDI A TV PAJUÇARA FAZER UMA REPORTAGEM!

  • Com União e Força

    Vi a reportagem da TV Pajuçara sobre a rodovia para Viçosa. Mostrou os buracos e mostrou o governo trabalhando na operação tapa buraco. Uma matéria que era para ser critica terminou beneficiando o governo. A rodovia tem buraco mas o governo tá tapando. Parabéns Téo Vilela.

  • saulo

    Enquanto isso, o secretário gabiru, está saindo nas páginas (reportagem paga, diga-se de passagem) de revistas do centro oeste, falando de uma Alagoas que está distante da nossa Alagoas.