Vilela e a decisão da Justiça sobre os deputados

O governador Teotônio Vilela Filho já foi procurado, e por mais de uma vez, por representantes da Mesa Diretora da Assembleia para que interfira junto ao Ministério Público na questão das denúncias de mais um escândalo financeiro na Casa.

Ao que sabe, Vilela disse que não podia nem iria fazer nada.

Os argumento dos parlamentares governistas agora é de que se forem afastados os integrantes da Mesa, quem assume a direção da Assembleia é a deputada Flávia Cavalcante, que segue as orientações do deputado Olavo Calheiros, além de ser filha do ex-prefeito Cícero Cavalcante, adversário do governador.

Em outra hipótese, a presidência da Assembleia ficaria com o deputado Antônio Albuquerque, atual vice-presidente e que vê a possibilidade de refazer sua imagem pós-taturana.

Ele também – AA – tem sido um crítico duríssimo e contundente do governo de Vilela, o que está dentro do jogo democrático.

Mas a questão central é: o que Vilela tem a ver com a decisão do Judiciário?

Numa palavra: nada. Avançando: não deve ter nenhuma interferência no caso. Como, aliás, ele já havia dito aos próprios parlamentares que o procuraram logo após estourar o escândalo – inclusive nacionalmente.

Os magistrados responsáveis pela decisão sobre a Ação Cautelar Inominada são conhecidos pela qualificação e – ressalte-se – pela celeridade nas suas ações.

A iniciativa do próprio presidente do TJ, desembargador José Carlos Malta – formando uma comissão de magistrados – teve também como objetivo blindar os juízes envolvidos na questão (a Ação foi distribuída para o juiz Manoel Cavalcante).