YouTube Music chega ao Brasil; como funciona o novo concorrente do Spotify?
Nesta terça (25), foi lançado oficialmente no Brasil o YouTube Music, serviço de streaming de músicas da plataforma que conta com todo o acervo do Google Play Música e também os vídeos do YouTube. Com preços na média dos concorrentes, o serviço parece ser uma boa opção, mas vale a pena trocar o Spotify, por exemplo, por ele? Vamos dar uma olhada…
O YT Music tem dois planos Premium (pagos): o individual, por R$ 16,90, e o família, que dá direito a seis usuários que morem no mesmo endereço, por R$ 25,50. Quem quiser experimentar, poderá usar a plataforma de graça por três meses no plano individual, antes de ser cobrado. No plano família, só é um mês gratuito.
Não quer pagar? Não tem problema, há a versão 100% gratuita, mas que insere anúncios em alguns momentos, além de não ser possível ouvir música com a tela do celular apagada/bloqueada, recurso disponível somente do Premium. Já no Spotify não há essa restrição, apenas os anúncios esporádicos.
Independentemente da opção, uma das principais vantagens do YT Music é a possibilidade de ouvir músicas que estão disponíveis apenas no YouTube. Isso inclui remixes feitos por fãs, shows gravados por pessoas na plateia e videoclipes. E não precisa se preocupar com o consumo do seu 3G/4G, pois há a opção de reproduzir apenas o áudio. Além disso, você pode baixar as músicas para ouvir offline.
Da mesma forma que os concorrentes, você pode criar playlists e adicionar artistas e álbuns à sua biblioteca pessoal, para acessar de maneira mais fácil. Inclusive, se você já tinha playlists salvas na sua conta do YouTube, elas já estarão disponíveis no YT Music.
Vale destacar que o YouTube Music Premium será o substituto do Google Play Música. No futuro, quem assina o serviço será migrado aos poucos para o YT Music Premium, com todo seu acervo e playlists, mas não é algo para se preocupar, pois a transição deverá ser bem gradual, já que ainda há recursos que precisarão ser disponibilizados no serviço lançado hoje.
Assinar ou não assinar?
Se você já assina Spotify, Deezer ou Apple Music, por exemplo, com certeza já está acostumado com o app e seu acervo. Já pode ter algumas playlists prontas, os algoritmos já “sabem” do que você gosta (ou não), então o que poderia justificar a mudança para o YouTube Music Premium?
Na minha opinião, o único ponto que pesa, no momento, é o acervo do YouTube. Tem algumas músicas que curto que não estão disponíveis no Spotify (que eu assino), principalmente covers e remixes. No entanto, não é uma quantidade significativa que valeria trocar de plataforma. Além disso, como assino o plano família, ainda teria que “ensinar” outras pessoas a usarem o novo app, mas esse é um ponto bastante específico, então pode não pesar tanto assim para outras pessoas.
Em essência, são mais semelhanças do que diferenças dos concorrentes. As novidades não são tão decisivas a ponto de tornar o YT Music Premium algo indispensável – pelo menos no momento. Então acredito que vale aproveitar os três meses de gratuidade e testar para sentir o dia a dia, sem decisões radicais. E no final das contas, sempre dá pra usar o YouTube “normal” de graça, né?
YouTube Premium
Pra não dizer que não falei das flores: o YouTube anunciou também o YouTube Premium, um YouTube pago e sucessor do YouTube Red. O serviço abrange tanto vídeos como música: caso opte por assinar esse “plano”, você tem direito a todos os recursos do YT Music Premium (músicas, download offline e ouvir com a tela bloqueada) e ainda por cima terá conteúdo exclusivo, como as séries “Cobra Kai” e “Sideswiped” e os filmes “The Thinning” e “Lazer Team”.
A versão paga do YouTube “normal” custa R$ 20,90 no plano individual e R$ 31,90 no plano familiar.