O governador Renan Filho segue fielmente a orientação do seu marqueteiro, só expondo publicamente posições que sejam “populares”, principalmente nas redes sociais.

Aos interlocutores dos últimos dias, entretanto, RF tem sido incisivo na defesa da permanência da Braskem em operação no estado.

Ele até já se manifestou sobre os efeitos de um possível – eu ainda acho improvável – encerramento das atividades da mineração do sal-gema em Alagoas.

Seriam, diz ele, cerca de quatro mil empregos diretos que se perderiam; 20 mil, indiretos.

Sem contar prejuízos milionários para a Algás – R$ 60 milhões/ano –, atingindo toda uma cadeia produtiva importante.

Há uma questão fundamental: a empresa não pode continuar ou voltar a operar nas mesmas condições em que vinha fazendo.

Como disse o geólogo Thales Sampaio, é possível até fazer mineração em áreas como as detectadas aqui, mas “não se pode desconhecer a existência da falha geológica”.

Os cuidados terão de ser redobrados, e, é claro, isso vai aumentar os custos de produção. Não parece, no entanto, que inviabilize a atividade.

O essencial, está claro, é que não deve mais haver riscos e  perdas para a população.

Renan Filho procura um dos seus assessores para que comece a defender publicamente este ponto de vista sem medo da rejeição da chamada opinião pública, principalmente nesses tempos de impiedosos julgamentos virtuais. Os outros fariam eco depois.

Mas não está fácil identificá-lo.

Defensor-geral: "O único laudo independente é o da CPRM"
Empresa tem de assumir de imediato sua responsabilidade com a tragédia de Maceió
  • JEu

    Pelo bem de muitos cidadãos e famílias alagoanas, a Brasken pode e deve continuar suas atividades extrativistas, porém com as seguintes condições: 1) assumir publicamente sua parcela de culpa no sinistro; 2) começar, de imediato, negociações individualizadas para o ressarcimento de perdas e danos causados aos moradores e negociantes das regiões atingidas, sob o orientação da justiça, ou do MP/AL, ou da Defensoria Pública, ou da participação de todos, de maneira coordenada, para garantir a justeza das negociações; 3) adotar, doravante, medidas necessárias para a estabilização do solo, principalmente com o preenchimento das cavernas, resultantes da mineração, de concreto… mesmo que isso represente uma queda na lucratividade da empresa e dos acionistas, pois este é o ônus que lhe cabe na proteção das pessoas e do meio ambiente. Agora, se houver recusa por parte da empresa, então que a justiça faça sua parte, de maneira célere, para garantir o correto e justo ressarcimento aos cidadãos atingidos pelo sinistro.

  • Carvalho

    Olha, que surpresa. A Braskem pertence a Odebrecht, que, por sua vez, fez doações generosas a diversos políticos. Seriam os Calheiros alguns desses políticos?

    • Idosamente MONGE no Sertão: busca SUS sem úi nem Ái!

      CU in-cidência, Carvalho … rsRs … é RUI(m)?
      > A Unipar Carbocloro faz como matriz AMERICANA do Norte: 1o produtor de CLORO n’Am Lat(R)ina!
      – Ardendo a XIBATA cÚs babacas BRAZUCAS que lambem botas gringas, calhordas bajuLlas … NOJO!
      > Com Prêmio Eco 2007 – Responsabilidade Social Empresarial: Valores, Transparência e Governança
      – Câmara Americana de Comércio (Amcham) … xô BRASKEM Odebrechiana, KaFka alemã num é Cáft’árabe!
      > Desde 2008, no Roteiro Científico e Ambiental do Circuito Turístico Costa da Mata Atlântica
      – elaborado pelo Sebrae/SP: fábrica estruturado p’receber visitantes da fauna e a flora do local.
      http://www.uniparcarbocloro.com.br
      NADAS haveres c’a concorrência poluindo VISUAL e químicamente Pontal da BARRA e Ponta GROSSA!
      Pel’amor Renan Fo [DE quem?]: defender permanência da Braskem em Alagoas … NOJO!

