Os ex-deputados Júnior Leão e Cabo Luis Pedro vão ser convocados a depor na Polícia Federal e serão indiciados por peculato e utlilização de empréstimos fraudulentos, no mesmo esquema dos colegas e ex-colegas deles,  envolvidos na Opepração Taturana.Eles foram “pescados” na malha fina dos peritos da PF, em Brasília, que analisam a fartíssima documentação apreendida no histórico 5 de dezembro do ano passado. Assim como os demais, Leão e Luis Pedro, diz a Polícia Federal, tomaram empréstimos no Bradesco e quem pagava era a Assembléia- ou seja, nós-, através da famigerada GAP, a descontrolada verba de gabinete. E vem mais por aí.

A FOLHA 108 ERA MUTANTE

A pescaria tem sido das mais produtivas.No caso da folha 108 da Assembléia, ilegal e imoral, segundo a denúncia do ex-procurador da Casa de Tavares Bastos, Mendes de Barros, a perícia da PF já avalia que ela sangrava os cofres públicos em cerca de R$ 400 mil por mês-R$ 5 milhões/ano. Descobriu mais, a turma da malha fina, lá em Brasília: havia(ou há?) um crime dentro do crime contra a administração pública, no que se refere à folha secreta. Muitos dos nomes, constataram os peritos, que apareceram em algumas versões da folha 108( e foram várias e várias) migraram para a 101, que é a folha dos servidores efetivos da Assembléia. A dificuldade dos técnicos da PF é fazer a lista mais real possível dos nomes que já fizeram parte da folha 108, a eterna mutante. Concluida, a relação será encaminhada à justiça juntamente com os vários volumes do inquérito. Para os delegados da Operação Taturana, no entanto, este ponto da investigação, com suas consequências legais, deve ficar a cargo do Ministério Público Estadual.Matéria prima é que não falta. E está à disposição de promotores e procuradores.

Pra variar, quem  também não se esforça para ajudar na celeridade dos trabalhos são os bancos. Mesmo com a determinação legal, demoram, até não mais poderem,para entregar extratos de contas, relação dos empréstimos suspeitos, etc. E olha que a PF já pede o que quer, especificando personagens e documentos. Mas, sabe-se, só o Banco Central  acredita na inocência das instituições financeiras nas operações criminosas que acontecem em todo o país.

 

Não sei, não vi, não sou eu
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