Onze anos depois da denúncia do caso Mônica Veloso, a Segunda Turma do STF absolveu hoje, por unanimidade (quatro votos a zero), o senador Renan Calheiros.

A acusação que ainda permanecia era de peculato – apropriação de dinheiro público -, uma dos motivos que levaram Calheiros a renunciar à presidência do Senado, em maio de 2007.

O episódio inicialmente ficou conhecido pelo envolvimento da Construtora Mendes Júnior, que estaria pagando despesas do senador relativas à filha que ele teve com a jornalista.

Esta parte da denúncia, entretanto, já prescreveu – e o caso se esvaziou, perdendo importância.

O julgamento de hoje se ateve, exclusivamente, ao uso indevido de verbas indenizatórias do Senado Federal (peculato).

Os ministros Edson Fachin, Celso de Mello, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes entenderam que não havia provas para condenar o senador alagoano.

É lembrar: o caso não tem qualquer relação com a Operação Lava-Jato.

Esta, sim, não vai dar em nada – e pra ninguém.

A diferença entre o guia eleitoral de Alagoas e o dos presidenciáveis
Caso Ronaldo Lessa no TRE: improbidade pode; calúnia, não!