A surpreendente decisão do deputado Ricardo Nezinho, que renunciou ao seu cargo estratégico na Mesa Diretora da Assembleia, parece encontrar explicação no mais simples sentimento humano: o medo.

E não se pode dizer que é um ato de covardia. Nezinho acompanhou de perto a crise da Mesa anterior – e não só da Mesa-, cujos desdobramentos ainda não estão muito claros. E já concluiu, por óbvio, que o tigre sentiu o gosto de sangue, gostou e quer mais.

Ser o ordenador de despesas da Casa de Tavares Bastos é uma atividade de risco. Nezinho, ao que parece, não fez beicinho – pretende, sim, se preservar no futuro, com o olho no passado recente.

Ele certamente tem consciência da bobagem que fez no caso do Relatório Nezinho, aquele que cortou o orçamento do MP, no ano passado.

Se isso não lhe trouxe problemas de natureza legal, daqui para frente tudo pode ser diferente.

Uma questão não respondida ainda: ele negociou sua saída com o vice-governador Luciano Barbosa, um dos responsáveis pela sua reeleição?

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  • Alves

    Eu não vejo dessa maneira,e sim Pq ele não comunga com os desmandos dessa mesa