Aquele início de 1982 prometia. Era ano de eleição, e a redação da Tribuna de Alagoas, na Rua do Sol, fervilhava. Lá, habitavam as mais variadas correntes políticas, principalmente de esquerda.

O debate era intenso, às vezes acirrado aos extremos, mas nunca descambava para a baixaria, o xingamento pessoal, nada disso. O ponto de equilíbrio, sem dúvida, era o fleugmático (quase sempre) Dênis Agra, o ex-estudante de medicina, barba rala, que assumia o papel de editor e “deixa-disso” da redação de cobras e lagartos.

Eu, o mais jovem por ali, de quando em vez, me arriscava na discussão entre as feras Cláudio Humberto Rosa e Silva, Téofilo Lins, Carlos Pompe, Plínio Lins, Nilson Miranda, Iremar Marinho, Sthefani Lins, Ênio Lins, o “Gordo”… João Vicente de Freitas Neto.

Em algumas noites, trabalhávamos, eu e Freitas, na mesma bancada. Era a hora de escrevermos nossas matérias, e normalmente a conversa corria fácil, perguntava-se a opinião do “companheiro” sobre tal ou qual assunto, para arredondar o texto.

Freitas Neto já era um nome conhecido e respeitado no jornalismo local, além de correspondente do “Estadão” em Alagoas. Eu havia começado na televisão e vivia a primeira e melhor experiência que tive no impresso em toda a minha carreira profissional.

Em comum, gostávamos de livros, futebol e política, muita política. Não éramos da mesma corrente, e, claro, de quando em vez acontecia uma “provocação”, mas sem maiores consequências, que merecessem registro ou mágoa.

No fundamental, estávamos na oposição em Maceió, no estado e no Brasil (acho que no resto mundo, também.)

Numa noite, Freitas escrevia sem parar, sofregamente, batucando na sua máquina, no ritmo frenético de redação que está fechando a edição do dia seguinte. Terminado o seu texto, ele me abordou.

Explicou que fizera um artigo sobre as favelas de Maceió, “cento e cinquenta”, numa época em que ainda era possível contá-las. A fome, a miséria, o êxodo rural, tudo estava ali, como num bom texto jornalístico e, também, de um comunista convicto. Ao final, ele defendia: urbanização, já, das favelas.

– E aí, companheiro?

Sendo tratado (sempre) como um igual por um “medalhão”, me senti à vontade para desancar a proposta do Freitas.

Urbanização de favelas?

“Nunca. A erradicação é a única proposta aceitável para um marxista”, disse com a arrogância própria da juventude. Discorri sobre o tema, exaustivamente. Freitas me acompanhando atentamente e calado. Ao final do meu pequeno “discurso”, um dos homens mais solidários que eu conheci, me disse – sem cerimônia:

– O companheiro tem razão.

Rasgou, em seguida, as três ou quatro folhas que havia escrito, colocou papel na máquina e começou tudo de novo.

Saí radiante, claro, comigo mesmo. Só tempos depois, entendi quem havia sido o mestre ali: eu acabara de receber uma das maiores lições de humildade em toda a minha vida.

 

(A crônica acima foi postada neste blog em 6 de abril de 2008. Republico-a para marcar a passagem dos 20 anos – ontem – do sepultamento do Freitas Neto e da sua Graça.)

JHC vai investir em chapa alternativa para governo e Senado
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  • JEu

