Os americanos usam uma pergunta quando querem saber se alguém confia ou não em alguma pessoa, autoridade, de preferência: você compraria um carro usado dele (ou dela).

É uma boa sacada, principalmente num país em que o carro é um dos principais objetos do desejo dos cidadãos – e não é só lá, não.

Pois o que acontece agora, na crise entre o Palácio República dos Palmares e a Assembleia Legislativa, tem relação direta com confiança e desconfiança.

Estou certo que pode até demorar, mas o governador Renan Filho vai conseguir superar os efeitos dos expurgos de janeiro realizados por ele no embate com o deputado Marcelo Victor – eleito (quase) por unanimidade para presidir o Legislativo Estadual.

E tem sido nele, Marcelo Victor, que o governador vem depositando a sua confiança para reconstruir as pontes dinamitadas. O deputado, hoje, conversa de igual para igual com o governador, assim como o faz com os pares dele, na Assembleia Legislativa.

Se os deputados governistas topam conversar com o governador? Ninguém há de recusar. Nem mesmo os parlamentares de oposição. Decidir, entretanto, neste momento atender aos apelos de Renan Filho, aí é outra história.

Há um passivo a ser recuperado e um ativo a ser ofertado. Ou seja: a paz vem, mas não sabermos a que custo. Cada ato, nas nossas vidas – cotidianas, mesmo – tem consequências.  Não é diferente com uma decisão política.

E para quem duvida que a crise é também de confiança, eu proponho que indague, inquira, pergunte a cada um dos deputados com assento na Casa de Tavares Bastos: de quem você compraria um carro usado?

Os “proprietários” dos veículos são os que você conhece.

Lessa: "Não me sinto diminuído na Secretaria de Agricultura"
Messianismo: um mal histórico da vida política brasileira
  • Antonio Carlos Barbosa

    Jamais compraria!
    É o que basta.

  • JEu

    Creio que a pergunta correta, para os integrantes da ALE/AL seria: com que dinheiro você compraria um carro dele?!!! e talvez, imediatamente, chegaria na memória o caso das taturanas…!!! é dindin fácil… pois de onde vêm sempre “tem mais”… e essa é sempre a tônica da politicagem por essas bandas caetés e tupiniquins… agora, ficar conversando sobre se alguém poderá encontrar chifres em cabeça de cavalo é pura perda de tempo…