Carlos Alberto Canuto assume direção do PSC em Alagoas

O deputado federal Carlos Alberto Canuto "assumiu" a direção regional do PSC, identificado, aqui em Alagoas, pela presença do ex-vereador Jorge Sexto, hoje ocupando cargo na Secretaria de Educação do Estado. O partido é da base aliada do governo, mas Canuto continua na oposição a Vilela.

O acerto – sobre o PSC – foi feito secretamente lá em Brasília. Para que Canuto se filie à legenda, basta que consiga fechar o acordo com a direção do PMDB alagoano, que tem como presidente – e dono – o senador Renan Calheiros. O deputado federal já teria, inclusive, o apoio do presidente da Câmara, Michel Temer, para que possa ingressar no PSC.

Pelo acordo, Carlos Alberto Canuto fica com a direção regional do partido – o presidente indicado por ele é Marcos Calheiros -, enquanto que Jorge Sexto mantém a direção do PSC de Maceió.

GB

Para quem não lembra, o PSC já tem história em Alagoas. Ocupou o Palácio dos Martírios na era GB, depois passou às mãos de Adeilson Bezerra, muito ligado aos irmãos Calheiros – particularmente ao deputado federal Olavo Calheiros.

No Plnalto Central

O líder do PMDB no Senado remarcou para Brasília o seu encontro com o ex-governador Ronaldo Lessa. Mas ambos já têm a mesma orientação de Brasília – do Palácio do Planalto – para fechar uma aliança em Alagoas.

Quer Rui

Antes disso, porém, Calheiros já procurou o ex-senador Guilherme Palmeira com um apelo: quer que o jovem deputado estadual Rui Palmeira, que saiu ileso do escândalo da Taturana, filiado ao partido. O próprio parlamentar – o filho – pretende sair do PR, legenda em que está filiado e que é presidido em Alagoas pelo deputado federal Maurício Quintela. Mas considera difícil ingressar no PMDB  – prefere um partido que não esteja tão "queimado" junto a opinião pública. O dilema é: qual? Pois é, qual?

Almoço com as estrelas 

Os três – Guilherme, Renan e Rui – devem se encontrar amanhã no almoço em solidariedade ao ex-secretário adjunto de Educação e Esportes, Roberto Mendes. Ele foi exonerado do cargo – pelo Diário Oficial, segundo afirma – depois de um acordo do PSC ( de Jorge Sexto) com o governador Teotônio Vilela Filho. Resta saber se o acordo continua valendo, depois que Carlos Alberto  Canuto passou a mandar no Partido Social Cristão em Alagoas.

Pedras no sapato 

Em tempo: além do vice-governador José Wanderley, potencial candidato a deputado federal pelo PMDB, Canuto tem outro "calo" na disputa pelos votos do eleitorado do Pilar – Maurício Quintela Lessa, que montou barraca na cidade que fica às margens da Lagoa Manguaba.

Jota muda 

E tem mais gente mudando de partido. JL, que está tentando resolver a difícil situação financeira do seu império empresarial, estaria de mudança do PTB, hoje controlado por Fernando Collor, para o PSL. Para quê? Dizem os mais próximos ao candidato derrotado ao governo do Estado, que JL vai, mais uma vez, buscar uma das vagas em disputa – são nove – para deputado federal no próximo ano.

Tucano novo 

Se assim for, deve ter como adversário – entre outros – o ex-presidente da Associação dos Municípios de Alagoas, Jarbas Omena, tucano de carteirinha. O ex-prefeito de Messias acredita que, pelas relações que fez com prefeitos de todas as regiões, pode beliscar votos em dezenas de municípios. Naquela base do: "um pouquinho aqui, outro ali". Se a estratégia cola, aí é outra história. O discurso será municipalista, já decidiu Omena.

Socorro! 

Bastante preocupado com o que tem de enfrentar na Justiça Eleitoral, após indiciamento pela Polícia Federal, o prefeito de Rio Largo, Toninho Lins, foi pedir socorro ao senador Renan Calheiros, um dos poderosos da República. Saiu satisfeito da conversa, mas não sei se isso resolve a bronca que ele vai ter pela frente.

Um pote até aqui de mágoas 

Na Procuradoria Geral do Estado "encontrou-se" a razão pela qual o ex-governador Ronaldo Lessa teria resolvivido bater no chefe da PGE, Mário Jorge Uchôa ( Lessa disse que começou a se afastar de Téo Vilela com a nomeação de Uchôa para o cargo, por conta do acordo dos usineiros).

O problema seria uma nova ação da PGE, de fevereiro deste ano, pedindo o bloqueio – de novo – dos bens do ex-governador.

Lados opostos 

Mário Jorge, por sua vez, diz que é contemporâneo de Lessa na época do movimento estudantil – ele era dirigente do DCE da UFAL e o ex-governador presidia a Fadu, que era responsável pelos eventos esportivos na Universidade. Segundo Uchôa, os dois sempre estiveram em posições diferentes.

A "voz rouca" das ruas

O ministro Joaquim Barbosa virou, ontem, a "voz da Nação", no seu embate com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. Nunca o "professor de Deus" – uma das muitas alcunhas de Mendes – tinha ouvido de forma tão contundente o que dele acha a maioria da população brasileira (considerando aqueles que lêem jornais e acompanham o noticiário político).

Olha ela aí, gente! 

A ex-assessora do deputado Antônio Albuquerque, Daniela Omena, uma das indiciadas na Operação Taturana, continua sendo uma figura presente na Assembleia Legislativa, inclusive quando da confecção da folha de pessoal da Casa de Tavares Bastos.

Um trema para o Senado 

De Brasília, o deputado federal Benedito de Lira garante que "não abre nem para um trem" na sua disposição para buscar uma cadeira de senador por Alagoas, no próximo ano. Ele afirmou por telefone que não entrou na disputa para negociar sua releição a deputado, e que  vai até o fim.

Em Maceió, de novo 

Quanto ao trem, ou o VLT, ele disse que provavelmente no dia 30 deste mês, o ministro Márcio Fortes, das Cidades, vem a Alagoas assinar a ordem de concorrência para a obra.