Clássico: dois tempos distintos e uma vitória de virada
Se não foi um clássico de grande qualidade técnica ou com grandes emoções, foi um clássico da estratégia dos treinadores, da determinação e de um clima de tensão, dentro e fora de campo. CSA e CRB rivalizaram-se em momentos distintos ao longo da partida.
O jogo teve dois tempos bem diferentes. No 1º tempo, um CSA encaixado e com Reinaldo Alagoano sendo decisivo. Fez um gol e quase marcou o segundo em uma grande jogada. No segundo tempo, Zé Carlos foi decisivo. Fez um gol e participou do segundo, com o CRB virando o marcador e conseguindo a vitória.
Mesmo sendo considerado como melhor time, em função das peças individuais, o clássico mostrou que o tom da partida e, principalmente do campeonato, é marcado pelo equilíbrio. O CSA dificultou as ações do CRB e enquanto tinha 11 contra 11, jogou em igualdade de condições com o time regatiano.
Quarta-Feira tem mais com uma nova dose de emoção. Fora de campo, cenas lamentáveis ao longo de todo o dia na bestial rivalidade entre as duas torcidas.
O Jogo Tático
CRB que veio no modelo 4-2-3-1 , a linha de 3 formada com João Henrique , Fernando e Clebinho. Com posse de bola João Henrique era adiantado como um 2º atacante se somando a Zé Carlos. O CSA saiu do 4-4-2 , pela 1ª vez e optou por atuar no 4-2-3-1 , com a linha de 3 meias formada por Anderson Paraíba, Rafael Granja e Danilinho.
O clássico começou com o CRB pressionando e por pouco não abriu o placar com Daniel Marques de cabeça. Primeiro, a bola bateu na trave e depois Jeferson fez uma defesa espetacular após o corte para trás do zagueiro Breno.
Mas quando Sorin marcou de forma individual Clebinho e Elyeser o atleta Fernando , travou a articulação do CRB e aos poucos, conquistou espaço, aproveitando as dificuldades do adversário para manter a posse de bola . Samuel quase marcou de cabeça e, aos 30, Reinaldo balançou a rede com oportunismo após um chute forte de Elyeser , Julio Cesar deu rebote e o 9 do CSA apareceu para abrir o placar.
O CRB sentiu o golpe. Aos 40 minutos o árbitro José Ricardo Laranjeira expulsou de campo o meia Anderson Paraíba por chutar Julio Cesar, mesmo com um jogador a menos , Reinaldo ainda acertou a trave antes do fim do primeiro tempo.
Veio a etapa final e ai, com um jogador a mais, só deu CRB. O CSA com inferioridade numérica esperava o adversário com duas linhas de 4 bem compactas e jogar no contra ataque para surpreender o CRB.
Porque a superioridade do CRB no jogo? Alexandre mudou o posicionamento da linha de 3 , Clebinho iniciou centralizado , João Henrique na direita em cima do já amarelado Paulinho, e Fernando pelo lado esquerdo , como o CSA insistia na marcação individual nos atletas Fernando e Clebinho , esses arrastavam Sorin e Elyesser para abrir as linhas e Olívio e Jonathan atacar os espaços deixados pelos volantes .
No 1º gol Olívio atacou o espaço e fez o papel de meia assistiu o Zé Carlos e o CRB empatava o jogo. Logo em seguida aos 24 minutos Glaydson fez a jogada de ultrapassagem e assistiu Fernando que só escorou e virou o jogo. Após a virada o CRB desacelerou e administrou o resultado
No CSA , Breno, Sorin ,Elyeser e Reinaldo Alagoano foram os destaques. No CRB , Olívio , Glaydson Souza , Clebinho , Zé Carlos ( no 2º tempo foi decisivo)
Mas o craque foi Olívio , que começa a se tornar um meio campista e não apenas um jogador de contenção , fez a assistência no 1º gol e sempre muito regular. Arbitragem recebeu nota 7. Muito mais pela intranquilidade no jogo, onde optava por gesticular, esbravejar, entre se impor advertindo com cartões , e não trouxe o comando do jogo para si.
Henrique Moura
Marlon, gosto muito dos seus textos, sempre com boa base e profundidade. Mais uma vez concordo com a narrativa e análise da bola rolando. Mas, me permita discordar, o jogo foi decidido no detalhe, o árbitro. Errou quando expulsou só o Anderson Paraíba, devia ter expulsado os dois jogadores, o goleiro primeiro jogou a bola no Anderson, portanto, houve agressão dos dois lados. Depois porque, o tempo todo, inverteu falta, usou critérios diferentes para cartões, amarelou todo o time do CSA e não usou o mesmo critério com o CRB. O clássico em si é um jogo nervoso e o árbitro tem o papel de conduzi-lo sem aparecer, com tranquilidade, não foi o que vi. Por fim ainda teve a “pouca sensibilidade” de acabar a partida perto do banco do CRB, talvez pra comemorar com o pessoal de lá. O clássico foi decidido no detalhe, o árbitro! Foi um bom jogo, que quarta-feira o jogo seja ainda melhor, que o futebol prevaleça e que todos os ânimos: torcida, polícia, jogadores, todos, enfim, estejam mais preocupados com o esporte!