    Bom dia, Ricardo. Não havia lido o texto postado em 2008 e, hoje, vejo que tudo continua sendo muito atual, real… e apesar dos esforços dos governos (nos três níveis) de melhorar as condições de vida em muitas favelas, reconheço que a situação continua quase no mesmo patamar de quase 20 anos atrás… algumas favelas foram melhoradas, porém, a situação de segurança pública se agravou ao extremo… muitas outras favelas surgiram e a situação é aquela de 20, 30 anos atrás: sem qualquer infraestrutura, sem o mínimo de dignidade para seus moradores… creio que, como dito no texto, somente a “erradicação” poderá mudar o quadro que aí está… porém a erradicação há de ser entendida como a “eliminação” ou, pelo menos, o “controle” e a “prevenção” dos fatores que determinam o surgimento das favelas… e é triste constatar que os mesmos “insumos” estão presentes: falhas graves no sistema educacional; a inexistência da boa cultura; o desemprego galopante; o desrespeito aos mais mínimos postulados dos “direitos humanos” (e não estamos falando de proteção aos celerados que cometem crimes e enfrentam as polícias)… faltam aos nossos gestores maiores e aos ditos “representantes do povo” a “humildade” para reconhecer que, sem verdadeiros investimentos sociais um povo não avança na conquista do verdadeiro estado de “civilização”… enquanto permanecerem no alto de suas arrogâncias e ambições desmedidas, como se sofressem de cruel doença de complexo de inferioridade e megalomania; enquanto desejarem simplesmente se “sentirem” superiores aos outros, sem entenderem que a real superioridade está na grandeza da alma e da pureza de sentimentos e virtudes, então vamos continuar a ver a sociedade adquirir avanço em tecnologias que transformam o ambiente e facilitam a vida, porém chafurdados na lama da corrupção, da miséria (material e moral) e na insegurança da violência que assola a vida social… Boa lembrança, bom texto para meditação. Bom domingo, Ricardo.

  • Há Lagoas

    Uma bela crônica sobre convivência, e uma bela lição de humildade dada por alguém que pela sua atitude podemos chamar de amigo. Que bom seria se fossemos cercados de pessoas assim.
    Em um país tão dividido onde as ideologias são mais importantes que pessoas, este texto vêm demonstrar que precisamos mudar a direção.
    Uma boas semana a todos.

  • Robson Costa

    Parabéns Ricardo. Aos “Grandes” do passado, e da atualidade, você merece destaque.

  • joao batista da silva

    Parabens pela matéria, Ricardo. Você destacou duas entre muitas qualidades de Freitas: a solidariedade e a humildade. Freitas tinha (ainda tem no meu modo de entender a morte) um coração maior do que o corpanzil que seu espírito carregava. Com sua humildade e alegria, sabia ouvir, compreender e consolar o próximo.

  • Rodrigo Lins

    Fiquei imaginando essa reflexão, será que há 33 anos o Estado era ausente como nos dias atuais? Hoje o 4 poder assumiu a condição de manter as necessidades básicas dessa população e o resultado hoje estampa as paginas policiais.

  • LEMBRANÇA? REALIDADE!!!

    REALIDADE É Q/O TEXTO RETRATA A FALÊNCIA MÚLTIPLA DAS GESTÕES CALCADAS PELA ESQUERDOPATA COM AVERSÃO AO SOCIAL, EM DEFESA DA MINORIA RICA & EM DETRIMENTO DA BASE DA PIRÂMIDE SOCIAL (OS ++++ POBRES!!!). A CONCENTRAÇÃO DE RENDA NO BRASIL É TAMANHA QUE SE COMPROVA NOS GASTOS INSANOS DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS, O DINHEIRO PÚBLICO GERADO PELAS RIQUEZAS QUE PRODUZIMOS QUANDO VAMOS AS COMPRAS DE MANUFATURADOS E SERVIÇOS, NO MOMENTO QUE PAGANDO NOSSOS TRIBUTOS, IMPOSTOS & CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS!!! VEJAM O Q/OCORREU ENTRE 2003/2016 NAS GESTÕES EXACERBADAS DOS COMUNISTAS DO ‘PT’ LULA OAS ODEBRECHT JBS ++++ DILMA RUIMSELFF FINADA FIDEL CASTRO CUBA ODEBRECHT JBS, COMO MOSTRA ABAIXO:

    1)PAGOS NOS ORÇAMENTOS (2003 A 2016) GESTÃO ‘PT’, O TOTAL DE:

    R$ 19,036.05 TRILHÕES (100%)!!!

    2)PAGOS (2003 A 2016) A ‘FAMIGERADA CIRANDA FINANCEIRA DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL’ VIA CÓDIGOS ORÇAMENTÁRIOS 25.000 + 71.000 + 74.000 + 75.000, TODOS A SERVIÇO EXCLUSIVO DA ‘CIRANDA FINANCEIRA DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL’:

    R$ 9,836.08 TRILHÕES (52%)(52%)(52%)!!!

