Resumo do Doze e Dez 

Este é o momento mais difícil enfrentado pelo delegado Marcílio Barenco desde que assumiu a direção-geral da Polícia Civil. O fato de uma das suas principais assessoras, a delegada Kátia Emanuelle (do antigo Tigre), estar sendo alvo de investigação por suposto crime de extorsão, é um grande golpe no projeto de dar uma nova cara à instituição, tão desacredita junto à opinião pública.

Claro, é ainda uma investigação e os fatos apurados precisam de provas robustas para que se tornem uma denúncia formal. Mas o trabalho já realizado indica que havia em curso um crime de extorsão, faltando confirmar a participação dos que estão sendo investigados. 

O delegado Marcílio Barenco já chegou a conversar, antes da operação – da qual ela não tinha conhecimento – com a delegada Kátia Emanuelle, que garante não ter qualquer relação com os fatos investigados. Ela é sobrinha do advogado e procurador do município de União dos Palmares, Paulo Cavalcante, o Paulinho, que estaria envolvido em outros episódios investigados pela polícia (inclusive, Federal).

A denúncia

A denúncia de extorsão partiu de um comerciante, em Maceió, que foi alvo de um mandado de busca e apreensão feita pela equipe da delegada, com ordem judicial (ele foi alvo de várias denúncias feitas ao telefone à PC.) O material apreendido, entretanto, não teria sido registrado em relatório policial – segundo explicou um dos participantes da investigação que resultou na operação de hoje.

O comerciante, segundo o relato feito por ele à Polícia Civil, teria passado a ser assediado para que pagasse R$ 80 mil ao grupo, para ter de volta a documentação apreendida e um atestado de "nada consta".

Particiapçaõ da PF 

A PF passou a atuar na investigação e, untamente com a Civil, chegou a preparar um flagrante da extorsão, mas a operação não vingou. O delegado Marcílio Barenco e equipe, ontem, avaliaram que era chegada a hora de realizar a operação.

Ele sabe – apesar de profundamente abalado – o quanto é importante para a instituição, a Polícia Civil, efetuar as prisões de hoje e aprofundar o inquérito. Claro que fica impossível para a delegada Kátia Emanuelle, uma das mais promissoras profissionais da nova geração, continuar dirigindo o órgão responsável pelo serviço de inteligência da PC. O que não significa, ressalte-se, que ela seja culpada – já que a investigação ainda está em curso.

Festa dos inimigos

Como conseqüência para a política interna da instituição, o episódio dá um novo fôlego para os adversários da atual direção da Polícia Civil, que passa por uma mudança profunda, com jovens delegados (e delegadas, notadamente) assumindo posto chaves.

Mas que esta investigação não venha impor um freio à oxigenação da Civil. Pelo contrário: que reforce ainda mais a necessidade de mudanças na instituição.

Momento Barenco 

Um detalhe: a operação de hoje acontece a 15 dias da conversa que o delegado Marcílio Barenco vai ter com os secretários Paulo Rubin, da Defesa Social, e Álvaro Machado, do Gabinete Civil, sobre a permanência dele em Alagoas. Que o acontecimento sirva até de estímulo para que  o diretor-geral da Polícia Civil continue no cargo.

Fogo X fogo

E mudando de conversa, e falando do mesmo, a proposição apresentada pelo deputado José Maria Tenório, para que todos possam andar armados, enfrentando bandidos dos mais perigosos – que fazem a festa nas ruas de Maceió – pode virar roteiro de um filme. O título : "Apressando a própria morte".

Nova lei, velhos problemas 

Está em gestação um novo projeto para alterar a lei  dos chamados "precatórios", responsável pela fortuna de alguns poucos, e pelo desespero de outros tantos. A idéia é tentar corrigir o pecado original ao projeto de lei que possibilitou a venda de créditos de servidores a empresas interessadas em fazer importações através do Porto de Maceió. Isto só será possível- repito- se os ricos, que conseguem chegar à direção das empresas, forem obrigadas a trabalhar para os pobre. O tanto que ganharem deve ser revertido para os pobres e sem prestígio. Se assim não for, tudo continua como hoje.

Canal do sei não II

A Procuradoria Geral do Estado já autorizou e a Secretaria Estadual de Infra-Estrutura já assinou o quinto termo aditivo do contrado entre o Estado e a empreiteira Queiroz Galvão, para as obras de construção do Canal do Sertão – que andam devagar, quase parando.

O valor: R$ 1.365.517,52, reajustando procedimentos executados ou em execução pela empreiteira. Segundo o parecer da PGE, os pagamentos futuros devem ser feitos tomando como base a tabela da SECOB – Secretaria de Obras e Patrimônio Público do Tribunal de Contas da União.

Conta separada 

Os problemas hoje com a obra são decorrentes de irregularidades apontadas pelo TCU, quanto aos valores de alguns procedimentos. Pois bem: as diferenças entre aquilo que estabelece o TCU e o contrato original, diz a Procuradoria Geral do Estado, devem ser depositadas em uma conta específica – para evitar problemas futuros com o Tribunal.

 

 

 

  

 

Em entrevista ao blog, delegada diz que acusação "é absurda"
Polícia prende procurador da Prefeitura de União e advogado de São José da Laje
  • AMG

    ERA TUDO QUE OS AFAVORES-CONTRA QUERIAM. MAS VALE SALIENTAR QUE AS MEDIDAS FORAM TOMADAS MUITO ANTES DA DIVULGAÇÃO. Drs. RUBIM, BARENCO MOSTRAM QUE NÃO APADRINHAM NINGUEM, MESMO CONSTRANGIDOS TOMAM PROVIDÊNCIAS. É ASSIM QUE SE TRABALHA SEM GRUPINHOS.

