De cabeça pra baixo
Uma fotografia, de frente, de Mané Garrincha há de nos levar a duas conclusões possíveis: os que não conhecem a sua obra terão convicção de que ele foi apenas um “torto”; os que se emocionaram com seus lances geniais haverão de dizê-lo “anjo”, mesmo que “torto”.
A vida apronta. Porém, o mais fantástico jogador que o mundo já produziu – Pelé não conta – só foi possível porque ele nasceu num país chamado Brasil e num tempo em que o mundo do lado de fora de qualquer casa que merecesse este nome era formado por incontáveis campos de futebol.
O resto é o talento, que não haveria de servir, imagino, para um praticante de tênis. Se Garrincha tinha algo errado, ao que parece foi isto que o levou a dar certo em sua curta e mágica passagem pela vida.
A Natureza também tem seus truques, que a Ciência, paciente e persistentemente, trata de desvendar – ou ao menos tenta fazê-lo.
O “design inteligente” é ponta de lança dos criacionistas – aqueles que ainda rejeitam a Teoria da Evolução, a mais bela que a humanidade já conheceu (se preciso, queimam os livros sobre o tema). O exemplo preferido pelos fundamentalistas anti-Darwin? O olho humano, resultado inegável de uma “inteligência superior”, que o teria desenvolvido num piscar de olhos.
Eis que entra em cena o cientista Richard Dawkins, talvez mais conhecido pelo ódio de que é alvo – e também cultiva – de crescentes fanáticos.
Diz ele em O maior espetáculo da Terra – As evidências da Evolução:
– É caso de devolução, pois não é só um projeto malfeito, é o projeto de um completo idiota.
É ler: o cientista relaciona uma série de fatores anatômicos e fisiológicos “absurdos”, ressaltando o fato de que “a retina está de trás para frente”. Como funciona, então? O cérebro compensa com seu sofisticado software de simulação de imagem, fazendo “um impressionante trabalho de limpeza”.
Para que o errado desse certo, foram necessários milhões de anos – e não menos mutações – para que a Seleção Natural nos trouxesse até aqui enxergando razoavelmente bem, obrigado.
É verdade que, às vezes, uma força maior atua e assume a responsabilidade pelas consequências dos erros mais evidentes – fazendo-os dar certo. O exemplo clássico é o teclado QWERTY, este que nós usamos nos computadores e até nos celulares, hoje, e que foi criado para as primeiras máquinas de escrever.
Projetado em 1873, é considerado uma proeza de antiengenharia: concentra as letras mais comuns no lado esquerdo, obrigando-nos (majoritariamente) a ser mais lentos do que deveríamos ao digitar um texto. Não foi o acaso – como na Natureza – que atuou aqui. As primeiras máquinas de escrever enganchavam as teclas se o datilógrafo era veloz. Seu objetivo, portanto, era serenar a sofreguidão do escritor.
Quando o emperramento deixou de existir, surgiu um novo teclado – em 1932 – seguindo a lógica mais plausível: letras mais frequentes do lado direito (a maioria das pessoas é destra), duplicando a velocidade do datilógrafo e reduzindo o esforço em 95%.
O que seria um sucesso virou um retumbante fracasso. O QWERTY – são as primeiras seis letras do teclado, da esquerda para a direita – já havia se consolidado entre fabricantes e consumidores, formando professores e alunos de datilografia, com altos investimentos em maquinário etc.
Foi uma força maior – o deus mercado – quem transformou, sem traumas, o errado no certo.
E quanto ao Homem?
Diz-nos Carl Sagan, o mais importante difusor da Ciência no século XX, que se considerarmos o surgimento de todas as formas de vida no planeta no período de um único e imaginário ano, a nossa espécie teria nascido no último segundo do dia 31 de dezembro.
É cedo demais, portanto, para concluirmos se o errado deu certo ou vice-versa. Mas há sérias desconfianças de que a Seleção Natural ainda trabalha, silenciosamente, como convém, para “produzir” algo melhor.
Zé MCZ
Qwerty: eu não pensava que é essa sequência. É bom saber (sempre), porque o teclado aqui insiste ser inglês! Até achava que seria onomatopeia de pato, ganso, marreco… Em inglês!
Qwerty! Que legal teclar em sequência!
Garrincha é a comprovação da hipotética teoria axiomática (que diabo é isso!?) de que Deus escreve certo por linhas tortas!
Meu NOME é Gal desejando rapaz: SEM cultura NEM crença OU tradição, AMO igual!
