Joias garimpadas em meio à mesmice
Passamos da metade da fase de classificação do Campeonato Alagoano e em uma avaliação rápida, o nível do estadual é mais uma vez sofrível.
Apesar disto é importante observar que existem ‘joias’ surgindo em meio a mesmice de nomes no cenário alagoano. Quanto tempo não vemos Sinval, Leo, Zé Carlos, Jacobina, Cal, Edson Veneno entre vários outros que circulam nos clubes da 1ª Divisão? É preciso esclarecer que não tenho nada contra nenhum destes jogadores ou que não tenho nada contrário a jogadores mais experientes.
No entanto entendo que para o futebol alagoano é absolutamente necessário o surgimento de novos talentos, de jovens jogadores que possam oxigenar o mercado do futebol. Neste campeonato, Dimensão Capela e Jaciobá, seja pelo menor poder orçamentário ou por convicção de uma maneira de ver o futebol, são os que mais jogadores nestas condições apresentam.
Alguns nomes começam a chamar atenção dentro da competição. No Dimensão Capela , por exemplo, vale a pena observar Kaio Felipe, 20 anos, meia com base feita no Grêmio mas que tem feito a maioria dos gols da equipe e que demonstra um bom futebol. E não é só ele. Elenilson é atacante e tem 17 anos. Fez um ótimo jogo contra o ASA e criou diversas situações ofensivas dentro do jogo.
No Jaciobá, o jovem Hugo, lateral esquerdo de muita qualidade, é outro exemplo. Ele começa a chamar atenção inclusive fora do mercado alagoano. Alexandre, atacante, artilheiro da competição, não se encaixa nos mais jovens, mas com 26 anos é um nome para ser observado.
O ASA , com todas as dificuldades apresentadas, tem os jovens Rafael (meia) e Gabriel (atacante) com lampejos de um bom futebol e que podem crescer na carreira.
CSA e CRB são um caso a parte nesta realidade. O CRB conseguiu baixar sua média de idade, contratou alguns jovens, mas ainda não consegue apostar em jogadores da sua base no grupo e nem tão pouco no time titular.
O CSA iniciou um planejamento com vários jogadores jovens contratados e ainda anexando ao elenco, alguns bons nomes da sua base. Em dois jogos seguidos, sendo um deles, o clássico contra o CRB e outro um jogo pela Copa do Nordeste, utilizou Victor Paraíba e Gersinho como opções na equipe titular.
É preciso acompanhar mais, ampliar o olhar para outros nomes e tentar pinçar no caos do alagoano as joias que poderão ser garimpadas.
Felipe Aguiar
Marlon, perfeita análise! Fico me perguntando como um Sport vem a Alagoas e consegue descobrir um goleiro, já CRB e csa não consegue achar nem gandula. Não é menosprezando os gandulas, claro que não, mas esses clubes ainda são incapazes e ainda vivem como pequenos.
Se fizessem peneiras com seriedade, investissem num projeto sério, com certeza teríamos bons jogadores e possíveis craques criados na favela e em área humilde em nosso estado. Jovens que não tem uma oportunidade no futebol para evoluir na vida, aí vem o tráfico de drogas e fidelizam esses meninos.
É preciso um csa da vida e o CRB abrirem os olhos e buscarem em nossa terra jovens que podem se tornar jóias aos clubes, mas não apenas esses dois clubes, assim como os demais também. Apenas núcleo com Escolinha não dá certo. E muito menos manter treinador ou coordenador de base que só beneficia filho de conselheiro, diretor… dão valor a quem lhe dá uma retorno financeiro, e esquecem ou não tenham interesse em buscar jogador de verdade.
Infelizmente o futebol Brasileiro ele vem em decadência e não é de hoje. O craque da Seleção é o Neymar, um excelente jogador, mas um craque com nível abaixo dos craques que estamos acostumados assistir. Primeiramente, um craque tem que ter humildade e dentro de campo jogar bola, não ficar de firula e cai cai…
Acordem Clubes Alagoanos, acordem.
Talles
Talvez se existisse um calendário de verdade, e não um campeonato que é feito em datas favoráveis para csa e crb, seriam descobertos muito mais talentos. Como garimpar talento nos times menores se alguns não jogam nem 10x no ano. Em Março/Abril já acaba tudo e fica só CSA e CRB. Fazem anos que vários talentos alagoanos brilham fora e nunca tiveram oportunidade em clubes daqui. Pode olhar com carinho que tem jogadores nesses times menores que jogam tranquilo uma Série B ou ate Serie A do Brasileiro. Não há nenhum jogador fora da curva no Alagoano 2019. O problema é que só se valoriza o que é de fora e quando surge algum nome vem com história de “por que não vimos ele aqui”. Falta organização tanto de clubes como de federação.
ivo
Quando da Copinha de São Paulo, que foram pra disputa três equipes de Alagoas, o CSA fez um bom papel, o CRB, foi a negação, eu queria entender o critério para formar uma equipe de base no futebol alagoano?Ora, se outras equipes vem aqui e enxerga um futuro atleta, isso quer dizer que nós estamos preocupados com o imediatismo. Futebol se faz com investimento de base, nunca trazendo esses medalhões , que jogam muito pouco, e nós sabemos que no território regional tem gente igual ou melhor que essas mazelas . Quer um exemplo? Vejam o último clássico! Um jogo de compadres pra ninguém ficar desempregado. Alagoas só terá uma equipe para representa-la quando tiver no mínimo
cinco ou seis alagoanos no time o resto é mi-mi-mi.
ivo
A formula de fazer um Dida, Silva Cão,Zé Preta, Paranhos, Soareste , Roberto Menezes e Peu, ainda existe.Eu tô falando de craque.
Luiz R S Filho
Ivo….. existe a fórmula e ela é natural…falo do dom….quantos meninos/meninas….crianças/adolescentes jogam bola por aí?????
A questão toda (minha visão) como comentários do Felipe Aguiar e Talles….não há a disposição dos nossos dirigentes de focarem de fato planejamento para a formação de jogadores de futebol em Alagoas. Não conseguem enxergar isso como investimento com retorno futuro ao Clube além da contribuição social que isso significa. O Imediatismo de resultados na esfera profissional impede o direcionamento neste sentido. Nossa imprensa esportiva por seu lado não bate nessa tecla com insistência, só comenta superficialmente vez por outra. Mas um dia isso muda, e bons frutos serão colhidos.
ivo
Luiz R S Filho, eu falo de profissionais que vivem da bola, não importa as cores da agremiação. A própria palavra define, PROFISSIOAL, não estou falando de amador ou boleiro, nada disso. É que somos diferentes de outras regiões. Eles querem investir, nós preferimos massagear o ego de muitos dirigentes e parte da imprensa desinformada que cultivam apenas imediatismo , formam um time para dar satisfação a torcida, para dizer que podem, depois de uma temporada sai todo mundo e, assim, a saga permanece. Essa é a minha opinião!