  • alda brandão

    Caro Ricardo….Dr Katia tem que rezar muito para livra-se dos inimigos grandes q ela tem adquirido c o seu belíssimo trabalho..tem gente engasgado c ela..desde o caso de Fernando Aldo..DEUS TE PROTEJA…Pq vc vai sofrer muitas perseguições.

  • paulo

    A sociedade de Alagoas sebem que dr. barenco e Dr. Rubim não compactum com esse tipo de falsários, e iram corte na cartne se for o caso.Dr.Barenco e Dr. Rubim e Dr. Luna sabem o que fazer.Alagoas acreditam em vcs.

  • Informativo

    Sr. Ricardo Mota a DRE compreende TIGRE,Departamento de Inteligênçia,Disque-Denunçia e Delegacia Interativa, sâo departamentos desta Diretoria, sendo o TIGRE à unidade que presta suporte à todas as outras delegacias e as missões de risco determinadas pela direção geral.

  • sergio

    Era tudo que os políticos desonestos queriam, mas Delegado Barenco, caso se confirme, que isso sirva para mostrar que a PC não está brincando, quem andar errado deve ser punido. O que esse despreparado deputado quer? Uma guerra civil? Que inteligência!!! Só podia.

  • sergio

    Tem gente que devia nascer sem cordas vocais e sem poder se comunicar. Dentre essas pessoas a grande maioria do nosso legislativo estadual e municipal. Pois sem inteligência já nasceram. Esse deputado é um deles. Pensa que nosso ouvido é penico. Calaaaaada Ofélia!!!

  • breno

    Com certeza é uma armação daqueles que se sentem incomodados com a nova gestão daSDS que tem sido uma das melhores ações do governo do Teo.

  • João

    Não há como fazer uma “lei de precatório” que impeça algum servidor de ceder seu crédito a uma empresa.Trata-se de uma negociação privada.Se for aberta a possibilidade para um servidor,todos poderão fazê-lo.Nesse caso,ninguém trabalha para o outro.

  • João

    Para o governo acabar com jornalismo demagogo, usar os 40 milhões da publicidade para pagar os precatórios de doentes e pobres (dever moral e legal só dele)e permitir compensação variada de ICMS só para esse fim (valores menores),como São Paulo.Não só telefonia e importação.É querer.

  • João

    Porque,no caso dos precatórios, a imprensa “boa” não ajudou os servidores que ganham menos, investigando com independência quanto os governos alagoanos,desde 2000,inseriram em seus orçamentos para eles.O problema é que jornalistas falam demais, mas não sabem do artigo 100 da Constituição.

  • sérgio

    O Dr. Barenco mostra grandeza no seu intuito de fazer uma investigação isenta e firme. O pior momento poderá se transformar num grande momento. Com o apoio dos Drs. Rubim e Pinto Luna, com a chancela do governo, o Barenco vai colocar a PC nos rumos. Os bois lambões ficaram lá fora.

  • Naize

    Infelizmente chegamos à conclusão que não se pode confiar em ninguém…Desejo muita força ao Dr. Rubim e Barenco nesta árdua missão pois perdeu-se uma ovelha, mas o rebanho continua e, se Deus permitir, novas ovelhas surgirão no rebanho do trabalho honesto, dedicação, honestidade e lisura!

  • REGIS

    Prezado Ricardo a delegada e outras autoridades envolvidas no inquérito do F.Aldo deverão sofrerem outras falsas denuncias ou mesmo atentados,afinal mexeram com gente da pesada.Quem não conhece a vida pregressa deste rapaz?

  • AAraujosilva

    FOGOxFOGO, seria, também, um bom título pra nosso bang-bang, caro Ricardo. Ao pseudo-desarmamento patrocinado pelo Sen. ReiNam, cabe uma perguntinha: só bandido pode ter armas e mais armas??? O cidadão jamais, nem ver; cem anos de cadeia pra quem ousar …

  • DIGA Ñ A CORRUPÇÂO

    RICARDO PORQUE NÃO ENVESTIGA OS BATALHÔES Q RECEBE 300REAIS CADA BANCO DO BRASIL USINAS POSTO DE GAS PETROBRAS PREFEITURAS TEM PREFEITURA Q DAR 3000REAIS AO CORONEL E AS VIATURA SÂO DIRECIONADAS BOTE A POLICIA FEDERAL Q DESCOBRI

  • DIREITOS HUMANOS DOS POLICIAIS

    COMANDANTES FURAR BANCO É CRIME VCS SABER MAIS FAIS NE É 300CADA BANQUINHO TEM USINAS PREFEITURA POSTO DE GAS E BOTA ESCALA EXTRA PARA OS POLICIAIS DIRAR SE Ñ TIRAR É PUNIDO

  • transparencia alagoas

    Queremos dar os parabéns ao coronel Ivon Berto, responsavel pela investigação do caso da delegada, e ao MP. Alagoas passada a limpo.

  • sonhador

    Dr. Barenco va em frente, verificando e investigando ,quem tiver culpa se justifique issodeve servir para todos,todos alagoanos estao solidario ao senhor