A defensoria pública vai à Justiça para reabrir a UTI do Hospital Hélvio Auto. O defensor Ricardo Melro, responsável pela elaboração do Termo de Ajuste de Conduta(TAC) que previa a reabertura da unidade até o dia 20 de dezembro,  já foi comunicado oficialmente que o prazo não será respeitado. Pior ainda: os gestores que assinaram o TAC também não sinalizam uma nova data para que o serviço seja oferecido à população.

 

A UTI do Hospital Hélvio Auto dispõe de sete leitos, está equipada e com todo o material necessário para funcionar. Está fechada desde julho deste ano, e numa tentativa de normalizar a situação o defensor Ricardo Melro reuniu, no dia 12 de novembro, dirigentes da UNCISAL e da Secretária de Saúde. Eles se comprometerem, em documento, a retomar o funcionamento da unidade até o próximo sábado. Mais uma promessa vã.

 

Assinaram o TAC o secretário adjunto da Saúde, Herbert Motta e o médico Vanilo Soares, também representando a pasta; pela UNCISAL firmaram o acordo Cláudio Soriano, Marcelo Casado e Marcos Sampaio. O compromisso assumido obrigava as duas instituições a contratar pessoal para trabalhar na UTI, principalmente médicos intensivistas, que são raros, hoje, no serviço público.

 

Desde a assinatura do TAC, porém, nada foi feito de concreto para atender ao que estabelece o documento. Pelo contrário, hoje, além de quatro intensivistas,  a Unidade de Terapia Intensiva do único hospital que trata pacientes de doenças infecto-contagiosas em Alagoas precisa de oito enfermeiras e trinta técnicos de enfermagem. O Hélvio Auto dispunha desse  pessoal, transferido recentemente  para o Hospital Geral do Estado.

 O defensor Ricardo Melro tem esperança de que uma decisão judicial rápida e suficientemente dura possa obrigar o Estado reabrir a UTI do Hélvio Auto.

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  • Roberto Morais

    Parabéns ao Defensor Ricardo Melro pelo seu trabalho. Os gestores so irão cumprir o termo de ajuste quando for pedida a prisão e a justiça decretar, pois eles tem um medo terrível de serem presos.

  • Gilvan Mata

    Sinto pelos colegas médicos que se envolvem com a gestão pública, sabendo eles, que o desgaste será eminente. Muitos os fazem, por vaidade, oportunismo, outros pelos desafios. Enquanto permanecer esta mentalidade política, podre, pobre, nossos colegas amargarão estes constrangimentos.