A ridícula reação de uma sociedade contagiada pelo racismo – Blog do Marlon
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Garota que gritou insultos e proferiu o "macaco" - Reprodução: ESPN

Garota que gritou insultos e proferiu o “macaco” – Reprodução: ESPN

 

 

É difícil entender como nós sentimos ódio por uma pessoa que torce por um time diferente, que mora em uma região diferente ou tem uma cor diferente. O racismo é velado em um país que respira o racismo, mas não admite esta insanidade.

 

O futebol tem sido um canal específico para estúpidos expressarem suas frustrações, suas ojeriza em relação a inimigos (?) de outras camisas, a pretos, estrangeiros, brancos, nordestinos e até mesmo matutos.

 

O racismo exposto de forma clara no Rio Grande do Sul, pela segunda vez, é um corte da sociedade doente. Mas a estupidez de brigar contra torcidas rivais, discriminar equipes do interior que jogam na capital, xingar jogadores dos times do interior de matutos, tudo isso faz parte de atitudes doentias que precisam ser extirpadas do nosso convívio.

 

A impunidade vai permanecer. Recentemente o cidadão que atirou a banana em campo insultando Daniel Alves foi defendido por parte da população da cidade, afirmando que ele apenas errou, mas é uma boa pessoa. Não tenho dúvida que o mesmo acontecerá com a garota gaúcha. “ Ela não é uma marginal”. “Não é uma assassina”. “Ela estava estressada, o time estava perdendo” e blá-blá,blá…

 

O cerne da questão não será discutido. Ela no fundo é racista e naquele momento expressou o que realmente pensa, que um homem preto é um macaco. É hora de reagirmos como sociedade, de separarmos ações e reações. O futebol não cabe mais ações deste tipo, a sociedade não pode mais apresentar este tipo de doença. É preciso  de uma dose cirúrgica para resolvermos a situação.

  • Adriana Ricardo

    Sensacional a matéria, eu fico indignada quando vejo que ainda existe esse tipo de comportamento nos “tempos de hoje”…não por a punição prevista em lei, mas realmente pela formação do caráter dessas pessoas, que se acham “mais gente”, “mais puro”…enfim…ainda bem que você soltou o grito preso na garganta ( pelo menos na minha )!
    …”chegou a hora dessa gente bronzeada, mostrar seu valor…”

  • Bernardino Souto Maior Neto

    Isso é uma vergonha. Estou indignado. E veja que isso aconteceu lá no sul do nosso Brasil. Se fosse no Nordeste era atraso. Cadeia nela.

  • Abrahão Lincoln Marinho Wanderley

    Marlon, o povo brasileiro foi originado a partir da miscigenação entre diferentes etnias, Todos somos iguais diante de DEUS, ninguém é melhor ou maior, por causa de cor, de classe social ou região, diante de DEUS, todos somos iguais. Fico triste com atitudes doentia de alguns torcedores, que deveriam estar em campo, torcendo e incentivando seu time do coração a conquistar uma vitória, ao invés disso, colocam sua animosidade à tona. É preciso DEUS no coração. Uma coisa que aprendi desde de pequeno, é RESPEITAR. Torço pelo CRB, e graças a DEUS, sou um torcedor saudável. Marlon, um abraço no César Pita. ABRAHÃO PAI DO DAVI.

  • Fábio Vinícius

    Marlon, deve existir muito cuidado com esse caso. Ao meu ver, jornalistas e comentaristas estão prestando um desfavor a sociedade. Essa mesma atitude da torcedora lá no RS eu vi várias vezes aqui em pleno Rei Pelé. Na maioria dos casos não trata-se de “racismo” e sim de “mera” vontade de atingir o adversário da forma mais irritante possível. No trapichão já ouvi gritarem macaco, gay, bicha, matuto, que bateu na polícia, que matou um comédia, …Essa insistência da mídia em rotular racismo em tudo esconde o real problema do brasileiro que é de não ter respeito por nada nem por ninguém. No caso da “torcedora” em questão, não tenha dúvida de que se o Aranha fosse branco, amarelo, azul ou qualquer outra cor, a atitude dela, incorreta claro, seria a mesma, mas ao invez de macaco, seria qualquer outro bicho, gay, corno, etc… Olhe o comentário abaixo, inflado pela midia, pessoas criam caso entre negros x brancos, nordestinos x sulistas, etc…

  • Daniel Dantas

    Assisti ao julgamento ontem e ficava balançado a cada defesa – os advogados eram sensacionais e a cada fala eu via razão tanto para punir como para isentar o clube. No fim, o relator deu suas considerações sobre o caso e citou, como exemplo, o caso dos objetos jogados no campo. Quando os clubes passaram a ser punidos pela ação irracional dos torcedores, todos pararam de jogar e quem joga é pego pela torcida ou polícia para ser entregue e o clube não ser punido.
    Pois bem, acho que o Grêmio mereceu ser punido com a exclusão, para servir como exemplo. Depois do julgamento, o Sr. Fábio Koff, Juiz de Direito, utilizou o termo “de cor” para se referir ao negro. Brancos, Caboclos, Cafusos e Amarelos, não são de cor? Eu vejo como um termo racista e fiquei ainda mais feliz com a punição!!!

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