Principal líder do Centrão (e do PP), o deputado federal Arthur Lira tem sido personagem fundamental nas negociações e freios à tramitação da PEC da Previdência, na Câmara Federal.

Ele foi um dos responsáveis pela votação – admissibilidade – da matéria na Comissão de Constituição e Justiça, mas só deu o seu aval depois de conseguir algumas mudanças importantes no relatório aprovado.

Agora, Arthur Lira deixa claro (ao Painel, da Folha) que o Congresso não precisa ter pressa para aprovar o projeto:

– Não tem necessidade de votar a proposta de Bolsonaro em dois meses. O que temos que fazer é o possível. Usar o tempo máximo para discutir na comissão, com o máximo de pessoas que quiserem falar. Sem isso, não adianta. Vai chegar no plenário e não vai ter voto.

Sua declaração mais lúcida, entretanto, diz respeito às estimativas de data em que a matéria será votada, o que só tem servido, segundo ele, para “dar dinheiro aos especuladores da Bolsa”.

E está prenhe de razão.

Para Rodrigo Cunha, compromisso da CPRM é entregar o laudo final nesta terça
As expectativas da semana estão voltadas para a CPRM
  • JEu

    Existem muitas “estórias” à respeito do assunto… essa é mais uma fake news, que só interessa ao parlamentar para dar uma de “bom menino” para a opinião pública… pois o que querem, na realidade, é “desidratar” a proposta para que a economia fique muito abaixo dos R$ 800 bi pretendidos, o que destravará a economia e garantirá os investimentos necessários no tripé: saúde, educação e segurança pública… e com esses resultados, seria inevitável o crescimento do país e, por consequência, no PSL e do governo Bolsonaro… o que é tudo o que “eles” não querem… outro dia um repórter de uma TV nacional flagrou um grupo de deputados conversando e falando exatamente de suas intensões em reduzir, ao máximo que puderem, a amplitude da proposta apresentada pela área econômica do governo…

  • Maricota

    Sei….
    E quanto mais tempo demora mais negociatas politicas acontecem.

  • Julius Robert Hoppenheimer

    Líderes do que? Só se for dos interesses pessoais . Já puseram a lona só falta cercar para virar um circo completo. Devemos ter muita pena de um país maravilhoso que tem dirigentes como esses. Até quando???
    Líderes terão que andar nas ruas, ir no restaurante, no shopping, no aeroporto…
    Estejam preparados!!!

  • breno

    Artur Lira só entende de toma lá da cá, é dando que se recebe.

  • Carlos

    Pois é os fanáticos petistas tem contribuindo o máximo que pode do quanto pior melhor como forma de vingança por ter perdido a eleição para presidência…

  • Lucas Farias

    Prezado Ricardo, excluindo os que agem de má fé, há ingênuos que acreditam que a Reforma da Previdência proposta ajudará o povo brasileiro. Além de dificultar a obtenção das aposentadorias, aumentando o tempo de contribuição e diminuindo as possibilidades de se alcançar o teto do regime geral, irá reduzir benefícios de quem está na base do sistema e que dele mais necessita, como as pessoas com deficiência, pobres, aposentados por invalidez e trabalhadores rurais. A economia pretendida se dará às custas de quem mais precisa da seguridade social, que é um sistema de políticas públicas destinadas à distribuição de renda e ao amparo de necessitados, envolvendo previdência, assistência social e saúde pública, poupando-se as elites do funcionalismo público, aqueles que ganham salários nababescos (lembrando que o presidente atual, quando deputado, sempre votou a favor dos aumentos de remuneração de militares e de parlamentares) https://www.google.com.br/amp/s/www1.folha.uol.com.br/amp/mercado/2018/09/como-deputado-bolsonaro-defende-privilegios-e-eleva-gasto-publico.shtml.
    Enquanto isso, são mantidas as desvinculações das receitas da União (as DRUs), que hoje drenam 30% dos recursos da seguridade para pagamento de juros e amortizações da dívida pública. Também permanecem as desonerações bilionárias que diminuem a arrecadação e a falta de combate à sonegação das contribuições previdenciárias patronais, que ajudariam a equilibrar as contas do sistema. Não é possível falar de reforma da previdência sem discutir reforma tributária e fontes de custeio, isto é, sem discutir quais as formas de aumentar o financiamento da previdência e equilibrar as contas públicas, como, por exemplo, regulamentando o imposto sobre grandes fortunas, previsto na Constituição, ou tributando lucros e dividendos de grandes corporações, a exemplo dos bancos. Pelo comportamento do governo eleito, sabemos que não atacará as elites que o financiaram. É fácil tirar do pobre e preservar os poderosos e a escola de Chicago que formou o ministro Paulo Guedes é a desses ultraliberais darwinistas sociais. Impressiona também a desinformação de quem acha que a economia obtida com esta reforma às custas do aumento da pobreza e da desigualdade resultaria em maior investimento em saúde e educação. Ora, desde a aprovação da PEC do Teto de Gastos (PEC da Morte) que os investimentos em saúde e educação estão congelados por 20 anos, sem aumento real, apenas corrigidos pela inflação. O dinheiro sugado com esta reforma será dirigido ao pagamento de juros e amortizações da dívida pública, como interessa aos bancos, via sistema de capitalização financeira da previdência, e aos especuladores do mercado financeiro. O desafio, Ricardo, nestes tempos de fake news e de idolatria a bufões da política, é informar ao povo sobre o que está acontecendo, o que se torna mais difícil quando o governo federal, mal intencionado, decreta o sigilo dos dados e informações sobre a previdência, para impedir o debate e a transparência. Tempos difíceis. Um abraço.

