Arcebistpo pode “empurrar” ações do governo na Segurança
A cúpula da Defesa Social de Alagoas ganhou o aliado de que precisava para empurrar o governo a fazer os investimentos necessários na Segurança Pública. O arcebispo de Maceió, dom Antônio Muniz, conquistou autoridade junto aos vários setores da sociedade e tem agido como competente articulador "político" – no melhor sentido.
Desde o ano passado, quando assumiram Rubim e Cia., dom Muniz vem promovendo encontros com a representantes da sociedade e dirigentes das polícias, tentando quebrar a histórica desconfiança em relação às instituições policiais – o que acontece não só em Alagoas.
Se o secretário Paulo Rubim e o delegado Marcílio Barenco – citando dois exemplos – mantêm credibilidade junto a setores refratários ao estreitamento das relação com as polícias, eles não conseguiram transmitir às instituições que dirigem a mesma confiança. É aí que a Igreja Católica – e quem mais se envolver com a questão, a partir da Campanha da Fraternidade – pode ajudar e muito aos dirigentes da Defesa Social.
Faltam investimentos
Não há avanço na atuação de prevenção e combate à criminalidade – considerando-se apenas este aspecto da questão – sem investimento. E os números que as polícias alagoanas apresentam neste item beiram o ridículo. Na Civil, por exemplo, não chega a R$ 50 mil/mês o que a direção da instituição tem para reformar e/ou construir delegacias; comprar armamentos, munição e coletes para todos os integrantes da PC; compra ou locação de viaturas etc. Ou seja: é quase nada para o quase tudo que precisa ser feito.
E o concurso?
O déficit de delegados na capital e no interior já ultrapassou as sete dezenas. Há delegados, hoje, respondendo por quatro ou cinco municípios, o que resulta em não atender, na verdade, a nenhum. E não existe, ainda, a sinalização de quando será o concurso anunciado para este ano.
O necessário
Nos cálculos, até modestos, da direção da Polícia Civil, investimentos da ordem de R$ 5 milhões/ano (incluindo salários) deixariam a instituição em condições de enfrentar este momento de profunda crise. Não é, portando, nenhuma fábula de que o governo não dispõe nos cofres estaduais.
Mais do que qualquer outro tema, a Segurança Pública é apontada como prioridade de todos os segmentos sociais. E por uma razão objetiva: a violência atinge a todas as camadas da população, das grotas aos bairros nobres da cidade. Mais até do que outras questões que exigem a mesma ordem de prioridade – Saúde e Educação, por exemplo. Nestes casos, as classes mais abastados usam os serviços oferecidos pela iniciativa privada. Na Segurança já é diferente: é o Estado que é cobrado e exigido por todos e não apenas pelos mais pobres.
No empurrão
Que a Campanha da Fraternidade ajude a fazer o que é necessário: levar o governo a eleger, na prática, a segurança pública como prioridade. Foi, é e será sempre assim: os governos só agem quando empurrados. Na verdade, reagem. Que assim seja agora.
Embate na Assembleia
O governo Vilela, aliás, também está sendo cobrado pelos deputados que fazem oposição ao grupo dominante da Assembleia. Na avaliação – correta – feita por eles, se o governador ou seus assessores políticos se mobilizarem na eleição da futura Mesa Diretora é possível reverter o quadro hoje desfavorável aos oposicionistas do Legislativo. Afinal, muitos dos que integram o grupo dos 16 têm seu quinhão na máquina pública e, obviamente, não querem perder. Difícil é convencer o governador de que uma Assembléia desmoralizada contamina todo o poder público – inclusive o Executivo. Ressalte-se: o Judiciário tem dado, sim, a sua contribuição neste embate que é de toda a sociedade.
Toledo, não
Em tempo: os suplentes não vão votar, em hipótese algum, em Fernando Toledo para a presidência da Casa de Tavares Bastos, mais uma vez. Quem garantiu foi o neodeputado Jéferson Moraes. Segundo ele, as articulações para uma chapa de oposição prosseguem hoje em nova rodada de conversa.
O articulador do grupo que apresenta Rui Palmeira é o deputado Judson Cabral. Do outro lado, o jovem e cerebral Marcelo Victor – que tem se mostrado um profissional do ramo (tenha lá o significado que isso tiver.)
Loureiro X Sapucaia
A decisão do juiz Kléver Loureiro, determinando que três CFCs descredenciadas retomem normalmente suas atividades, pode ser o recomeço de uma briga histórica. Os embates entre ele e o diretor geral da autarquia já vêm desde o tempo em que o desembargador Antônio Sapucaia era do pleno do TJ. O Detran vai recorrer da decisão do magistrado, até porque onde passa um boi, passa uma boiada.