ANTONIO MARTINS
Enquanto o CSA não tiver qualquer representatividade nos bastidores da federaçãozinha de futebol de Alagoas, vai ser sempre prejudicado pelas arbitragens. No lance da expulsão o goleiro do CRB atirou a bola contra o jogador do CSA. Se o bandeirnha (malicioso) tivesse levantado a bandeira naquela hora, haveria só o cartão amarelo para o goleirinho do galo.
Luciano de Souza Rios
Parabéns Marlon mas uma vez analise perfeito!
marcio lobo
Perfeito! foi exatamente o que vi ontem no rei pelé, acho que o CRB encontrou uma maneira de jogar,o barroso acertou em inverter a linha de 3 e o time é essa para o alagoano,mais para a serie B precisa melhorar MUITO…
Thiago Camêlo Fonseca
Caro Marlon,
antes da bola rolar escutei um comentário seu na rádio falando que as equipes deveriam apresentar os 4 fatores necessários para um jogo, quais seriam: técnico, tático, condicionamento físico e, principalmente, o EMOCIONAL!
E foi justamente esse último que vc tinha destacado que fez a diferença no clássico.
1) Técnico – duas equipes que se nivelam por baixo neste aspecto. Não me recordo de ver um CSA/CRB tão fraco tecnicamente. Destaque individuais para poucos jogadores (e alguns mais por disposição, vontade do que técnica) CSA eu destacaria: Elieser, Reinaldo Alagoano e Sorim (este último pela personalidade e dedicação em um primeiro clássico como profissional); Pelo CRB: Olívio (regularidade), Clebinho e Paulo Sérgio (bola parada e visão de jogo enquanto jogou)
2) Tático – ambas as equipes entraram com 4-2-3-1, não vi nó tático ou mudança de padrão tático, enquanto estava 11 contra 11. Pelas características de seus jogadores, prefiro o CSA no 4-4-2/losango à 4-2-3-1 como iniciou;
3) Físico – Seria injusto comparar uma equipe com inferioridade numérica na maior parte do jogo. Durante o período em que estavam com o mesmo número de atleta;
4) EMOCIONAL – As imagens falam mais de qualquer escrito!
Atenciosamente,
Thiago Camêlo
Ricardo Silva
Quanto à segurança nos eventos esportivos, preceitua o Estatuto do Torcedor:
Art. 14. Sem prejuízo do disposto nos arts. 12 a 14 da Lei nº 8.078, de 11
de setembro de 1990, a responsabilidade pela segurança do torcedor em
evento esportivo é da entidade de prática desportiva detentora do mando
de jogo e de seus dirigentes, que deverão:
I – solicitar ao poder público competente a presença de agentes públicos
de segurança, devidamente identificados, responsáveis pela segurança
dos torcedores dentro e fora dos estádios e demais locais de realização de
eventos esportivos;
II – informar imediatamente após a decisão acerca da realização da partida,
dentre outros, aos órgãos públicos de segurança, transporte e higiene, os
dados necessários à segurança da partida, especialmente:
a) o local;
b) o horário de abertura do estádio;
c) a capacidade de público do estádio; e
d) a expectativa de público;
III – colocar à disposição do torcedor orientadores e serviço de atendimento
para que aquele encaminhe suas reclamações no momento da partida,
em local:
a) amplamente divulgado e de fácil acesso; e
b) situado no estádio.
§ 1º É dever da entidade de prática desportiva detentora do mando de jogo
solucionar imediatamente, sempre que possível, as reclamações dirigidas
ao serviço de atendimento referido no inciso III, bem como reportá-las ao
ouvidor da competição e, nos casos relacionados à violação de direitos e interesses
de consumidores, aos órgãos de defesa e proteção do consumidor.
Andrey Almeida
Só em Alagoas acontecem decisões esdrúxulas como essa: 1) A torcida do CSA chove pedradas no BOPE e fere um policial. 2) A mesma torcida destrói parte das cadeiras, causando prejuízo ao estádio. 3) O treinador do CSA é expulso por agredir verbalmente o árbitro. 4) Vários jogadores do CSA tentam bater no árbitro e 3 são expulsos. 5) Jogadores do CSA agridem policiais do BOPE e um deles é preso e encaminhado a central de polícia. 6) Um torcedor do CRB leva um tiro na boca. DECISÃO TOMADA: A torcida e o time (CSA) que provocaram tudo isso são beneficiados. O CRB que ganhou na bola junto com seu torcedor são penalizados. Decisões como essas são um incentivo à BADERNA. Como pode o INFRATOR ser BENEFICIADO. Absurdo, Lamentável…