    3)AGORA OS GASTOS C/CIDADANIA ENTRE 2003 A 2016:

    3.1 – NO COMBATE A VIOLÊNCIA PELO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA VIA CÓDIGO ORÇAMENTÁRIO 30.000 EM UM BRASIL QUE SE MATA ++++ DE 400 PESSOAS/DIA PELAS VIOLÊNCIAS DAS ARMAS, DROGAS E TRÂNSITO, SÓ E APENAS SÓ:

    R$ 87,16 bilhões (0,4%)(0,4%)(0,4%)!!!

    3.2 – NO COMBATE AO ANALFABETISMO DE UM BRASIL ATUAL COM 50.000.000 DE ANALFABETOS E SEMILETRADOS, PELA VIA DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO DE CÓDIGO ORÇAMENTÁRIO 26.000, SÓ E APENAS SÓ:

    R$ 587,55 bilhões (2,2%)(2,2%)(2,2%)!!!

    3.3 – NO COMBATE A VIDA PELA VIA GENOCÍDIO DO POVO BRASILEIRO LOTADO NA BASE DA PIRÂMIDE SOCIAL (OS FORMADORES DA POBREZA ABSOLUTA), PELO NOVO ALGOZ ‘SUS’ -SISTEMA ÚNICO DE Suicídio(!!!), ATRAVÉS DA VIA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE DE CÓDIGO ORÇAMENTÁRIO 36.000, SÓ E SOMENTE SÓ:

    R$ 807 bilhões (4,2%)(4,2%)(4,2%)!!!

    3.4 – NO COMBATE AOS GRANDES PROBLEMAS SOCIAIS D/+++/DE 200.000.000 DE HABITANTES RESIDENTES NO BRASIL, ATRAVÉS DA VIA DE TRANSFERÊNCIAS AOS 27 ESTADOS ++++ 1 DISTRITO FEDERAL ++++ 5.570 MUNICÍPIOS DE CÓDIGO ORÇAMENTÁRIO 73.000, SÓ E SOMENTE SÓ:

    R$ 1,852 trilhão (9,7%)(9,7%)(9,7%)!!!

    MAS TORROU, JOGOU FORA R$ 9,836.08 TRILHÕES (52%)(52%)(52%) COM A ‘FAMIGERADA CIRANDA FINANCEIRA DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL’!!!
    É A BRILHANTE TESE DO GOVERNAR SEM DIVISÃO EQUÂNIME DAS RIQUEZAS PRODUZIDAS PELOS BRASILEIROS E PELA FALTA DE SERIEDADE NO TRATO DA GESTÃO PÚBLICA, QUE DETERMINA A EXISTÊNCIA DA PSEUDO DEMOCRACIA!
    SAÍDA DIANTE DO QUADRO BASEADO NA LEI DE GERSON, DO DANDO QUE SE RECEBE, SÓ E SOMENTE SÓ COM UMA INTERVENÇÃO POR NO MÍNIMO 2 (DOIS) ANOS, FECHANDO O CONGRESSO NACIONAL (C/REDUÇÃO DE 594 SENADORES + DEPUTADOS PARA 108 SENADORES + DEPUTADOS), FAZER REFORMAS URGENTES Q/OS BRASILEIROS CLAMAM, AUDITORIAS/DEVASSAS NA [‘DÍVIDA PÚBLICA’ + EXPORTAÇÕES SUBFATURADAS DE NIÓBIO D/++++ DE 1.300.000/t (1995 A 2017) + COBRANÇA ÁGIL DA DÍVIDA ATIVA DA MINORIA RICA + DESONERAÇÕES + PARADEIRO DE R$ 140 BILHÕES DEVOLVIDOS P/’BNDES’ & ‘REPATRIAÇÃO’ + DESVIOS DO SUPERÁVIT SUPERIOR A R$ 1 TRILHÃO DA ‘PREVIDÊNCIA SOCIAL’ + VENDA DO SUBSOLO C/NIÓBIO A CHINA COMUNISTA, JAPÃO E COREIA DO SUL CAPITALISTAS], CUJOS PREJUÍZOS INCALCULÁVEIS PODE ULTRAPASSAR AOS ++++ DE R$ 10, 11, 12 OU MESMO 13 TRILHÕES E NINGUÉM FAZ NADA DE NADICA, MAS É SÓ ASSIM Q/TALVEZ PODEMOS SALVAR O BRASIL NA LUTA EM DEFESA DA CIDADANIA COM ++++ AMOR A PÁTRIA E NOSSAS FAMÍLIAS!!! SEM ESQUECER O FORA MEIRELLES FORA MEIRELLES O MENTOR MOR DO POLÍTICO ‘SEPTETO QUEBRA BRASIL’ (FHC + LULA + PALOCCI + MENTEiGA + MEITRELLES + LEVY + LULU COUTINHO).
    QUE ‘DEUS’ ILUMINE O BRASIL!!!
    N.B: ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA TANTO BATE ATÉ QUE FURA!!!
    SDS/DEMOCRATAS
    Domingos Correia.

