Há que se entender os gritos de “fora, Braskem”, na audiência pública que divulgou o lado da CPRM, como um desabafo daqueles que viram suas vidas serem “roubadas” nos últimos meses.

A Braskem, é verdade, me parece que cometeu um erro grave ao apresentar laudos supostamente científicos nos últimos dias, notadamente após o adiamento da audiência ocorrida ontem.

É bastante provável que os profissionais contratados pela empresa tenham agido com honestidade de propósito, de boa-fé, como afirmou o próprio geólogo Thales Sampaio.

Mas eles erraram, afirmou o técnico da CPRM, “grosseiramente”.

Mas ele próprio, o chefe da equipe que estudou os fenômenos geológicos no Pinheiro, no Mutange e em Bebedouro, também ressaltou que é possível fazer mineração – inclusive do sal-gema – em áreas que apresentem falhas geológicas, arrematando:

– O que não se pode é desconhecer que a falha existe.

O que fazer, então?

Adotar medidas ainda mais rigorosas de prevenção e ter um acompanhamento permanente sobre as mudanças apresentadas nas áreas de mineração.

Objetivamente: a Braskem pode continuar a explorar o sal-gema aqui, mas dentro de uma nova realidade em que não cabem nem a negação – por omissão – da ciência nem a mentira.

Alagoas precisa da empresa – e a empresa precisa de Alagoas.

Empresa acena para longa batalha jurídica
Moradores do Pinheiro querem que Celyrio Adamastor bloqueie R$ 6,7 bi da Braskem
  • JEu

    Creio que a saída para a Brasken (leia-se: Odebrecht…) é indenizar todos os moradores e negociantes das áreas atingidas, comprar toda a área (e ela tem dinheiro suficiente para isso…), passar uma cerca como acontece na sede da empresa no Pontal, construir um anel verde ao redor, como no Ibama e, depois, adotar as medidas necessárias para prevenir o processo de afundamento (subsidência…) da área… e cabe ao município e ao estado adotarem ações (em esforço cooperativo… finalmente… em favor do povo alagoano…) junto à União para que sejam liberados recursos para a ampliação da via lagunar até o bairro de Fernão Velho, para que todo o trânsito de em direção ao Bebedouro de mais localidades (inclusive das linhas do VLT…) seja deslocado para local protegido e com pistas mais largas, duplas e melhor sinalizadas… é aproveitar a oportunidade para construir algo melhor para Alagoas…

    • JB

      Esse roteiro é de um belo filmes que NUNCA vai acontecer.

  • Henrique Moura

    Bom Dia Ricardo!
    Acho que a pergunta a ser feita é: como a Braskem vai reparar os danos causados a milhares de pessoas por sua irresponsabilidade social? O futuro dela, por certo, pode sofrer um abalo, mas, não a aniquilará! Já algumas muitas das milhares de pessoas prejudicadas perderam seu único bem, ou por rachaduras e desabamentos, ou pela desvalorização imobiliária que abateu o bairro após o acontecimento. Reconheço que há um papel econômico importante, mas, sei também que essa irresponsabilidade foi causada pela ganância de diminuir custos e aumentar lucros. Todas as atividades na Braskem tem riscos monitorados, se houve negligência aí por tantos anos, por certo foi proposital. Ademais, todo o benefício econômico causado pela Braskem durante todos esses anos, agora apresenta um custo demasiadamente elevado, isso tem que ser abordado, tem que se dá a importância devida. Pessoas que construíram uma vida e um patrimônio no bairro e, de uma hora pra outra, pela falta de fiscalização do Estado, vê tudo se esvaindo sem o menor sinal de uma indenização justa e tempestiva, que seria o mínimo nesse caso. Portanto, não seu qual será o futuro da Braskem em Alagoas, no Brasil e no mundo, mas, tenho convicção que essa questão torna-se secundária diante da tragédia que se abateu frente a milhares de pessoas.

  • Consigliere Alagoano

    **
    Braskem vai analisar laudo da CPRM e submeter estudo a “ESPECIALISTAS INDEPENDENTES” Diz: Marcelo Cerqueira

    PERGUNTA: CPRM é ligado alguma parte INTERESSADA?
    RESPOSTA: NÃO NÉ!

    Como disse no comentário do POST:
    Marx Beltrão: “O problema do Pinheiro tem o cheiro de mineração” – 30 DE MARÇO 2019
    GRIFO:

    UMA EQUIPE MISTA:
    AMERICANOS DA EXXON E DA EUROPA, PODEM FAZER UM “ESTUDO” INDEPENDENTE.
    AGUARDEMOS…


    Isso apenas para CONFRONTAR e GANHAR TEMPO, nada além disso.

    PRA MIM, ISSO TA VIRANDO UM “DEBOCHE”….

    .

    • Solon

      Brumadinho Mariana,Carajás – VALE
      Pará , HIDROALUNNOR
      Alaska, EXXON
      Mundaú, Manguaba – USINEIROS ALAGOANOS
      Desculpem para por aqui pois teria que passar dias digitando

  • Bruno

    Bateu o assoprou a CPRM. Quem fica lá é doido!!! O Estado logicamente não quer perder a Brasken mesmo que vidas estejam em jogo. Desastre agora? Sabemos que não vai acontecer, mais um dia vai. Espero estar bem longe já que não tenho o poder de tirar todos. Quem vai investir milhões para resolver os problemas? Quem viver verá!!!!

