TJ já recebeu recurso contra segunda liminar de Gustavo Lima

O deputado Marcos Ferreira, afastado do mandato na segunda liminar concedida pelo juiz Gustavo Lima, já espera o julgamento de recurso impetrado junto ao Tribunal de Justiça  pedindo para voltar à Assembléia.  Ele deu entrada em um pedido de suspensão da liminar (único até agora) que o afastou da Casa de Tavares Bastos no dia 8 de janeiro.

O julgamento do TJ deve balizar a posição da Casa em relação ao tema que ainda mobiliza tanto a opinião pública. 

O advogado de Ferreira, Adriano Soares, considera que a situação dele é diferente dos demais deputados indiciados pela Polícia Federal na Operação Taturana. Mesmo no caso situação de Marcos Ferreira, qualquer recurso junto ao tribunais em Brasília – assim falou Gilmar Mendes – só pode ser apresentado depois do julgamento do TJ.

Sem os supentes

E até o último momento da sessão de ontem da Assembléia, que segundo o juiz Gustavo Lima de nada valeu, os deputados afastados esperavam ansiosamente que o Fernando Toledo anunciasse o "combinado" (entre aspas mesmo, já que não houve acordo fechado entre as partes). O que seria? Os afastados continuavam afastados, enquanto que os suplentes não assumiriam.

 O entendimento dos advogados dos parlamentares suspensos é de que a primeira decisão de Gilmar Mendes é clara: se a Câmara Cível do TJ não pode afastar deputados, também não tem poderes para dar posse aos suplentes.

Guerra em paz Taturanas

Esta seria – também (que surpresa!!!) a interpretação do advogado Marcos Guerra, procurador-geral da Assembléia e que nitidamente, tem atuado como defensor dos parlamentares indiciados pela PF. Toledo faria ontem o anúncio, mas não o fez. Mesmo que não resolvesse o problema dos Taturanas, a decisão traria mais conforto a eles e confusão para a Casa de Tavares  Bastos.

Pergunta: Os contribuintes podem pagar, oficialmente, adv advogado para os deputados afastados como acontece hoje? Com a palavra, a OAB.

De novo? 

Em tempo: já há uma discussão interessante sobre a decisão de ontem do juiz Gustavo Lima, suspendendo a posse de Fernando Toledo e grupo. O novo presidente – interino – da Assembleia Legislativa seria o deputado Alberto Sextafeira – até quando houvesse a decisão do mérito sobre a eleição "coelhinha" de Toledo. Isso estaria resolvido na década de….sinceramente, não saberia dizer.

AA só sai na marra

E mesmo para os deputados afastados a "permanência" de Albuquerque como presidente da Assembleia – segundo a decisão do juiz Gustavo Lima – foi um balde de água fria. O deputado de Limoeiro é apontado por quase todos como a razão da fúria popular contra eles. E se já não abria mão do cargo, Albuquerque agora só quer voltar como sempre: dando ordens, estando no comando da Casa.

Estamos aí

E se não der Adelmo Cabral na escolha para o cargo ainda vago de desembargador, o prestigiado e concorrido escritório de advocacia do qual ele é sócio já tem um representante no Tribunal de Justiça. Em termos, claro. Carlos Méro, a outra banda da dupla é o novo procurador-geral do TJ, posto que já ocupou em outra oportunidade.

Embate de cuca

Por outro lado, a desembargadora Elizabeth Carvalho, nova presidenta do Tribunal, pode manter como juízes auxiliares Manoel Cavalcante e Alberto Jorge Correia. Os dois, assim com Mero, são respeitados pelos conhecimentos jurídicos amealhados em anos de profissão estudos. Deve dar um bom embate intelectual no gabinete da desembargadora-presidenta, afinal, eles vêm de escolas diferentes.

Ruido 

No meio do tiroteio verbal, mesmo parecendo que não é com ele, o governador Téo Vilela ainda vai empurrar para adiante a escolha do novo – ou nova – integrante do Tribunal de Justiça. Discreto e sempre aparentando decisão, Vilela só não nomeou Eloina Braz por conta do teor de uma conversa com a presidenta do TJ. O que foi? Não sei, mas quando eu souber, eu digo.

Oito vidas
 
Além da capacidade de ressuscitar – já demonstrada outra vezes- o senador Renan Calheiros volta a ser um pesadelo palaciano. Lá em Brasília e aqui em Alagoas. Como líder do governo e principal articular do presidente eleito do Senado, José Sarney – e lembrando que os dois já foram inimigos figadais -, Calheiros deve ganhar participação ainda maior nos governos federal e estadual. O homem não brinca em serviço.

Tião, fostes?

Por outro lado, já antevendo seu futuro próximo, o presidente Lula ligou para Vilela pedindo que convencesse o senador João Tenório a votar no petista Tião Viana. O  tucano Tenório está entre a posição já assumida junto a Sarney e a decisão da bancada do PSDB em ficar com Viana.

O gerentão

Chama-se Sérgio Vilela o novo "gerente" da gestão Cícero Almeida II, o retono de quem não foi. Olhando pelo retovisor, não dá para ter grande esperança no futuro da "voz do dono". Que o digam Rafael Tenório e Elionaldo Magalhães, ex-amigos de infância do prefeito de Maceió. O "posto" é uma indfústria de inimigos ferrenhos. 

Camucé, um homem limpo

O ex-vereador Pedro Camucé, morto ontem, tem uma trajetória que parece quase impossível de se percorrer na atividade política de hoje. Foi vereador em Maceió por vários mandantos – e nunca teve um carro importado. Seu velho paletó, amassado e limpo, talvez fosse o símbolo da sua vida parlamentar: era humilde e sempre estava limpo. Foi bom tê-lo conhecido.