    • Daniel Lima

      Parabéns pela análise perfeita desse cenário, pena que essa visão realista da situação seja minoria absoluta entre os comentaristas “bolsonaristas” desse blog. Abraços.

      • Lucas Farias

        Caro Daniel, valeu pelo comentário. É importante que façamos nossa parte na divulgação das informações e no combate às fake news que saem do próprio governo. Acho que o Ricardo poderia entrevistar um especialista no assunto para esclarecer melhor as questões controvertidas sobre a reforma da previdência e, mais além, sobre o sistema de seguridade social e suas fontes de custeio, já que esse tema envolve questões tributárias, fiscais e trabalhistas. Um abraço.

  • Lion

    Estamos ruim de representantes no Congresso…..uma grande piada….

  • Augusto

    Faltou informar quem perderá c a reforma, que são os políticos, c com suas APOSENTADORIAS ESPECIAIS, e os grandes funcionários públicos, que passariam a receber o TETO DO INSS. Assim fica fácil entender o porquê da dificuldade toda em aprovar a reforma. Fosse mexer apenas com os mais pobres, a mesma já estaria em vigor há anos.

    • Lucas Farias

      Do total de R$ 1,1 trilhão que o governo pretende economizar em dez anos com a reforma, o grosso, mais da metade, recai sobre os trabalhadores do setor privado atendidos pelo INSS (R$ 687 bilhões), que recebem menos dois salários mínimos. Não são nenhuma elite nesse montante. Os militares, por outro lado, cuja previdência alimenta um dos maiores rombos, continuarão se aposentando com salários integrais e menor tempo de contribuição. E as elites do funcionalismo público continuam recebendo salários no teto e usufruindo de planos complementares para a aposentadoria integral. Enquanto isso, idosos e deficientes que dependem do benefício de prestação continuada, que é de um salário mínimo, sofrerão com os cortes.

      Resposta

      Meu caro Lucas:

      O governo refez as contas. O total a ser economizado passa de R$ 1,2 tri.

      • Lucas Farias

        Tem razão, prezado Ricardo. Mas o amigo confia que este governo, com dados sigilosos e tão competentes quadros técnicos, acerta nas contas? E nas contas de quem vem a chicotada? Esses chicagos boys são danados. Um abraço.

  • José Carlos Silva

    Realmente é melhor deixar tudo como está. Não mexer em nada, lá na frente quem sabe poderemos fazer algo melhor.

    Empreender pagando 2×1 é normal e certamente nos fará crescer a oferta de empregos que, é bom frizar, o número absurdo de 12,5% da população ativa sem trabalho é produto dos anos a fio sob a égide do PT e base aliada; receber aposentadoria do setor privado com valor incomparável ao do setor público é justo.

    Não à reforma.