  • Joao da TROÇA anarco-carnavalesca BACURAU da Rua NOVA do Sertão – em St’ANA!

    Caríssimo RICARDO, … um BOM e divertido domingo!
    em 1986, João Vicente FREITAS Nt conquistava 2,1% das preferências pra SENADOR de Alagoas pela Frente Popular [P:Sb e Dt, T e Cb + L], foram 25.171 VOTOS, número próximo aos do vereador LOBÃO eleito em 2016 na Maçayó.
    https://pt.wikipedia.org/wiki/Eleições_estaduais_em_Alagoas_em_1986
    Em tempos de ANISTIA … “O Q’é isso cUmpanheiro?”
    n’álbum SUTIL como um CASSETETE, Língua de TRAPO (1979) em SãFALho: L Sarrumor e G Domenico, L Domingues e Pituco.
    https://pt.wikipedia.org/wiki/Língua_de_Trapo
    – Desconfiavam q nÓis era cUmunista, terrorista de MANCHETE de jornar
    * Veio aquela tar de ANISTIA, hoje parte da HISTÓRIA, nÓis é escritor.
    https://www.vagalume.com.br/lingua-de-trapo/o-que-e-isso-companheiro.html
    HOJE aqui em St’ANA 2017, a 55ª Festa da Juventude, dsd 1962. Vida que SEGUE!
    http://www.maltanet.com.br/noticias/noticia.php?id=16354

  • Jânio Teixeira Costa

    Parabéns Ricardo, só acrescentaria como destaque,a perda deles para todos nós a esperança que ao meu ver parte com eles sempre que temos episódios semelhantes,mas não poderia perder esta oportunidade que me ofereces para fazer minhas suas palavras você traçou o perfil de Freitas,felizes aqueles que como você conviveram com ele que Deus continue te iluminando em tua jornada e nossas eternas orações para os companheiros. Obrigado. Jânio.

  • Luiz Henrique

    Parabéns Nobre Jornalista, tive a oportunidade de conhecer o Freitas Neto. Homem realmente humildade, discreto e de bom caráter. Fomos vizinhos no Bairro de Bebedouro, e ainda me lembro de seu Fusca ( na época ). Humildade realmente era o seu cartão de visitas.

  • Candido Reinaldo C. de Albuquerque

    Estava em Salvador em Janeiro de 1987, indo para Brasilia. Entrei no avião passei pelo Freitas e fui para o meu lugar. Ao descermos demorei a chegar na entrega de bagagens, e descobri que o Freitas já estava com quatro malas enormes, todas para la de bem, digamos bochechudas e, esperando mais ao pé da esteira. Logo pensei, o Freitas está voltando para trabalhar em Brasilia. Me aproximei e perguntei sobre a mudança, e travamos mais ou menos o seguinte diálogo.
    -“Não está sabendo? Fui expulso de Maceió pelo Ricardo Lessa, se ficar lá ele disse que me mata.”
    -Mas Freitas, isto deve ter acontecido num dos arroubos do Ricardo quando está com raiva, ele não vai fazer nada com você, principalmente por sua amizade com Ronaldo.
    -“Você não sabe o que passei na Praça do Centenário, ainda estou passando mal. não aguentarei outra, e o Ricardo é doido, não vai ouvir o Ronaldo.”
    Despedi-me, deixei-o com seis malas, não precisou de ajuda pois um pessoal do Moura Rocha estava chegando para ajudar. Pouco tempo depois ele estava de volta.

  • Lucas Farias

    “No fundamental, estávamos na oposição em Maceió, no estado e no Brasil (acho que no resto mundo, também.)”