  • DANIEL INÁCIO

    Comentário super realista e coerente! Alagoas não pode mais nem perder uma banca de verdura, nem deixar o povo a ver navios !

  • Ex-integrante Braskem

    A alternativa mais segura para a BRASKEM continuar produzindo em Alagoas é utilizar o sal marinho na produção da salmoura.

  • Adson Freire

    Conversa. Na região em que a Braskem for prospectar o salgema, os imóveis sofrerão forte desvalorização. O problema é que o sal se encontra sob uma área densamente povoada. Depois do que aconteceu nesses 3 bairros, quem mais confiará nessa empresa? Permitir que ela continue essa exploração é suicídio. Os maceioenses da gruta, do farol, da serraria e adjacências precisam se mobilizar antes que seja tarde demais.

  • José Eduardo Barros Correia

    A curto e médio prazo não. Mas a longo prazo é o fim da Braskem em Alagoas. A manutenção da planta em Alagoas vai se tornar inviável e o tempo que resta é para retirada e buscar outra alternativa, fora daqui. Este governador e o próximo vão suar muito para substituir os impostos arrecadados com a Braskem, muitas empresas vão perder sentido em Alagoas, por exemplo, a Algás, que vende 70% do seu gás para a empresa. E a Equatorial terá um grave prejuízo, pois a empresa consume o equivalente a cidade de Maceió em energia. Acredita-se que em 70 empresas daqui e de fora, depende da cadeia de produção da Braskem. Como a produção de Petroleo vem caindo ano a ano em Alagoas e o gás não compensa ainda investimentos largos, é possível pensar também em curto e médio prazo para a Petrobrás. Enfim, horizonte muito negro para um Estado que nasceu e foi concebido para plantation de cana e está quebrado. A agricultura não vendo tendo resultado, nem compensa em relação a outros Estados. Indústria só fica enquanto houver compensações variadas. Parece que concurso de polícia e professor no Estado serão as áreas de atuação mais promissória para a classe média alagoana no futuro.

    • Petrus

      A Braskem não recebe energia da Equatorial (antiga Ceal), e sim da Chesf, as linhas de transmissões vem direto pra fábrica.

      • MARCOS

        A PLANTA DA UPVC MARECHAL DEODORO RECEBI DA EQUATORIAL SIM!

  • Julius Robert Hoppenheimer

    No governo do Guilherme Palmeira, a mineradora disse que estava quebrada, e que iria embora, ameaçou fechar.
    O Estado para ajudá-la pediu empréstimo ao Governo Federal e colocou à dívida na conta do Estado???
    É o famoso Capitalismo de Laços!!!
    É por essas e outras que Alagoas tem uma das maiores Dívidas Públicas do Brasil???
    Agora pensem, só deu prejuízo para o nosso Belíssimo Estado!!! Essa indústria é uma BOMBA ATÔMICA!!!
    Não se utiliza mais esse tipo de indústria em lugar nenhum!!!

    O resto é conversa mole para boi dormir!!!

  • Morador de Bebedouro

    Objetivamente: a Braskem pode continuar a explorar o sal-gema aqui, mas dentro de uma nova realidade em que não cabem nem a negação – por omissão – da ciência nem a mentira.

    Alagoas precisa da empresa – e a empresa precisa de Alagoas.
    “COMENTÁRIO MUITO INFELIZ DO NOBRE JORNALISTA” O problema agora, não são apenas os 3 bairros atingidos. E sim grande parte de Maceió. Porque conforme relatado pela CPRM. As crateras estão se arrastando para outros bairros, numa velocidade muito rápida e fora de controle. Se de fato a lagoa sofrer afundamento, irá atingir grande parte de Maceió.
    Os órgãos públicos tem que paralisar as atividades urgentemente dessa empresa. Antes que MACEIÓ DE FATO AFUNDE EM SUA TOTALIDADE. FORA BRASKEM, FORA BRASKEM, FORA BRASKEM, FORA BRASKEM………

  • Edvan

    O título é bem sugestivo, mas, eu, como leitor, volto a pergunta, com outra pergunta: O QUE SERÁ DE ALAGOAS, SEM A BRASKEM? minha pergunta diz respeito a arrecadação de impostos, que faz com que o governo, mantenha o funcionamento fiscal do estado.

  • Ismênia Albuquerque

    A mineração no mundo inteiro tem deixado um rastro de destruição e desgraça. FORA BRASKEN, SIM.

  • Daniel olra

    Compra toda a área e ponto final.

  • autônomo

    A BRASKEM saindo do estado , aí a desgraça estará feita!!! Milhares de pessoas desempregadas !
    A situação do Pinheiro tem jeito, com
    Obras de engenharia …o que aconteceu ? É que tinha uma falha , e que ela foi acordada com a extração de Salgema , de 2 poços com o THALES explanou , o 7 e o 19….agora pergunto, se não tivesse isso, algum dia poderia acontecer ? Quem sabe ……
    Mas como ele também explanou , o Poco 1 , que foi o primeiro , ainda está do mesmo jeito , e aí?