Tinha uma pedra
O conselheiro Isnaldo Bulhões está afastado do Tribunal de Contas. Ele foi "alvo" de uma pedra…na bexiga. Um caso considerado sério, mas que não deve mantê-lo muito tempo longe do palácio de vidro da Fernandes Lima. Responde pela direção do TC o ex-primeiro-irmão, Otávio Lessa.
Festa na Laje
Mesmo em tempo de eleição, São José da Laje contrariou a lógica e realizou um mega-carnaval oficial, com a prefeitura bancando tudo, inclusive as bandas que tocaram nas ruas da cidade. No próximo sábado, a promessa é de realização de uma grande festa da "ressaca", sob o protesto da oposição. A esperança dos adversários de Neno ( que apoia Marcos Hospital) é o TRE – e só.
Ricardo,gostaria que vç aprofundasse o tema da (in)segurança, pois não é verdadeira a versão da falta de Delegados, por mais que ela seja “”oficial””a grande maioria dos distritos possuem delegado,somente em cidades pequenas não possuem. Em Maceió não falta Delegado.
Ricardo… o pior é que ninguém observa que segurança pública é um conjunto de políticas públicas não executadas a contento, e, deságuam na criminalidade e mortalidade de adolescentes e jovens como em Maceió e em toda nossa Alagoas.
A violência não é de hoje; apenas está atingindo um patamar muito elevado e já bem perto da linha tênue da tolerãncia por parte da população. Mas precisa ser enfrentada já, pois estamos virando um pequeno Rio de Janeiro, inclusive no tráfico das drogas pesadas.
CARO RICARDO, É A PRIMEIRA VEZ NA HISTÓRIA DAS ALAGOAS QUE UM ARCEBISPO LUTA POR SEGURANÇA PÚBLICA. ESPERAMOS SÁLARIOS DIGNOS, E UM MELHOR INVESTIMENTO NAS BASES DA NOSSA POLICIA. QUE O EMBATE NO PRÓXIMO ANO ELEITORAL SERÁ *SEGURANÇA* PÚBLICA DE QUALIDADE.
Caro Ricardo A figura de D. Muniz tem um carater emblemático na mudança da postura da Igreja Católica em Alagoas. Seu envolvimento com as grandes causas, sua atitude conciliadora e ecumênica.
Gostaria q chamasse a atenção pelo descaso da da rodovia q liga maceió a Penedo! E o Diretor do DER é penedense. Imagine! E quando chegar o inverno? O q podemos fazer p puxar a orelha desse dorminhoco? Deve-se esperar acontecer mortes por causa dos buracos? Será preciso vc falar por nós??
Nas maiores cidades do estado e nas mais violentas não faltam delegados, em Maceió,Arapiraca,Delmiro,Rio Largo,União,Pilar,etc.Agora se voçe perguntar pela eficiencia destes delegados a porca torce o rabo.
É vergonhoso o que aconteceu na Laje, a todo momento os artistas faziam alusão a Neno, chamando-o de “ETERNO PREFEITO”, e em muitos momentos o locutor da festa alem de fazer o mesmo, também falava indiretamente no número 14.
Caro Ricardo, o que se lamenta é que o nosso povo elege os nossos politicos com promessa de dá segurança , e infelizmente cobra da policia a qual não foi eleita. Gente cobre de seu politico segurança pública, e na hora de votar escolha politico que defenda os interesses da sociedade.
Tomará que com esse empurão o governador finalmente cumpra sua promessa de campanha e convoque a reserva tecnica da PM.
Continuando, eu gostaria que algum destes luminares(é como se consideram claramente diante da imprensa) da Ciência Jurídica, que pululam neste Estado, expliquem este vácuo jurídico que é a situação dos Taturanas, onde chegamos ao absurdo de um crime não ter lei que o enquadre.
Acredito na seriedade da Instituição Igreja, e na boa intenção do Arcebispo de Maceió. Entretanto, no caso da Segurança Pública, encabeçada por pessoas que já não mais merecem a nossa credibilidade, só mesmo pagando para ver acontecer alguma coisa, diferente do que temos.
Pra o governo teotônio Villela só existe uma categoria policial militar,porque á a única onde o governo negocia a reposição salarial.O resto é descartavel.Educação,saúde,policia civil…cadê o aumento 2 anos de salarios congelados.Cadê os sindicatos?
A participaçao da igreja é fundamental, pois ”Jesus fez uma opção preferencial pelos pobres” que são as principais vítimas da violencia. Espero que seja uma iniciativa ecumenica .