    E assim continuamos, prezado Ricardo.

    Freitas Neto, presente!

    • Diógenes Paes

      Tive a oportunidade de ver e ouvir FREITAS NETO na praça dos Palmares, com o saudoso e convicto patriota e nacionalista comunista LUIS CARLOS PRESTES discursando para as DIRETAS JÁ!, não entendia nada de política, mais ali naquele momento parei e ouvi atentamente os discursos inflamados desse dois COMUNISTAS de rara personalidade, e me convenci ao longo da minha formação e militância que eles estavam e estão TÃO ATUIS com os acontecimentos atuais. FREITAS VIVE.

  • Alexandre Pereira Teodosio

    Ricardo, saudades eternas do Freitas Neto.

  • Juliobandeira50@gmail.com

    Ótima lembrança . Freitas Neto, foi um
    Grande jornalista e militante político. Lembro da marca dele: um monte de jornais em embaixo do braço, , folha de São Paulo, JB, Estadão , etc
    Uma figura

  • Marcos

    Ricardo parabenizo seu trabalho de resgate de memória tão lúcida e lógica do jornalismo alagoano. Gostaria de completar sua citação para dois dos também imortais que tanto participaram desse movimento e momento se não vejamos Noaldo Dantas e o teimoso e genial Otávio Rocha.

  • Oliveira

    A história se repete apesar das lutas eternas da esquerda brasileira podemos ver conjuntos feitos de tijolos e cimento mas com modelo de favelas dentro do mato como por exemplo Aprígio Vilela que para que os ônibus chegasse lá precisou que os moradores do cj fizesse um grande protesto parabéns Ricardo Mota

  • Joilson Gouveia Bel&Cel RR

    FAVELAS: NEM URBANIZADAS NEM ERRADICADAS; EIS OS PORQUÊS!
    Joilson Gouveia*
    É sempre bom, é muito bom demais, ler e reler sobre os “indigitados tempos dos anos de chumbo” de reminiscentes memórias vivas, que bem demonstram que saíram incólumes e sobreviveram à famigerada “ditadura-militar”, mesmo sendo esquerdistas/socialistas/comunistas, como dito e assumido, hodiernamente.
    Creio que, nem mesmo hoje, tem-se mais de “150 favelas” – que nem foram “urbanizadas” e muito menos “erradicadas”, como querido pelo brilhante “aluno de uma humildade equivocada” – a despeito de a esquerda socialista/comunista/marxista/leninista/gramscista/fabianista/petista e outras “istas” e “ismos” dos mais de “35 partidos” terem alçado ao Poder central, principalmente, notadamente nos últimos seis lustros, nem mesmo a tão propalada, anelada, doutrinada e apregoada reforma agrária às exploradas legiões de “miseráveis sem-terras” (mero braço armado dissimulado ou verdadeiras milícias paramilitares daquele “partido” que se dissera dos trabalhadores: que deixou como legado mais de 14,3 milhões de desempregados demitidos, i.e., que perderam seus trabalhos/empregos graças à “criatura” do “criador”) – e, ainda assim, há mentecaptos, ignaros, agnósticos e pueris nada inocentes úteis da linha-de-frente que os têm como inocente e inocentA; ou não? É fato! É caso típico de demência ou estão todos lobotomizados numa alienada, alienante e alienista catarse, segundo o termo em medicina!
    É, pois, deveras conveniente à esquerda-caviar manter os pobres na pobreza, para que tenham bandeiras, discursos e bazófias em defesa dos miseráveis mantidos por generosas bolsas isso e aquilo e etc. É típico de palermas patifes totalitários travestidos de “trabalhadores” haja vista serem autênticos integrantes da “esquerda-caviar”! Ver Rodrigo Constantino sobre a “Esquerda caviar!
    Enfim, urge lembrar que o Benedito Bentes I e II e mais os conjuntos Salvador Lira, José Maria Peixoto, Eustáquio Gomes de Melo, Joaquim Leão I, II e III, Virgem dos Pobres e Villas Brejal e KenNedy e etc. construídos para os favelados e aos desalojados ou desabrigados das cheias de 1969, principalmente, por Mário Andreazza, o competente Ministro do Interior, que os governos da chamada redemocratização não deram seguimento. É fato!
    Abr
    *JG

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