Adoro o DOMINGO a uivar, Zé MCZ … lendo Ricardo MOTA gastando latim c’afiados caninos à Roma Antiga!
dia de descanso desta loba SEM pressa à lupanar em Pompeia arqueológica e eroticamente corrente além ROBÓTICA .
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lupanar
JEu
Bom dia, Ricardo. Realmente, a teoria da evolução de Darwin é uma conquista e tanto para a humanidade. Com ela deixamos de enxergar a vida como algo como um passe de mágica, pois Deus não precisa desses “artifícios” de prestidigitadores para demonstrar sua grandeza, e nos trouxe uma compreensão maior, mais dinâmica e mais “inteligente” da “criação”, não só deste minúsculo planeta (comparado com tantos outros…) mas do próprio universo… e não tem “inteligência superior” à que criou tudo o que existe, com tamanha sabedoria, harmonia, beleza e, principalmente, objetivos traçados, quais sejam o de abrigar a nós mesmos, criaturas espirituais, para habitar todos esse Cosmo (pois existe vida não só aqui na Terra, mas em todos os globos que gravitam no universo, e fora deles também, como habitantes das dimensões espirituais, que se ligam, em sua maioria, mais cedo ou mais tarde, à corpos biológicos de diversos tipos e biologias…)… não aceitar essa Verdade, e aí onde o nosso amigo Darwin não conseguiu enxergar mais além e ficou simplesmente no “terra à terra”, é afirmar que o relógio se fez a si mesmo… pois é o ser espiritual que, ao se ligar aos organismos biológicos (e esse elemento “inteligente” o espírito, em seu início, é mais “mônada espiritual” do que princípio inteligente, ser consciente ou supra-consciente (Léon Dennis afirmou o seguinte: o espírito dorme na pedra, se agita na planta, sonha no animal e acorda no homem… e depois se torna supra-consciente quando alcança o reino da angelitude… acreditem ou não…) e esse fator da “natureza” (pois tudo existe dentro das leis naturais estabelecidas pela “Suprema Inteligência: Deus”) é o que falta à humanidade para uma compreensão maior da “Vontade e das Leis do Criador”… e pela nossa pequena compreensão é que não conseguimos entender, na maioria dos espíritos habitantes da Terra, pois somos, na escala universal, em maioria somos recém egressos da animalidade… nos achamos muito “inteligentes” e, arrogantemente, nos “achamos” grande coisa… somos sim, grandes coisas porque somos todos (os que ocupam corpos humanos masculinos ou femininos, assim como todas as demais criaturas ainda não humanizadas) filhos e filhas de Deus, e, portanto, destinados à coisas sempre cada vez maiores (eis a lei da evolução em sua dinâmica em direção ao “infinito”)… grandiosidade que em muito supera a ideia de uma criação como que por mágica… Deus não faz mágica, Deus não precisa de mágica para demonstrar seu “Poder”… é só termos “olhos de ver”, para enxergar isso… alguém há de dizer: a criação é resultado do “Big Bang”… ora, não há efeito sem causa… axiologicamente falando… remontemos sempre às causas e lá, sempre encontraremos essa “Inteligência Suprema”… o big bang não se criou por si mesmo, pois antes do big bang o que existia? o nada? então o nada pode criar alguma coisa? então tudo no universo há de ter um começo… e esse começo tem que ter como base algo “anterior” que lhe dê causa… e essa “Causa” é Deus, que nunca foi criado, pois existe e existiu de todo o sempre… e sim, é verdade que ainda estamos em “evolução” e, mais ainda, ela é ao “infinito”… lembremos com Paulo de Tarso que afirmou que: quando crianças, recebemos alimentos próprios para crianças… tudo tem seu tempo certo, e é chegado o tempo de, como adolescentes no conhecimento da ciência espiritual, aprendermos um pouco mais. Bom domingo.
Meu NOME é Gal desejando rapaz: SEM cultura NEM crença OU tradição, AMO igual!
Foi Deus quem fez AMELINHA no Ceará, JEu … é nóix muLLéres nas letras com Ricardo MOTA!
Depois viria … Mulher nova, bonita e carinhosa, faz o homem gemer sem sentir dor … (1982)
> Foi Deus q fez o CÉU rancho das estrelas … Fez tbém o seresteiro p conversar c’elas … (1980)
– Fez a LUA q praNteia má $trada de sorrisos … E a serpente q’expulsou + de 1 MI do paraíso
> Foi DEUS quem fez Vc, fez o amor … Fez nascer a eternidade num momento de carinho
– Fez até o anonimato d’afetos escondidos … E a saudade dos amores que já foram destruídos
> Foi Deus Q fez o VENTO q’a$$opra os teus cabelos … Fez o orvalho Q molha teu olhar (2 Xs)
– Fez as noites e 1 violão plangente, foi DEUS q fez a gente … Somente p’AMAR (2Xs). – Foi Deus!