  • ROBERTO BRANDAO

    NINGUÉM SE LEMBRA DA CRISE ECONÔMICA QUE PASSAMOS NO ÚLTIMO GOVERNO SURUAGY ONDE OS SERVIDORES PÚBLICOS FICARAM SEM RECEBER SALÁRIOS DURANTE 8 (OITO) MESES E ACONTECERAM AS
    TRAGÉDIAS, SUICÍDIOS ENTRE OS SERVIDORES.
    O GOVERNADOR ESTA CERTO EM DEFENDER ALAGOAS E MINIMIZAR OS ACONTECIMENTOS COM REFERÊNCIA A BRASKEM. OS PREJUÍZOS COM A ARRECADAÇÃO E OUTROS SERÁ DEVASTADOR PARA O ESTADO DE ALAGOAS.

  • WAL

    COMPLICADO…
    Se a BRASKEM, ficar, ela nos afunda.
    Se a BRASKEM, correr o bicho pega. Ou nós também nos afundamos.

  • Paulo Chen

    O governador escolheu um momento importuno para defender essa empresa!

  • Carlos

    Então manda a Braskem cavar uma mina embaixo no prédio dele aqui na Ponta Verde , e esperar desabar também ! Dai para ele fica mais fácil comprar um outro , já que dinheiro dele não é suado…E fácil ganhar !

  • Johann Sebastian Bach

    Preço alto pelo autocolonialismo. muitos índios morreram por causa do pau-brasil. Muitos escravos morreram nos engenhos até quando vamos viver com essa cultura bragantina???

  • breno

    Realmente é fato que se a Braskem encerrar suas atividades o desemprego vai aumentar e muito, porém se aqueles Órgãos que se omitiram na fiscalização começarem a trabalhar quem sabe a Braskem continue a operar dentro das normas de segurança.

  • Johann Sebastian Bach

    O Estado é um ENTE FICCIONAL,
    criado para protejer as pessoas.
    Os agentes públicos, no cumprimento desse mister, devem haver-se da forma determinada pelo artigo 37 da Constituição Federal, obedientes aos princípios da LEGALIDADE, MORALIDADE, IMPESSOALIDADE, LITERALIDADE, RAZOABILIDADE, EFICIÊNCIA e etc.
    Por isso, o PARÂMETRO DA AUTORIDADE É A LEGALIDADE, tudo que extrapolar esse limite do trato da coisa pública é prevaricação, abuso de autoridade ou outros crimes contra a administração pública.
    No SISTEMA REPUBLICANO de governo, respeitado o REGIME DEMOCRÁTICO, o PODER DO ESTADO É DA NAÇÃO e NÃO dos AGENTES PÚBLICOS!!!
    Ocorre, que por falha, até proposital, nos MECANISMOS INSTITUCIONAIS, os agentes públicos, amiúde, USURPAM O PODER DO ESTADO,
    investindo-se nesses Poderes, que devem cumprir, não assumir.
    Portanto, qualquer personalismo, usurpação ou soberba, no trato da coisa pública é, no mínimo criminoso, porque atenta contra a República e a DEMOCRACIA, que é a SEGURANÇA DO DIREITO.
    É o que ocorre no Brasil, porque sacrifica-se a democracia, na proteção da usurpação do Poder do cargo pelos agentes públicos.
    Quando se fala em “governabilidade”, na realidade, o objetivo é a garantia das benesses dos agentes públicos e de suas vantagens corporativistas.
    No trato da coisa pública não há espaço para pragmatismos, o objetivo do exercício do múnus público deve ser sempre a SEGURANÇA DO DIREITO, individual e coletivo, nunca as conveniências do sistema ou dos agentes públicos.
    É isso ou a barbárie!
    DEMOCRACIA JÁ!!!

    • Zé MCZ

      Sr Bach,
      Isso que escrevestes é uma sinfonia, se existisse um estado democrático de direito. Mas nos encontramos na idade média em todos os aspectos. Nem leve em consideração as modernidades daqui, porque conceitualmente tudo ainda é século X!
      O que está a prevalecer é continuidade das atividades, até porque a companhia é imprescindível para o desenvolvimento de Alagoas, como se percebe claramente. Só não vê o interesse dos agentes públicoprivativos quem não quer! Se não for assim iremos todos antecipadamente para o buraco. Já tem nome: Maçayò! Estamos indo mesmo, não há escapatória! Isso não é retórica!

    • amorim

      Sr. Bach, o Sr. até fala bonito para meus ouvidos, um bom entendedor de leis, tem estudado bastante, mas me perdoe a minha singeleza, o que fez ou faz pelo povo atingido? Não precisa explicar.

  • ALAGOANO REVOLTADO

    MUDANÇA OPORTUNA. – Sugiro que sua excelência e assessores passem a residir no pinheiro, mutanje ou bebedouro, É a maior prova de que nada vai acontecer.

