O resultado da invenção e da teimosia
Já fiz neste espaço elogios ao técnico Ronaldo Bagé pela qualidade do seu trabalho e pela forma como ele conseguiu montar o CSA em alguns jogos. Mas no confronto contra o CEO, realizado ontem no Rei Pelé, o técnico azulino optou por inventar e por ser teimoso. O preço da combinação destas duas ações foi um empate angustiante. Bagé poderia admitir o erro, pois o treinador é humano e também erra, assim como todos nós. O fato de não admitir o erro e colocar a culpa no cansaço mostrou que sua teimosia buscou qualquer tipo de justificativa.
Não sou técnico do CSA, apenas analiso futebol. Quero dizer com isso que não vi o técnico olhar no olho de cada jogador, não sei o princípio utilizado para definir as opções de Bagé e somente por isso, lhe dou um desconto.
Era obvio que todos esperavam um time azulino com apenas uma alteração, isto porque o time fez no 1º tempo sua melhor apresentação até agora. Portanto esperava apenas Marcos Antonio no lugar de Fabiano, sem mexer na estrutura da equipe.
Mas Ronaldo Bagé fez o inverso e colocou Samuel, mexendo em seis posições. Romário foi sacrificado pois vinha crescendo como 3º zagueiro, atuando pelo lado direito , e foi deslocado para atuar de volante, depois passou para ala direita e finalmente retornou para 3º zagueiro. Romário sentiu e fez um jogo intranq uilo. Bagé saiu corrigindo o seu erro. Colocou Damião de ala, outra improvisação com Nego,ala de origem, no banco. Se a desculpa para isso seria a “falta de forma”, esqueça, pois em Murici, Pierre atuou fora de forma.
Mesmo na sequencia de erros, Bagé teria corrigido utilizando Marco Antonio e trazendo Afonso para o lado direito.
Por sua vez, Lino, treinador do CEO, fez o simples. Começou no 3-5-2. Após o gol olímpico recuou Alisson e passou para o 3-6-1, congestionando ainda mais o meio campo. Numericamente, Lino ainda ganhou fortalecimento no meio pois o CSA estava posicionado com apenas um atacante.
Na volta do intervalo , em entrevista ao setorista Rodrigo Cortez, o técnico Ronaldo Bagé soltou uma pérola ” vou logo avisar não dar para fazer dois zagueiros por não ter ninguém de perna esquerda ” Na literatura de tática do futebol, desconheço essa impossibilidade. Conheço que só possuindo canhotos, não joga na linha de 4. Para desmentir tal declaração precipitada, ele fez linha de 4 com dois zagueiros destros e o CSA cresceu !
Depois Bagé desfez os três zagueiros, tirando o lento Samuel e posicionando o time azulino, como time grande, usando um 4-3-3. O CSA martelou , criou várias oportunidades, até que a jogada que já funcionou, voltou a funcionar: ligação direta com Reinaldo Alagoano que desviou para Zé Paulo, para este fazer o gol em empate.
Gostaria de destacar a bela atuação de Cristiano (CEO), o futebol eficiente de Junior, além de Lau, que aos 43 anos, atuou os 90 minutos.
Verter Paes Cavalcanti
Muito bom e pertinente o seu comentário Marlon, entretanto, gostaria de ressaltar duas questões, digo preocupações de (um) torcedor azulino: 1. extra-campo, a demora do CSA em regularizar seus reforços, parece-me um certo “amadorismo”; e 2, o time (CSA) em todos os jogos, no segundo tempo apresentou uma queda brusca nos segundo tempos dos jogos em que assisti, incluindo os amistosos. Pode até parecer “natural”, mas o mesmo não acontece com os adversários. E se tal ocorre face a limitações do elenco, a variação de sistemas não deveria ser uma opção?!
Marlon Araújo
Verter obrigado pelas observações , quanto ao físico o CSA terminou com intensidade e alguns atletas sentiram sim cansaço mais no geral foi um time intenso até o fim, e quando se falta organização , corre de forma errada!
LUIZ DIAS
Perfeito seu comentário Marlon, disse tudo o que realmente fez e o Bagé deveria realmente reconhecer que cometeu um erro e não arrumar desculpas. E ainda dizendo que o csa tem que jogar como time grande, é ele quem treinar e ele tem que se mostrar capaz de conduzir a grandeza que é o CSA.
Pedro Paulo
Marlon ! Meus parabéns pelo seu trabalho sem dúvidas , vc é que de novo apareceu na crônica esportiva, eu ouvia na rádio jornal , e agora mudei , pois você demonstra conhecer e em breve quero ver nos gramados o futebol alagoano precisa de pessoas do nível !
Fernando
Marlon se o Bagé é teimoso então vc é um burro pq o melhor ontem foi o Afonso e vc não colocou ele na sua escalação… “Inteligente”
Marlon Araújo
Fernando eu não escalo, eu analiso e no CSA não vi um grande destaque individual , se é isso que entendi , tipo não o citei como o melhor , em minha opinião os melhores destaquei no post! Quanto ao adjetivo que o senhor utilizou ao meu respeito , é sua opinião , e respeitarei sempre
Martins
Não concordo com certos pontos com sua analise…
1 – o tom. Acho que não é por que você pensa diferente de um profissional, não quer dizer que ele possa ser chamado de inventor e teimoso. Você poderia usar melhor as palavras para dar sua opinião, sem ofender ninguém.
2 – Procure saber o contexto da frase do Bagé, antes de fazer sua analise. Eu tenho outra visão sobre o que quiz explicar. Será que ele não relatar que não podia desfazer dos três zagueiros por não ter alas de oficios? E ainda principalmente nenhum jogador de pernar esquerda, para fazer a ala? Ele só desfez para ir para tudo ou nada. Então acho que você poderia aganriar maiores informação para balizar as suas analises.
3 – O CSA no presente momento é um time em formação. Tem jogaores ainda a serem regulares, jogadores a entrarem em forma. Será que o treinador não esta jogando com as armas que tem? Ficou evidente que ele levou em consideração a parte física. Será que se ele entrasse de primeira com os jogadores que não estam 100% você também não ia falar que ele esta errado? Ele esta sofrendo com erros administrativoa do CSA, que faz parte da sua competencia como treinador.
4 – Deste modo, acredito que ele não precisa admitir que erro, pois será que ele errou mesmo? Para mim ele é um profissional em a organização não esta dando todas as minimas condições para exercer suas funções, o errado não é ele e sim a administração.
Assim, como analista você deveria enxergar o todo não só partes de um contexto, se não sua analise é limitada e mascarada.