CSA precisa de entendimento
O CSA ainda não conseguiu ter estabilidade administrativa desde a mudança de presidente acontecida o final do ano passado. De tempos em tempos – e isto tem se tornado frequente – o clube está sempre gerando um mal estar.
Estes problemas tem sido gerados de maneira interna pelo próprio CSA. Omar Coelho tem pouco mais de seis meses como presidente e tem no resultado em campo seu principal calcanhar de Aquiles. Sua maneira de administrar é mais voltada para gestão e com ações mais discretas e ganhou pontos importantes com o conselho e com parte da torcida – digo parte porque o torcedor é ligado aos resultados e não a administração – pela forma transparente que tem exposto contas do clube.
Rafael Tenório ainda sente a saída da presidência executiva. Não por ser apegado ao cargo e sim porque ao longo de seis anos esta foi a sua rotina. Outro detalhe é que Rafael sempre mandou, sempre foi executivo, teve a palavra final e agora na presidência do Conselho Deliberativo, Rafael comanda um colegiado, mas não decide sozinho. O ex-presidente tem pontos com boa parte da torcida por uma gestão que em campo venceu muito e tem rusgas com o conselho pela maneira de gerir o clube.
A eleição colocou os dois lado a lado. Foi dito publicamente que a gestão seria uma continuidade e a frase que votar em Omar seria votar em Rafael. E isto não tem sido colocado em prática.
Neste cenário apresentado surgem os problemas. Como gestor, Omar precisou tomar atitudes que o cargo exige, inclusive envolvendo a obra do CT que é a ‘menina dos olhos’ de Rafael, pois foi durante a sua gestão que a tragédia ambiental tirou o CSA e inúmeras famílias do Mutange. Ele também tratou da indenização, da confecção do projeto e do início das obras.
Com uma nova divergência posta publicamente, o CSA precisará encontrar o caminho para o entendimento. Tudo começa após Rafael e sua filha Bianca Tenório abandonarem a obra. Uma fala de Felipe Ximenes na reunião do conselho, indicando que o CT traria um estimativa de manutenção de R$ 500 mil mês, ofertando R$ 6 milhões ao ano, despertou um monte de questionamentos e as explicações posteriores a imprensa de como estava a obras, mudanças no projeto e recursos que o clube ainda dispunha para o término da construção.
Neste momentos os famosos ‘perus’ agem de um lado e do outro. Para o Omar ficam incitando que ‘o presidente é o Senhor’ e no lado do Rafael a peruada vem em falas como ‘ o Senhor apoiou e agora está chamando o Senhor de desonesto”. Notem que como é típico dos perus a palavra ‘Senhor’ é mais utilizada.
Chegou a hora para que um pessoa possa tomar conta do problema e trazer para uma mesma mesa , Omar e Rafael, com espíritos desarmados mas com o real propósito de buscar soluções e entendimentos em nome do clube. Surgido a pouco tempo no cenário politico do clube, a vice-presidente do conselho, Mirían Monte pode ser esta pessoa para comandar este entendimento, que traria ao CSA o resgate do slogan ‘União e Força’ para a vida cotidiana do clube.