O texto abaixo veio em um comentário a uma matéria postada ontem, neste blog.

Publico-o neste espaço por considerá-lo carregado de sincera emoção e por ser representativo do momento em que vivemos.

(É assinado por Cláudio Frias Braga.)

Sou microempresário há 16 anos, já passei dificuldades, mas com suor e dedicação conseguimos vencer. Agora não enfrento um obstáculo qualquer, não temos treinamento e nem experiência com epidemias e pandemias, conhecemos a já famosa virose e suas derivações. Maceió parou, meu telefone não toca, meus funcionários não saem e me pergunto, e agora?

Vão os que conduzem esses país olhar por nós ou devemos acreditar apenas em nossa fé? Não tenho resposta nem para mim e nem tão pouco para minha equipe que sem recursos não sei até onde poderei pagar seus salários.

Estou tomado pelo medo e onde está a luz? Prefiro acreditar que somos filhos desta nação e como bons filhos que pagam seus impostos, não seremos esquecidos. Garçons, vendedores ambulantes, camareiras, recepcionistas e tantos outros empregos de baixa renda ameaçados. Agora, todos seremos iguais, todos teremos o mesmo medo e receio, todos enfrentaremos as dificuldades, tanto sonhei com a igualdade social, mas não era bem assim que pensei acontecer.

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  • JEu

    Li alhures o seguinte: “todos são iguais para a dor”… pois, de uma maneira ou de outra, todos sofrem neste mundo… e em situações de calamidade, todos podem ser atingidos, tanto ricos como pobres… e, ao que parece, o vírus chegou primeiro para quem tem mais condições financeiras, pois conseguem viajar para o exterior, onde muitos contraíram o coronavírus… então, ninguém pode reclamar… lógico que todos vão sofrer… faz parte da situação… agora, querer que o governo faça tudo, isso é impossível… é o mesmo que querer que o governo acabe com a pobreza… o que o governo faz é criar as condições para que tudo se encaminhe para a melhor situação possível… e se o governo tem responsabilidade com as verbas públicas, esse é o maior exemplo de interesse público… pois assistimos, há bem pouco tempo, o descalabro, o roubo, o desvio de bilhões de Reais do erário público, levando o país para uma situação de dificuldade econômico-financeira que, agora, com a pandemia, poderá, se não vencida o mais rápido possível, levar a uma situação recessiva ainda mais grave… e lembremos que o país foi espoliado durante mais de 15 anos, e, portanto, não será com um ano ou dois de um governo sério que tudo vai ser resolvido… sejamos justos… e façamos a parte que cabe ao cidadão verdadeiramente patriota… além do mais, do mesmo jeito que a humanidade foi capaz de sobreviver à peste negra, às duas grandes guerras mundiais, à gripe espanhola, à dengue, à zica e à chicungunha, mais uma vez a humanidade vencerá, não tenho dúvidas, pois, acima de todos nós paira uma Vontade Maior que, com certeza, não quer e não permitirá a extinção da humanidade… portanto, tenhamos mais fé, mais coragem, façamos e nossa parte que, com certeza, a Providência Divina jamais nos deixará órfãos… e não esqueçamos o que foi afirmado: “Ajuda-te, que o Céu te ajudará”…

  • Há Lagoas

    As possíveis “soluções” até aqui apresentadas por Brasília, em nada atenua a preocupação do empresário, muito menos do trabalhador. O que eu percebo é que os gigantes, aqueles que fazem parte do seleto”topo da pirâmide”, sairão no máximo arranhados, mas não empobrecidos.
    O receio do cidadão Cláudio Frias Braga com relação ao Estado é uma verdade, como ser alcançado por um Estado que só nos suga com seus impostos e devolve o mínimo do básico para com aqueles que verdadeiramente sustenta a República das Bananas?
    Já no quesito fé, isso é pessoal e intransferível, mas quem sabe ela não gere a esperança de que todos nós necessitamos. Afinal, Deus existe, e Ele houve as nossas preces!

  • Carlos

    A o micro empresário, tudo passa e no entanto quando vc, consegue algum ganho aí vem um pandemia e essa crise não é nem da esquerda e nem da direita. É de união, para vencer um inimigo tão ‘democrático”. Que não escolhe quem vai atacar e sendo os idosos os mais vulnerável e sem falar nos doentes crônicos. Tem que um plano para socorrer os pequenos empresários.

  • André

    Infelizmente, porém, não com surpresa, já fomos esquecidos.
    Ontem, a primeira iniciativa anunciada pelo desgoverno federal foi a de socorrer as empresas aéreas.
    Depois, mais discretamente, o pateta Paulo Guedes anunciou ajuda de míseros 200 reais para autônomos.
    Quem recebe 200 reais por mês está classificado pela ONU como abaixo da linha de pobreza.
    Sem andar de avião todos nós sobrevivemos, sem comer, não.

    • antonio

      Comenta o que não sabe, característica típica do “leitor” de manchete.
      O “socorro às companhias áreas” informado pelo governo federal foi propor o adiamento do pagamento das taxas até o final de 2020 e permitir o reembolso aos passageiros que não viajaram parcelado em até 12 vezes.
      O governo não autorizou a redução ou suspensão dos impostos de querosene ou bilhetes aéreos.
      Fora isso, não foi proposta nenhuma ajuda financeira utilizando recurso federais.

  • joao sampaio

    Infelizmente a conta chega primeiro para os menores pagarem. Em tempos atuais isso nunca ficou tão evidente. No Brasil, somente as dificuldades são socializadas com as minorias. Em tempo de bonança a elite financeira ganha, em tempos difíceis la repassa para os pobres.