A serenidade é a de sempre. Mas o professor e infectologista José Maria Constant não consegue esconder a sua estranheza diante da pergunta feita pelo jornalista (implícita, aqui):

– Não entendo como um médico pode recusar a vacina.

Mas ele sabe que a informação é verdadeira, até mesmo entre alguns profissionais que foram seus alunos e não devem ter esquecido os ensinamentos do mestre.

Convidado do Ricardo Mota Entrevista desta semana, o conhecido profissional, que se mantém sempre ativo e atualizado, conta um pouco da história das vacinas e fala do quanto elas foram fundamentais para evitar centenas de milhões de mortes em todo o mundo.

“Desde a vacina contra a varíola, descoberta no final do século XVIII, até hoje, a imunização tem sido responsável pelo avanço na qualidade de vida das populações em todo o planeta”, afirma.

Constant conta que viu de perto um caso de varíola – chamava-se bexiga lixa, pela aparência do doente – dentro da sua casa, em Palmeira dos Índios, sem que ninguém da sua família fosse contaminado: “Todos nós estávamos vacinados”.

A varíola foi erradicada há quarenta anos, depois de matar milhões e milhões em todos os continentes.

Sobre os embates de hoje, em relação à Covid-19, as posições do infectologista são cristalinas e baseadas na melhor ciência:

“Deixar de se vacinar, podendo fazê-lo, pode ser colocar a própria vida em risco.”

“Não de pode politizar um tratamento médico.”

“Defender a cloroquina no começo da pandemia era bem aceitável, hoje não mais. Essa medicação não pode se transformar em política de saúde pública”.

Uso de máscara, distanciamento social, papel do lokdown, condições mais favoráveis ao adoecimento nas áreas mais pobre de Maceió – tudo entra na boa esclarecedora conversa.

Vale a pena conferir.

Ricardo Mota Entrevista

Domingo, às 10h30, na TV Pajuçara

Convidado: José Maria Constant – professor e infectologista

O futebol mostrou hoje ao Brasil que a morte não tem de vencer
A morte por Covid-19 de quem foi vítima do vírus e dos homens
  • Carlos

    Vale apena assistir e veja a colocação corajosa de um tema, que se pensou e não deve ser mais receitado. A hidroxocloroquina, e sem esquecer no início que era mais um vírus e que seria dominado e no entanto ainda é desconhecido e se comporta diferentemente em casa indivíduo. A solução é vacina, vacina e vacina. É seguir o rigoroso protocolo de prevenção… máscaras, higienização das mãos e nada de aglomerações.

  • Maurício

    Triste ver como o fanatismo leva à ignorância e esta à estupidez. Parab´éns ao doutor José Maria pela lucidez de sempre!

  • Pedro

    Muitos são gado mesmo; outros, são oportunistas; e outros, dominados por ideologias medíocres e fundamentalistas políticos ou “religiosos”. No mais, toca o berrante e salve-se quem puder. Segue a ciência dando sua inestimável contribuição para a perpetuação da espécie. #Fora genocida!

  • Laskdo

    A maior prova que a vacina funciona, é o número de mortes por Covid, hoje os IDOSOS são minorias nas últimas estatísticas de mortes por Covid-19.

  • oliveira

    Um grande mestre veio que conheci dizia que o que mata o homem e o vicio. Nesse caso a ideologia…