EM apenas o5′ 23″ em tOntas letrarias de Luís Ramalho _ https://youtu.be/arYYCgIddbs
JEu
Só mais um complemento, de suma importância: para alcançarmos, verdadeiramente a compreensão das leis que regem o universo material, físico, biológico, é preciso lembrar da inolvidável lição de Jesus a Nicodemos: “é preciso nascer de novo”… e tantas vezes, quanto necessárias, como base para o conhecimento da essência espiritual… diz a boa didática que um dos métodos para a aprendizagem é a que toma por base “o conhecido para estruturar, intelectualmente, o que ainda não se conhece”… tudo precisa de base, de fundamento anterior…
Idosamente MONGE no Sertão: busca SUS sem úi nem Ái!
Pois, JEu … ARTE num é só talento, mas sobretudo CORAGEM n’Orópa, França e BahÊa!
> O Pensamento vivo de Glauber Rocha – pág 45, DE C Fonseca – M. Claret Ed (1987), 110 págs
– ARTE é tão difícil como o AMOR, in Revolução Do Cinema Novo – pag 59, Glauber Rocha – 2004
https://pt.wikiquote.org/wiki/Glauber_Rocha
Joao da TROÇA anarco-carnavalesca BACURAU da Rua NOVA do Sertão – em St’ANA!
Ricardo MOTA … c’a BOA datilografia o Grandão (1943-2019) concatena IDEIAS sem miMimis, é LUTO!
> Não sei o que dizer. [Juca Kfouri corinthiano RESPEITOSO até com SãPaulo de CENI e Palmeiras]
– E eu não sei o que fazer sem ele. [Cláudia, filha de Clóvis] … o Santos de Pelé é alvi NEGRO, de casa!
> Precisa de alguma coisa? … – Quero meu pai. [+ Q 1 grande jornalista parecido com Don Quixote.]
> Emudeço. [infarto sexta passada, 5 cinco stents JÁ em casa ONTEM] … – Ótimo, de repente … [14jaun19]
https://blogdojuca.uol.com.br/2019/06/morre-o-grande-jornalista-clovis-rossi
# Eclético, repórter Clóvis Rossi se tornou analista da política brasileira e internacional + de 50 anos de carreira.
1. A verdade é que a gente não faz filhos. Só faz o layout. Eles mesmos fazem a arte-final. [Glauber]
2 . Temos a arte para não morrer da verdade. [Nietsche 1844-1900]
3. A FOME latina […] num é somente 1 sintoma alarmante: é o NERVO de sua própria sociedade.”
https://pt.wikiquote.org/wiki/Glauber_Rocha
amorim
É interessante como muitos acreditam ou duvidam de uma formação de vida, e o desenvolvimento de tal.A divergência é algo imensurável ao ser humano, mas se faz necessário para que continuemos a sonhar que alguém tenha uma mente iluminada e passa assim, massagear o nosso ego das nossas dúvidas, mas por outro lado, essa mente é de um ser igualzinho a nós, cheio de dúvidas, e também de respostas não definidas, tudo faz parte de uma conjectura , afinal somos animais racionais. Aprendi que o homem nasce, cresce e morre, entretanto meu professor(a) falhou quando esqueceu de me advertir de certos percalços que iria enfrentar, dentre tantos a dúvida. Tudo bem! Afinal ainda não se criou nenhum tipo de matéria inovadora para o nascimento de um ser perfeito, ou seja, todos somos falhos, o método é o mesmo, do barro para o barro, tal como nossa vida, a certeza absoluta de que morreremos, nada se criou para impedir esse desenrolar, a demais, são conjecturas, como já dizia o poeta, palavras, são palavras e nada mais.
Há Lagoas
Me atendo apenas aos três primeiros parágrafos: garrincha foi uma “anomalia” dentro do conceito da evolução que aviltou a pretensa normalidade. Todo ser é único, e detêm a seu modo mais do que certas particularidades, e sim genialidade – não dele – mas de quem o criou.
EDUARDO ANTONIO DE CAMPOS LOPES
Será que ainda estamos a evoluir? Ou estamos numa involução? Pois, haja retrocesso….