Tempo passa a ser aliado da Braskem e adversário dos moradores do Pinheiro
Há sim motivos de preocupação para os moradores do Pinheiro – além do Mutange e Bebedouro – com a transferência da ação contra a Braskem da Justiça Estadual para a Justiça Federal.
Não pela qualidade – ambas se equivalem, o que é consenso inclusive entre as duas instituições.
A questão é o tempo: pode demorar mais para que decisões sobre o tema sejam tomadas em benefício da população prejudicada.
MPE e Defensoria já haviam solicitado o bloqueio de recursos da empresa – pelo menos os R$ 2,7 bilhões referentes aos lucros da Braskem, de 2018 – para o pagamento imediato das indenizações dos moradores dos bairros atingidos pela mineração do sal-gema – de acordo com o laudo da CPRM.
A expectativa era de que a decisão do TJ saísse nos próximos dias.
Na Justiça Federal, entre outras coisas, os danos ambientais também devem ser alvo de investigação – os prazos são outros, portanto.
Para a Braskem é a grande esperança de liberação, já agora, dos R$ 2,7 bilhões para os acionistas da empresa, principalmente a majoritária Odebrecht.
O tempo “trabalha” em favor dos advogados (são 108 no escritório de Sérgio Bermudes) contratados pela empresa, todos muito bem preparados.
Paulo Chen
Estah na hora do governo de alagoas aumentar os impostos para essa empresa, ela não sairá daqui tão facil assim!
JEu
Como já afirmei anteriormente, a maneira de fazer com que as coisas comecem a acelerar na justiça é os moradores dos bairros atingidos começarem a fazer assembleias e reuniões em frente da empresa, com bloqueio de acesso à mesma e também em frente aos locais de poços de mineração do sal-gema, para que o famigerado sinistro provocado pela atividade da Brasken se torne conhecida da mídia nacional e, quem sabe, da internacional… sem essa pressão popular, a coisa tenderá para anos e anos de apelações e decisões parciais na justiça brasileira…