Vitória de um time formado sobre time em formação – Blog do Marlon
Quebrar sequencia de derrotas é um avanço
Informação que busca transparência e não desconfiança
Encaixe de marcação no começo da partida entre CRB x Bahia - Ilustração: Marlon Araújo - Tatical Pad

Encaixe de marcação no começo da partida entre CRB x Bahia – Ilustração: Marlon Araújo – Tatical Pad

Do mesmo jeito que o CRB chegou a liderança e ocupou o G4 na 1ª rodada, após duas derrotas seguidas, a equipe conheceu pela 1ª vez chegar a zona de rebaixamento. O Bahia ontem, mostrou a diferença entre um time formado e uma equipe em formação. O resultado foi uma goleada por 3 a 0 em pleno Rei Pelé.

Claro que o torcedor já culpa jogadores e o técnico Alexandre Barroso. Entendo que ainda é muito cedo pois estamos rigorosamente na 3ª rodada de um total de 38. Mas é preciso dizer que o time do CRB tem uma limitação, que não permite o torcedor sonhar com acesso a Série A.

O time do CRB não é uma equipe para ser rebaixada, tem um grupo para brigar com tranquilidade para ficar entre as dez ou doze melhores equipes.

A condição de trabalho, a estrutura ofertada pela direção traz limitações para o time em campo. Trazer reforços as vésperas da competição ser iniciada, não ter recursos para grandes investimentos, apostar em recuperar jogadores que estão parados ou sem espaço no mercado, são exemplos de culpa da direção neste momento.

Mascarar a realidade e culpar Barroso e os jogadores é típico de uma cortina de fumaça para livrar a direção dos equívocos cometidos. Foi prometida uma “ousadia” na temporada e até agora, passados cinco meses e com três competições já encerradas e a mais importante competição em andamento, o CRB apresentou como “ousadia”, os jogadores Lima e Morais, que não deram resultado e já foram embora.

Jogo tático

Tiago Real fazia a cobertura nos volantes e pitoni centralizava liberando a ultrapassagem de Souza - Ilustração: Marlon Araújo - Tatical Pad

Tiago Real fazia a cobertura nos volantes e pitoni centralizava liberando a ultrapassagem de Souza – Ilustração: Marlon Araújo – Tatical Pad

CRB e Bahia vieram definidas no modelo 4-5-1 , ou 4-2-3-1 como queiram. Durante boa parte do 1º tempo , as equipes faziam um duelo onde quem tinha posse de bola tentava propor o jogo e atacar , sem posse recomposição rápida, com muita compactação com os atletas ultrapassando a linha da bola , o jogo ficava truncado pelo corredor central e sem criatividade.

O Bahia fazia um excelente encaixe de marcação , e com muita tranquilidade começou a fazer os volantes, principalmente Sousa, jogar e criar situações, participando diretamente do jogo ofensivo, e assim, a organização do jogo começa nos volantes e a saída de bola era de melhor qualidade. O CRB ia para o ataque, com os escapes de Paulo Sérgio , mas não assustava o goleiro Douglas Pires.

Aos 34 minutos , Wilson Pittoni recebeu livre de marcação e fez de fora da área. O paraguaio recebeu livre, soltou um pombo sem asa, um golaço . Ainda dava tempo para o Bahia, fazer o segundo. Aos 41, em uma bela jogada criada por Zé Roberto, Marlon apareceu como um atacante e tirou do goleiro com uma cavadinha e marcou sua estreia com um gol.

Souza ultrapassava livre , mudava o modelo para o 4-1-4-1 e começou a ganhar o setor de meio campo - Ilustração: Marlon Araújo - Tatical Pad

Souza ultrapassava livre , mudava o modelo para o 4-1-4-1 e começou a ganhar o setor de meio campo – Ilustração: Marlon Araújo – Tatical Pad

Após o intervalo , o CRB tentou sair ao ataque,fez uma pressão mas esbarrou na consistência defensiva do adversário.. Barroso colocou Gerson Magrão, que, substituindo Clebinho, melhorou a qualidade da troca de passes e bolas longas no segundo tempo. O jogo coletivo não aparecia no CRB, e Gérson Magrão parecia estar sozinho. O Bahia começou a administrar o tempo para tentar se aproveitar de contra-ataques. Aos 22 minutos , Souza foi expulso: o volante parou, com falta dura o contra-ataque alagoano, levou o segundo amarelo e foi excluído da partida .

Detalhe das linhas defensivas do Bahia - Foto: Marlon Araújo

Detalhe das linhas defensivas do Bahia – Foto: Marlon Araújo

A expulsão fez o Bahia fazer 2 linhas de 4 e passar a atuar no 4-4-1.O tricolor se compactava dificultando o jogo ofensivo regateano , no final com um belo lançamento de Léo Gamalho para Willians Santana, que driblou o goleiro e fechou o placar aos 47em 3 a 0 para o Tricolor.

Para mim, o craque da partida foi o volante Wilson Pittoni . O árbitro pernambucano Luiz Cláudio Sobral fez uma arbitragem muito próxima da perfeição e recebeu nota 9,5.

  • ANTONIO MARTINS

    Esse sistema 4-2-3-1 não existe. Na realidade o CRB joga no 4-3-3. Foram 4 do Botafogo, 3 do Grêmio e 3 do Bahia.

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