Empate em jogo fraco: melhor para o CSA

CSA e ASA iniciaram o jogo com propostas táticas diferentes – Ilustração: Marlon Araujo-TacticalPad

CSA e ASA disputaram a 3ª partida neste ano com características bem diferentes das duas partidas anteriores. Primeiro é necessário considerar a diferença entre os jogos amistosos, sem a responsabilidade e uma partida valendo três pontos em que muita coisa está em jogo.

Mas estávamos mal acostumados. Jogo intenso, muitos gols, alternâncias no marcador e uma forte dose de emoção. O jogo de ontem entre CSA e ASA não teve nada disto.

Foi um jogo fraco tecnicamente e com apenas o primeiro tempo de muita intensidade. O empate em 1 a 1 acabou sendo um resultado justo. Os dois times permanecem invictos, sendo que o ASA é a equipe que mais empatou no Alagoano e o CSA já está classificado para as semifinais.

O jogo

O desenho tático do CSA tinha a saída da linha de três zagueiros, uma nova improvisação – mais uma vez forçado pelos desfalques e um meio, teoricamente, mais equilibrado.

Ronaldo Bagé saiu da linha de 3 zagueiros , e ainda improvisando optou pelo 4-2-3-1. Na linha de 4, a novidade foi Tiago Conceição fazendo a função de lateral, bem verdade que fazia apenas o papel defensivo e marcava o Didira que caia naquele setor.

Paulinho foi uma novidade no CSA ajudando na chegada pelo lado – Ilustração: Marlon Araujo-TacticalPad

Buscando o equilíbrio, Bagé liberava o Paulinho no apoio e Breno fazia a cobertura. Romário centralizava e Thiago fazia em alguns momentos o 3º zagueiro no balanço defensivo. Com entrada de Marcos Antônio de volante, o CSA teve Eliezer e Marco Antônio na saída de bola , assim o time melhorou nesse quesito e ficou leve e solto no início da organização ofensiva.

A linha de 3 formada por Afonso na esquerda , Rafael Granja no centro e Rony pela direita ,tinha o reforço com as chegadas de Paulinho. Com isso, o time azulino chegava fácil pelos lados e Reinaldo, como referência, tinha companhia dos extremos sempre.

Com isso o CSA ocupou melhor os espaços e dominou o primeiro tempo fazendo Marcão trabalhar por 2 ou 3 vezes de forma decisiva. A movimentação e a intensidade foram o diferencial da etapa inicial.

Tempo final começou com melhor encaixe do ASA – Ilustração: Marlon Araujo-TacticalPad

No intervalo, Vica , retirou Uéderson, peça nula na partida , e retirou a referência Éverton, colocou Kaique e Valdanes. Assim o técnico do ASA travou as subidas de Paulinho e sem referência , Vica apostava em contra atacar e dificultar a saída de bola do CSA. Ele adiantou a marcação, fazendo uma linha de 4 , Alex Henrique de posse de bola se lançava para oferecer a jogada de profundidade. O ASA melhorou e começou a prender a bola no campo de ataque.

Com homem a mais, CSA foi para o abafa e chegou ao empate – Ilustração: Marlon Araujo-TacticalPad

Mas foi na bola parada que o ASA fez 1×0. Cobrança de Valdanes e gol de Didira.O CSA abusava de alçar bola para Reinaldo mas Edson veneno ganhava todas. Rafael Granja aceitava a marcação de Cal e, o CSA ficava previsível. Bagé mexeu, retirando Marco Antônio, que já tinha amarelo, e colocou o meia Élvis. O CSA foi para o abafa , e logo na 1ª vez que Reinaldo ganhou a bola aérea, serviu Afonso que iria fazer o gol e foi derrubado por Edson Veneno, que acabou expulso.

Com um homem a mais aos 34 minutos, o CSA foi para o tudo ou nada e num lance raro no jogo, Rafael Granja apareceu livre e fez uma assistência de 45 metros que encontrou Afonso para empatar a partida.

Em um jogo sem grandes destaques individuais, o brilho maior ficou para a arbitragem nota 10 de Ricardo Laranjeira. Seguro, em cima dos lances, interpretando de forma correta e com absoluto controle do jogo nas mãos.