  • Lucas Carvalho

    Alagoas é um pequeno Estado de um País com economia emergente (em desenvolvimento).
    Devemos superar o exemplo dado por rumos de investigações como a Lava-Jato que, embora sejam fundamentais no combate à corrupção, trouxeram um legado negativo às empresas, p´úblicas e privadas. O exemplo que Alagoas deve mirar é o de países desenvolvidos que, mesmo após investigações, puniram pessoas físicas responsáveis em mais larga medida do que pessoas jurídicas, vide a Volkswagen na Alemanha, após a falsificação de índices de emissão de carbono em escala global, tendo também o Estado assumido a parte da responsabilidade que lhe cabe.

    Ricardo Mota está certo na assertiva: Alagoas precisa da Braskem e a Braskem precisa de Alagoas. Uma empresa que gera empregos e contribui para a economia da sociedade alagoana não deve ser jamais demonizada.
    Tenhamos clareza, para além da saída fácil de que “a Empresa causou a situação”, olhando mais profundamente o caso, evidentemente foram seres humanos (pessoas físicas) que atuavam dentro da Braskem (e de órgãos de fiscalização?) que permitiram (por ação e omissão) que a situação do Pinheiro chegasse a esse ponto. Eles devem ser responsabilizados em mais larga medida do que a pessoa jurídica Braskem.

    O desastre anunciado é também responsabilidade do Estado, que não fiscalizou adequadamente a extração mineral e não deu condições adequadas de infra-estrutura para o bairro (e tantos outros), que minimizassem a situação específica do Pinheiro e humanizassem a urbanidade da cidade, como saneamento básico, por exemplo. O próprio laudo indica que a situação foi agravada pela falta de uma rede de drenagem pluvial e de saneamento básico adequados.

    Peguemos especificamente o caso de Brumadinho. Penalizou-se a Empresa (e quantos empregos de gente séria e honesta que atuavam nela?), mas os diretores técnicos, frontalmente responsáveis pelo desastre, sequer foram presos ou responderam a processos legais.

  • José Olavo Bezerra da Silva

    Em arrecadação de impostos qual a colocação da Braskem atualmente, pois quando era Salgema ela era a primeira no ranking em arrecadação hoje o que ela produz n

    Tudo isto é culpa dos gestores públicos anteriores e atuais que não fiscalizaram de forma devida a exploração do Sal gema por parte de seus órgãos competentes, deixando a população a mercê da ganância desenfreada da Braskem. Cabe agora aos afetados cobrarem dos gestores as providências devida em relação ao caso .

  • Cidadão

    Um estado que já teve e tem vários figurões na política e não ter nenhuma indústria, seja ela de qualquer segmento, é chamar o povo de besta .aqui só temos funcionalismo público , turismo, comércio e a Braskem, que lindo.

  • WAL

    1) O DESTINO DA BRASKEM: não se sabe. Mas se fosse, uma micro empresa, o poder público, já tinha batido a sua porta, com vários fiscais, e fechado as portas.
    .
    2) Ricardo; pergunte, pra que serve e sempre serviu o IMA, em Alagoas , órgão do governo que deveria fiscalizar as lambánças da BRASKEM ????????????????????????????
    Será mais fácio responder.

  • Carapuça para cabeça de todos

    Ricardo, não tirando a responsabilidade da Braskem , porém a União ,Estado e o Município de Maceió são tão culpados quanto. Afinal sem as autorizações e concessões públicas, a famigerada Braskem não estaria causando tantos danos a população. Precisamos também responsabiliza a todos desde a época de sua implantação.

  • Todos se beneficiaram

    Os impostos pagos pela Braskem aos governos federal, estadual e municipal sempre fizeram um bem enorme a esses “gestores”

  • amorim

    A Braskem, torno-se a ” geni “do momento, maioria joga pedra, os mais sensatos, analisam como um mal necessário, e os legalistas, fora Braskem, no final quem paga as contas? E se o estado, por conta do imposto começar a atrasar e demitir a funcionários onde as pessoas iriam buscar empregos? Nosso estado é pequeno e pobre de indústrias. Estamos lidando com uma faca de dois gumes, o problema é maior do que tem muitos analisado. A população dos bairros atingidos merecem a máxima atenção, e os trabalhadores da Braskem, que possivelmente serão demitidos, quem acode? Legislar em causa própria é fácil, difícil é enxergar o coletivo.

    • Alagoano

      Parabéns pelos comentários. Alagoas está afundando não só o pinheiro. E alguém sabe onde o governador se escondeu? Kkkk nem um Boa tarde ele deu.

  • Claudio Mcz

    Braskem seu futuro é fechar em Alagoas, detalhe mais de 100 industrias em Alagoas depende da materia prima da Braskem para funcionar alguma delas: Krona, Tigre,Arasil, Corr Plastik, Samplas, Araforros, Tec Tubo e ai como vai ficar essas industrias?