Em Marechal Deodoro e Murici, duas estratégias diferentes para a oposição conquistar a prefeitura neste ano
Apenas nos municípios com eleitorado acima de 200 mil cidadãos/cidadãs aptos (as) a votar a disputa para prefeito pode ter segundo turno, desde que nenhum dos concorrentes atinja a metade mais um dos votos no primeiro turno.
No Estado de Alagoas, apenas em Maceió existe a possibilidade de haver segundo turno.
Nos municípios do interior as estratégias da oposição são diversas.
Murici, há muitos anos reduto da família Calheiros, é um exemplo de local em que a oposição decidiu apresentar dois candidatos – Caubi Freitas e Eduardo Oliveira – para enfrentar Remi Calheiros Filho, que é atual vice-prefeito do primo Olavo Calheiros Neto e filho do ex-prefeito e hoje deputado estadual Remi Calheiros.
É a terceira vez que o advogado e agropecuarista Caubi Freitas concorre à prefeitura – em 2020 chegou perto: perdeu por apenas 4,16% para Olavo Neto.
Marechal Deodoro é um exemplo de união da oposição: o vereador André Bocão é o candidato da situação, apoiado pelo prefeito Cacau, e para enfrentá-lo Júnior Dâmaso tem como vice na sua chapa o ex-prefeito Cristiano Mateus, que foi prefeito duas vezes e estava em campanha para tentar voltar este ano.
Júnior Dâmaso perdeu por pouco nas duas vezes que concorreu com Cacau – em 2016, a diferença foi de 21 votos; em 2020, foi de apenas oito votos.
No contexto geral, é de se argumentar que a tendência nesta eleição de 2024 é cerca de 90% dos prefeitos manterem o poder: diretamente, no caso dos concorrentes à reeleição, ou indiretamente, por não poderem disputar o terceiro mandato consecutivo e terem de apoiar alguém.