  • Claudio Mcz

    Para quem não sabe Braskem é uma industria de Base ou seja varias industrias depende dela para comprar materia prima para seu funcionamento, como a de PVC, PLasticos, Farmoquimicos e de produtos de limpeza, só em Alagoas mais de 100 industrias desses segmentos depende da Braskem, como: Krona, Plastik, Tigre, Tec Tubo, Arasil, Araforros, Troia …

  • Morador de Bebedouro

    Esse Governador, passou 1 ano e 5 meses calado. Nada em favor da população agora, depois de toda a desgraça que essa maldita Braskem causou a nós moradores, dos 3 bairros e outras parte de Maceió. Resolve falar apenas para defender a empresa. Antes de qualquer coisa, faça uma pesquisa com todos os moradores dos bairros atingidos e grande Maceió. Para ver quem quer essa “BOMBA ATÔMICA” NA NOSSA CIDADE. Ou solidário a ela peça para a mesma cavar, um poço em Murici outro na ponta verde e mais 1 no Aldebaran. Essa empresa deve ir minerar agora no inferno. fora braskem. Tenho certeza que das 35 minas a empresa não sabe onde fica todas, digo porque em frente ao condômino Mundaú em Bebedouro. Existia um poço, que hoje em cima da mesma encontra-se um ferro velho a mina desapareceu. O “ATUANTE IMA” Tem o dever de pedir para a Braskem localizar todas minas existentes.

    • MORADORA DO PINHEIRO

      ROBERTO BRANDÃO sua casa ou apartamento foi rachado? Você mora no Pinheiro, Bebedouro ou Mutange? Seu imóvel perdeu totalmente o valor? você fica aflito quando começa a chover? Você está vendendo móveis porque não dar na casa ou apto pequeno que você vai morar? Você vai pagar aluguel porque a Defesa Civil não concedeu a você? Você está sendo humilhado pela Caixa Econômica que não quer conceder o seguro habitacional?
      TENHO CERTEZA QUE NÃO !!!!

  • Carlos

    Se a Braskem, representa tanto para economia Alagoana com milhões e milhões de impostos porque todos os governos que ocupam o Palácio Republica dos Palmares, só vivem reclamando de que não tem dinheiro para investir em quase nada e não repor as perdas salariais dos servidores e só existe grana e nunca tem crise são os duodécimos dos poderes Judiciário e Legislativo…. Abel, falou ,que a Barskem, pode sim continuara desde que faça a concretagem das cavernas e passe operar e ganhando e com lucro menor que não é pouco, sendo fazendo a recuperação das cavernas co a tecnologia da concretagem. Ele merece está no processo pois há cerca de 30 anos já alertava do que podia acontecer.

  • Luiz

    Caro Ricardo.
    É lamentável que meu comentário foi censurado pelo nobre jornalista.
    Afinal, estamos num regime de exceção?

  • Eduardo Lopes

    Gostaria de saber se o bairro que estivesse afundando fosse a Ponta Verde, qual seria a posição do governador ?

  • Johann Sebastian Bach

    Amigos e amigas, nunca se esqueçam, havendo outro “Abalo Sísmico” acima na tabela do acontecido ano passado, quando abalou a Capital, e municípios vizinhos, aí sim a conversa vai ser outra… Quando, quando este pessoal que está a nos governar vai acordar???

  • amorim

    Tem gente que pensa que agindo pela a emoção está correto. Concordo com o governador, ele esta preocupado não é com ele, mas com muitas famílias que serão prejudicadas, além é lógico, do povo dos bairros atingidos. Cautela e caldo de galinha, não faz mal a ninguém. Acredito que se possa fazer algo com calma, para que o problema seja equacionado, menos dessa forma, “fora Braskem”! Isso nunca. O estado precisa da Braskem, não sou funcionário público e nem trabalho na empresa citada, mas não custa muito um pouco de bom senso.

  • Antonio

    O governador de Alagoas e o Prefeito de Maceió são duas gracinhas; Só pensam no dinheiro. Ainda bem que o Ministério Público Federal está atento. Parabéns MPF! Vidas não tem preço.

  • Santos

    O problema é sério! Ou se enche os cofres do Governo com os impostos recolhidos da Braskem, ou deixa o problema do Pinheiro aumentar e o povo do Pinheiro serem engolidos pelas crateras provocadas pela exploração inconsequente de sal-gema pela Braskem. ?